segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Profecia do Dia


Terça-feira, dia 09 de Dezembro de 2014

Terça-feira da 2a semana do Advento

S. João Diogo, indígena mexicano, vidente de Guadalupe, séc. XVI, Beato Bernardo Maria Silvestrelli, presbítero, +1911, Santa Leocádia, virgem, mártir, +304

Comentário do dia
São Claude de la Colombière : O Filho de Deus vem à nossa procura

Is. 40,1-11.

Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus.
Falai ao coração de Jerusalém e dizei-lhe em alta voz que terminaram os seus trabalhos e está perdoada a sua culpa, porque recebeu da mão do Senhor duplo castigo por todos os seus pecados.
Uma voz clama: «Preparai no deserto o caminho do Senhor, abri na estepe uma estrada para o nosso Deus.
Sejam alteados todos os vales e abatidos os montes e as colinas; endireitem-se os caminhos tortuosos e aplanem-se as veredas escarpadas.
Então se manifestará a glória do Senhor e todo o homem verá a sua magnificência, porque a boca do Senhor falou».
Uma voz dizia: «Clama». E eu respondi: «Que hei de clamar?» — «Todo o ser humano é como a erva, toda a sua glória é como a flor do campo.
A erva seca e as flores murcham, quando o vento do Senhor sopra sobre elas.
A erva seca e as flores murcham, mas a palavra do nosso Deus permanece eternamente».
Sobe ao alto dum monte, arauto de Sião; grita com voz forte, arauto de Jerusalém; levanta sem temor a tua voz e diz às cidades de Judá: «Eis o vosso Deus.
O Senhor Deus vem com poder, o seu braço dominará. Com Ele vem o seu prémio, precede-O a sua recompensa.
Como um pastor apascentará o seu rebanho e reunirá os animais dispersos; tomará os cordeiros em seus braços, conduzirá as ovelhas ao seu descanso».


Salmos 96(95),1-2.3.10ac.11-12.13.

Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira.

Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome,

anunciai dia a dia a sua salvação.

Publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.


Dizei entre as nações: O Senhor é Rei.
Governa os povos com equidade.
Alegrem-se os céus, exulte a terra,

ressoe o mar e tudo o que ele contém,

exultem os campos e quanto neles existe,
alegrem-se as árvores dos bosques.


Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a terra:
julgará o mundo com justiça

e os povos com fidelidade.




Mateus 18,12-14.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas e uma delas se tresmalhar, não deixará as noventa e nove nos montes para ir procurar a que anda tresmalhada?
E se chegar a encontrá-la, em verdade vos digo que se alegra mais por causa dela do que pelas noventa e nove que não se tresmalharam.
Assim também, não é da vontade de meu Pai que está nos Céus que se perca um só destes pequeninos».



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Claude de la Colombière (1641-1682), jesuíta
Sermão pregado em Londres, na presença da Duquesa de Iorque

O Filho de Deus vem à nossa procura

Imaginai a desolação de um pobre pastor cuja ovelha se tresmalhou. Em todos os campos vizinhos só se ouve a voz desse infeliz que, tendo abandonado o grosso do rebanho, corre pelas florestas e pelas colinas, passa pelas partes mais densas dos bosques e atravessa os silvados, lamentando-se e gritando com todas as forças e não se resolvendo a regressar sem ter encontrado a sua ovelha e a ter trazido para o redil.


Foi isto que fez o Filho de Deus, quando os homens se desviaram, pela sua desobediência, das orientações do seu Criador: desceu à terra e não rejeitou cuidados nem fadigas para nos restabelecer no estado de que tínhamos decaído. E é o que continua a fazer todos os dias com aqueles que se afastaram dele pelo pecado: segue-os, por assim dizer, não cessando de os chamar até os ter reconduzido ao caminho da salvação. Se assim não fosse, sabeis certamente o que seria feito de nós depois do primeiro pecado mortal: ser-nos-ia impossível regressar. Tem de ser Ele a fazer tudo primeiro: a dar-nos a sua graça, a procurar-nos, a convidar-nos a termos piedade de nós mesmos, pois sem isso não sonharíamos sequer em pedir-Lhe que tivesse misericórdia de nós. [...]


O ardor com que Deus nos procura é sem dúvida efeito de uma enorme misericórdia. Mas a doçura que acompanha este zelo indica uma bondade ainda mais admirável. Não obstante o desejo extremo que tem de nos fazer voltar, Ele nunca usa de violência, recorrendo apenas aos caminhos da doçura. Em toda a história do Evangelho, não encontro nenhum pecador que tenha sido convidado à penitência senão por meio da ternura e de vantagens alcançadas.