terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Profecia do Dia


Quarta-feira, dia 08 de Janeiro de 2014

4ª feira depois da Epifania

S. Pedro Tomás, patr., m., +1366, S. Severino, abade, +482

Comentário do dia
São Bernardo : «Foi ter com eles de madrugada»

1 João 4,11-18.

Caríssimos: Se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros.
A Deus nunca ninguém o viu; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós e o seu amor chegou à perfeição em nós.
Damos conta de que permanecemos nele, e Ele em nós, por nos ter feito participar do seu Espírito.
Nós o contemplámos e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo.
Quem confessar que Jesus Cristo é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus.
Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.
É nisto que em nós o amor se mostra perfeito: em estarmos cheios de confiança no dia do juízo, pelo facto de sermos neste mundo como Ele foi.
No amor não há temor; pelo contrário, o perfeito amor lança fora o temor; de facto, o temor pressupõe castigo, e quem teme não é perfeito no amor.


Salmos 72(71),1-2.10-11.12-13.

Ó Deus, concede ao rei a tua rectidão
e a tua justiça ao filho do rei.  
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade.

Os reis de Társis e das ilhas virão com presentes,
os reis da Arábia e de Sabá trarão suas ofertas.
Prostrar-se-ão diante dele todos os reis,
todos os povos o hão-de servir.

Ele socorrerá o pobre que o invoca
e o indigente que não tem quem o ajude.
Terá compaixão do humilde e do pobre
e salvará a vida dos oprimidos.



Marcos 6,45-52.

Depois de ter matado a fome a cinco mil homens, Jesus obrigou logo os seus discípulos a subirem para o barco e a irem à frente, para o outro lado, rumo a Betsaida, enquanto Ele próprio despedia a multidão.
Depois de os ter despedido, foi orar para o monte.
Era já noite, o barco estava no meio do mar e Ele sozinho em terra.
Vendo-os cansados de remar, porque o vento lhes era contrário, foi ter com eles de madrugada, andando sobre o mar; e fez menção de passar adiante.
Mas, vendo-o andar sobre o mar, julgaram que fosse um fantasma e começaram a gritar,
pois todos o viram e se assustaram. Mas Ele logo lhes falou: «Tranquilizai-vos, sou Eu: não temais!»
A seguir, subiu para o barco, para junto deles, e o vento amainou. E sentiram um enorme espanto,
pois ainda não tinham entendido o que se dera com os pães: tinham o coração endurecido.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
1º Sermão para a Epifania

«Foi ter com eles de madrugada»

Eis que se manifesta «a bondade de Deus, nosso Salvador e o seu amor para com os homens» (Tt 3,4). Demos graças a Deus que nos dá a sua consolação em abundância neste nosso estado de peregrinos, neste exílio, nesta miséria aqui na terra. […] Antes de surgir a sua humanidade, a sua bondade também estava escondida. Claro que já existia anteriormente, porque «o amor do Senhor é eterno» (Sl 103, 17). Mas como poderíamos nós saber que era tão grande? Ela era objecto de uma promessa e não duma experiência. Eis a razão por que muitos não acreditavam. […]


Mas agora os homens podem acreditar no que vêem, pois «é digna de fé esta palavra»; e, para que não fique oculta a ninguém, «Deus fez, lá no alto, uma tenda para o Sol» (Sl 93,5; 19,5). Eis que a paz já não é prometida, mas enviada, já não é adiada para mais tarde, mas dada, já não é profetizada, mas proposta. Eis que Deus enviou à terra o tesouro da sua misericórdia, esse tesouro que haveria de ser aberto pela Paixão, para espalhar o preço da nossa Salvação que nele estava escondido. […] Pois, embora nos tenha sido dado apenas um Menino (cf Is 9,5), «é nele que habita realmente toda a plenitude da divindade» (Col 2,9). Na plenitude dos tempos, Ele veio na carne para ser visível aos nossos olhos de carne e para que, vendo a sua humanidade, a sua benevolência, reconhecêssemos a sua bondade. […] Haverá coisa que prove melhor a sua misericórdia, do que ver que Ele tomou a nossa miséria? «Senhor, que é o homem para cuidardes dele e o filho do homem para dele vos ocupardes?» (Sl 144,3; Job 7,17).