sábado, 13 de agosto de 2016

Liturgia do Dia - sua Profecia diária


Sabado, dia 13 de Agosto de 2016

Sábado da 19ª semana do Tempo Comum

Santo Hipólito, presbítero, mártir, +235, S. Ponciano, papa, mártir, +235

Comentário do dia
São Máximo de Turim : Como esta criança

Ezeq. 18,1-10.13b.30-32.

O Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo:
«Porque andais a repetir este provérbio em Israel: 'Os pais comeram uvas verdes e embotaram-se os dentes dos filhos'?
Pela minha vida – diz o Senhor Deus – não voltareis a repetir este provérbio em Israel.
Todas as vidas Me pertencem, tanto a do pai como a do filho. Aquele que pecar é que morrerá.
O homem justo, que pratica o direito e a justiça,
que não participa nos festins das montanhas, nem levanta os olhos para os falsos deuses da casa de Israel; que não desonra a esposa do seu próximo nem se aproxima da mulher em tempo indevido;
que não explora ninguém, que devolve o penhor de uma dívida paga e não comete roubos; que dá o seu pão a quem tem fome e dá roupa a quem não tem que vestir;
que não é usurário nem aceita juros, que afasta as suas mãos da iniquidade e exerce verdadeira justiça entre os homens;
que segue as minhas leis e observa os meus preceitos, praticando fielmente a verdade, esse homem é verdadeiramente justo e viverá – diz o Senhor Deus –.
Mas se ele tem um filho violento e sanguinário, que pratica alguma destas ações,
esse filho não viverá, por ter praticado essas ações abomináveis; mas certamente morrerá e o seu sangue cairá sobre ele.
Por isso, casa de Israel, Eu julgarei cada um segundo as suas ações – diz o Senhor Deus –. Convertei-vos e renunciai a todas as vossas iniquidades e o pecado deixará de ser a vossa ruína.
Lançai para longe todos os vossos pecados e formai um coração novo e um espírito novo. Porque havias de morrer, casa de Israel?
Eu não desejo a morte de ninguém – diz o Senhor Deus –. Convertei-vos e vivereis».


Salmos 51(50),12-13.14-15.18-19.

Criai em mim, ó Deus, um coração puro
e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença
e não retireis de mim o vosso espírito de santidade.

Dai-me de novo a alegria da vossa salvação
e sustentai-me com espírito generoso.
Ensinarei aos pecadores os vossos caminhos
e os transviados hão de voltar para Vós.

Não é do sacrifício que Vos agradais
e, se eu oferecer um holocausto, não o aceitareis.
Sacrifício agradável a Deus é o espírito arrependido:
não desprezeis, Senhor, um espírito humilhado e contrito.




Mateus 19,13-15.

Naquele tempo, apresentaram umas crianças a Jesus, para que lhes impusesse as mãos e orasse sobre elas. Mas os discípulos afastavam-nas.
Então Jesus disse: «Deixai que as crianças se aproximem de Mim; não as estorveis. Dos que são como elas é o reino dos Céus».
A seguir, impôs as mãos sobre as crianças e partiu dali.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Homilia 58; PL 57, 363

Como esta criança

Diz o Senhor aos apóstolos, homens feitos e maduros: «Se não voltardes a ser como esta criança, não podereis entrar no Reino do Céu» (Mt 18,3; cf v.4). […] Incita-os assim a reencontrar a infância […] para que possam renascer pela inocência do coração; pois «quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus» (Jo 3,5).

«Se não voltardes a ser como esta criança»: Ele não diz «estas crianças», mas «esta criança»; delas, Ele escolhe uma apenas, propõe uma só. E quem é essa criança que Ele dá como exemplo aos discípulos? Não creio que seja uma criança do povo, da multidão dos homens, quem ofereça aos apóstolos um modelo de santidade para o mundo inteiro. Não, não creio que essa criança venha do povo, mas do céu. Trata-se daquela criança vinda do céu de que nos fala o profeta Isaías: «Um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado» (Is 9,5). É esse Menino inocente, que ao insulto não responde com o insulto, nem à agressão com a agressão – bem mais ainda: é Aquele que, na própria agonia, reza pelos inimigos: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem» (Lc 23,34). Assim, na sua graça insondável, o Senhor transborda dessa inocência do coração que a natureza dá às crianças. Ele é essa criança que pede aos pequeninos que O imitem e que O sigam.