terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Santos Pastorinhos de Fátima

Por distração do responsável pela versão portuguesa de Evangelho Quotidiano, na indicação dos Santos do Dia de hoje, os videntes de Fátima surgem como Beato Francisco e Beata jacinta quando, como é sabido, eles foram canonizados em maio passado, por ocasião do centenário das aparições. Do facto, pedimos desculpa aos nossos leitores.

Que eles intercedam por nós e nos ensinem o caminho da simplicidade, da adoração e da compaixão pelos que soifrem.

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Terça-feira, dia 20 de Fevereiro de 2018

Terça-feira da 1ª semana da Quaresma

Beato Francisco Marto, vidente de Fátima, +1919, Beata Jacinta Marto, vidente de Fátima, +1920, Santo Eleutério, bispo, mártir, +532

Comentário do dia
São Boaventura : Invocar o nome do Pai

Is. 55,10-11.

Eis o que diz o Senhor: «Assim como a chuva e a neve que descem do céu não voltam para lá sem terem regado a terra, sem a terem fecundado e feito produzir, para que dê a semente ao semeador e o pão para comer,
assim a palavra que sai da minha boca não volta sem ter produzido o seu efeito, sem ter cumprido a minha vontade, sem ter realizado a sua missão».


Salmos 34(33),4-5.6-7.16-17.18-19.

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

Os olhos do Senhor estão voltados para os justos
e os ouvidos atentos aos seus rogos.
A face do Senhor volta-se contra os que fazem o mal,
para apagar da terra a sua memória.

Os justos clamaram e o Senhor os ouviu,
livrou-os de todas as angústias.
O Senhor está perto dos que têm o coração atribulado
e salva os de ânimo abatido.




Mateus 6,7-15.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando orardes, não digais muitas palavras, como os pagãos, porque pensam que serão atendidos por falarem muito.
Não sejais como eles, porque o vosso Pai bem sabe do que precisais, antes de vós Lho pedirdes.
Orai assim: 'Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome;
venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido;
e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal'.
Porque se perdoardes aos homens as suas faltas, também o vosso Pai celeste vos perdoará.
Mas se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não vos perdoará as vossas faltas».



Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de Lucas, cap. 7

Invocar o nome do Pai

Jesus disse aos seus apóstolos: «Orai assim: "Pai"». Ou seja, começai por invocar o Pai; e fazei-o não apenas com a voz, mas com o coração, não vá Ele dizer-vos como em Isaías: «Este povo aproxima-se de Mim só com palavras e honra-Me só com os lábios, pois o seu coração está longe de Mim» (29,13). Não digais apenas com o coração, mas também com a boca, porque a oração vocal é recebida por Deus, como diz o salmo: «Agradecerei bem alto ao Senhor e louvá-lo-ei no meio da multidão» (108,30). Porque esta oração permite despertar a memória, excitar a sonolência, inflamar o desejo, dispor para a obediência, exprimir alegria e dar o exemplo.

Invoquemos, pois, o nome do Pai. Com efeito, Ele é Pai em razão da condição da sua natureza, como diz a Carta aos Efésios: «do qual recebe o nome toda a família, nos Céus e na Terra» (3,15). Daí que afirme também em Malaquias: «Por­ven­tura, não temos todos nós um único Pai?» (2,10) Ele é Pai, ainda, por dar a graça, como se diz na Carta aos Romanos: «Recebestes um Espírito que faz de vós filhos adoptivos. É por Ele que clamamos: "Abbá, ó Pai!"» (8,15); e na Carta aos Gálatas: «porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: "Abbá! Pai!"» (4,6). E é igualmente Pai em razão da realização da sua glória, como afirma Jeremias: «Chamar-Me-ás "meu Pai", e não te afastarás de Mim» (3,19).

Assim pois, uma vez que, no nome do Pai, Deus é visto como fundador da natureza, dador da graça e produtor da glória, por isso mesmo é-nos dado compreender que Ele é o único a quem devemos rezar.

Mateus e Lucas concordam na invocação do nome de Pai, a fim de que, neste nome, o homem seja conduzido à reverência e à confiança, as duas asas sem as quais a oração não tem eficácia.