terça-feira, 28 de outubro de 2014

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 29 de Outubro de 2014

Quarta-feira da 30ª semana do Tempo Comum
Jesus Cristo, Mestre e Pastor da Humanidade

S. Narciso, bispo de Jerusalém, +212, Santa Ermelinda, virgem, eremita, séc. VI, Beata Chiara Luce Badano, virgem +1990

Comentário do dia
Juliana de Norwich : «Participar no festim no reino de Deus»

Efésios 6,1-9.

Filhos, obedecei a vossos pais, no Senhor, pois é isso que é justo:
Honra teu pai e tua mãe – tal é o primeiro mandamento, com uma promessa:
para que sejas feliz e gozes de longa vida sobre a terra.
E vós, pais, não exaspereis os vossos filhos, mas criai-os com a educação e correcção que vêm do Senhor.
Escravos, obedecei aos senhores terrenos, com o maior respeito, na simplicidade do vosso coração, como a Cristo:
não para dar nas vistas, como quem procura agradar aos homens, mas como escravos de Cristo, que fazem a vontade de Deus, do fundo do coração;
servi de boa vontade, como se servísseis ao Senhor e não a homens,
sabendo que cada um, escravo ou livre, será recompensado pelo Senhor, conforme o bem que fizer.
E vós, os senhores, fazei o mesmo para com eles: deixai-vos de ameaças, sabendo que o Senhor, que o é tanto deles como vosso, está nos Céus e diante dele não há acepção de pessoas.


Salmos 145(144),10-11.12-13ab.13cd-14.

Louvem-Te, Senhor, todas as tuas criaturas;
todos os teus fiéis te bendigam.
Proclamem a glória do vosso reino  
e anunciem os vossos feitos gloriosos.

Para darem a conhecer aos homens o vosso poder,
a glória e o esplendor do vosso reino.
O teu reino é um reino para toda a eternidade
e o teu domínio estende-se por todas as gerações.

e o seu domínio estende-se
por todas as gerações.
O Senhor ergue todos os que caem
e reanima todos os abatidos.




Lucas 13,22-30.

Naquele tempo, Jesus percorria cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém.
Disse-lhe alguém: «Senhor, são poucos os que se salvam?» Ele respondeu-lhes:
«Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo que muitos tentarão entrar sem o conseguir.
Uma vez que o dono da casa se levante e feche a porta, ficareis fora e batereis, dizendo: 'Abre-nos, Senhor!' Mas ele há-de responder-vos: 'Não sei de onde sois.'
Começareis, então, a dizer: 'Comemos e bebemos contigo e Tu ensinaste nas nossas praças.'
Responder-vos-á: 'Repito vos que não sei de onde sois. Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade.'
Lá haverá pranto e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacob e todos os profetas no Reino de Deus, e vós a serdes postos fora.
Hão-de vir do Oriente, do Ocidente, do Norte e do Sul, sentar-se à mesa no Reino de Deus.
E há últimos que serão dos primeiros e primeiros que serão dos últimos.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Juliana de Norwich (1342-depois de 1416), mística inglesa
«Revelações do amor divino», cap. 39

«Participar no festim no reino de Deus»

[Quando o pecador reconhece o seu pecado,] a graça divina faz nascer um arrependimento, uma compaixão e uma verdadeira sede de Deus tão grandes, que o pecador, subitamente liberto do pecado e da dor, se levanta. […] O arrependimento purifica-nos, a compaixão prepara-nos, a verdadeira sede de Deus torna-nos dignos. Segundo a minha forma de entender, eis os três meios através dos quais as almas vão para o céu – isto é, as que pecaram na Terra e que serão salvas. Porque qualquer alma pecadora deve ser curada por estes três remédios. Apesar de curada, as suas feridas permanecem diante de Deus, não tanto como feridas, mas como sinais gloriosos. Em contrapartida da nossa punição na Terra pelo sofrimento e pela penitência, no céu seremos recompensados pelo amor benfazejo de Nosso Senhor. […] Ele considera o pecado dos que O amam uma tristeza e um sofrimento; mas, devido à sua morte, este pecado não tem de os condenar. A recompensa que receberemos não é mínima, mas eminente, honrosa, gloriosa; e, deste modo, a vergonha transformar-se-á em glória e em alegria.


Porque, na sua benevolência, Nosso Senhor não quer que os seus servos desesperem após as suas quedas frequentes e lamentáveis; as nossas quedas não O impedem de nos amar. […] Ele quer que saibamos que Ele é o fundamento de toda a nossa vida no amor e, mais ainda, que Ele é o nosso protector eterno, defendendo-nos com força contra todos os inimigos que se encarniçam furiosamente contra nós. E de facto, temos uma grande necessidade dele pois damos frequentemente azo a isso pelas nossas quedas.