terça-feira, 13 de outubro de 2015

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 14 de Outubro de 2015

Quarta-feira da 28ª semana do Tempo Comum

S. Calisto I, papa, mártir, +222, S. João Ogilvie, presbítero, mártir, +1615

Comentário do dia
Didaké : «Aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração» (Mt 11, 29)

Romanos 2,1-11.

Não tens desculpa, quem quer que sejas, tu que julgas os outros. Ao julgares os outros, condenas-te a ti próprio, pois tu, que te fazes juiz, cometes as mesmas ações.
Ora nós sabemos que o juízo de Deus se exerce conforme a verdade contra aqueles que praticam essas ações.
E tu, que fazes as mesmas coisas que condenas nos outros, pensas que te furtarás ao juízo de Deus?
Ou desprezas as riquezas da sua bondade, paciência e magnanimidade, não reconhecendo que a bondade de Deus te convida à conversão?
Pela tua obstinação e pelo teu coração impenitente, estás a acumular contra ti um tesouro de ira para o dia da ira, em que se revelará o justo juízo de Deus,
que retribuirá a cada um segundo as suas obras:
a vida eterna para aqueles que, perseverando na prática das boas obras, procuram a glória, a honra e a imortalidade;
a ira e a indignação para aqueles que, pela sua rebeldia, rejeitam a verdade e obedecem à injustiça.
Tribulação e angústia para todo o homem que pratica o mal: primeiro para o judeu, mas também para o não judeu;
glória, honra e paz para todo aquele que pratica o bem: primeiro para o judeu, mas também para o não judeu.
Porque Deus não faz aceção de pessoas.


Salmos 62(61),2-3.6-7.9.

Só em Deus descansa a minha alma,
d'Ele me vem a salvação.
Ele é meu refúgio e salvação,
minha fortaleza: jamais serei abalado.

Minha alma, só em Deus descansa:
d'Ele vem a minha esperança.
Ele é meu refúgio e salvação,
minha fortaleza: jamais serei abalado.

Povo de Deus,
em todo o tempo ponde n'Ele a vossa confiança,
desafogai em sua presença os vossos corações.
Deus é o nosso refúgio.




Lucas 11,42-46.

Naquele tempo, disse o Senhor: «Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças, mas desprezais a justiça e o amor de Deus! Devíeis praticar estas coisas, sem omitir aquelas.
Ai de vós, fariseus, porque gostais do primeiro lugar nas sinagogas e das saudações na praça pública!
Ai de vós, porque sois como sepulcros disfarçados, sobre os quais passamos sem o saber!».
Então um dos doutores da lei tomou a palavra e disse a Jesus: «Mestre, ao dizeres essas palavras também nos insultas a nós».
Jesus respondeu: «Ai de vós também, doutores da lei, porque impondes aos homens fardos insuportáveis e vós próprios nem com um só dedo tocais nesses fardos!».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Didaké (c. 60-120), catequese judaico-cristã
§3 (a partir da trad. Quéré, Pères apostoliques, Seuil 1980, p.94)

«Aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração» (Mt 11, 29)

Meu filho, foge de todo o mal ou daquilo que se assemelha ao mal. Não sejas irascível: a cólera leva ao crime. Não sejas ciumento, conflituoso nem violento: essas paixões originam mortes. Meu filho, não sejas sensual: a sensualidade é o caminho para o adultério. Não uses de linguagem licenciosa, nem tenhas um olhar atrevido: também isso engendra adultério. [...] Resguarda-te dos encantamentos, da astrologia, das purificações mágicas; recusa-te a vê-las e a ouvi-las: isso seria [...] perderes-te na idolatria. Meu filho, não sejas mentiroso, porque a mentira conduz ao roubo. Não te deixes seduzir pelo dinheiro nem pela vaidade, que também incitam a roubar. Meu filho, não murmures contra os outros: tornar-te-ás blasfemo. Não sejas insolente nem malévolo, pois isso também conduz à blasfémia.


Usa de mansidão: «Felizes os mansos, porque possuirão a terra» (Mt 5,5). Sê paciente, misericordioso, sem malícia, cheio de paz e bondade. Respeita sempre as palavras que ouviste do Senhor (Is 66,2). Não te engrandeças a ti próprio, não abandones o teu coração ao orgulho. Não te alies aos soberbos, mas frequenta os justos e os humildes. Recebe os acontecimentos da vida como dons, sabendo que é Deus quem dispõe sobre todas as coisas.