sábado, 2 de novembro de 2013

Profecia do Dia


Domingo, dia 03 de Novembro de 2013

XXXI Domingo do tempo comum
Trigésimo Primeiro Domingo do tempo comum (semana III do saltério)Todos os Santos (no Brasil)

S. Martinho de Porres (ou de Lima), religioso, +1639

Comentário do dia
Paulo VI : «Zaqueu […] procurava ver Jesus»

Sab. 11,22-26.12,1-2.

Pois diante de ti, Denhor, o mundo inteiro é como um grão de areia na balança, como a gota de orvalho que de manhã cai sobre a terra.
Mas Tu tens compaixão de todos, pois tudo podes e desvias os olhos dos pecados dos homens, a fim de os levar à conversão.
Tu amas tudo quanto existe e não detestas nada do que fizeste; pois, se odiasses alguma coisa, não a terias criado.
E como subsistiria uma coisa, se Tu a não quisesses? Ou como se conservaria, se não tivesse sido chamada por ti?
Mas Tu poupas a todos, porque todos são teus, ó Senhor, que amas a vida!
O teu espírito incorruptível está em todas as coisas!
Por isso, pouco a pouco corriges os que caem, os admoestas e lhes recordas o seu pecado, para que se afastem do mal e creiam em ti, Senhor.


Salmos 145(144),1-2.8-9.10-11.13.14.

Exaltarei a tua grandeza, ó meu rei e meu Deus;
hei-de bendizer o teu nome para sempre.
quero Bendizer-Vos, dia após dia,
e louvar o vosso nome para sempre.  

O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
O Senhor é bom para com todos,
a sua misericórdia se estende a todas as criaturas,

Graças vos dêem Senhor, todas as criaturas
e bendigam-vos os vossos fiéis.  
Proclamem a glória do vosso reino  
e anunciem os vossos feitos gloriosos.

O vosso reino é um reino eterno,
o vosso domínio estende-se por todas as gerações.
O Senhor ergue todos os que caem
e reanima todos os abatidos.



2 Tess. 1,11.2,2.

Irmãos: Oramos continuamente por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da vocação e, com o seu poder, a vossa vontade de bem e a actividade da vossa fé atinjam a plenitude,
que não percais tão depressa a presença de espírito, nem vos aterrorizeis com uma revelação profética, uma palavra ou uma carta atribuída a nós, como se o Dia do Senhor estivesse iminente.


Lucas 19,1-10.

Naquele tempo, Jesus entrou Jericó e começou a atravessar a cidade.
Vivia ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe de cobradores de impostos.
Procurava ver Jesus e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura.
Correndo à frente, subiu a um sicómoro para o ver, porque Ele devia passar por ali.
Quando chegou àquele local, Jesus levantou os olhos e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa.»
Ele desceu imediatamente e acolheu Jesus, cheio de alegria.
Ao verem aquilo, murmuravam todos entre si, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um pecador.
Zaqueu, de pé, disse ao Senhor: «Senhor, vou dar metade dos meus bens aos pobres e, se defraudei alguém em qualquer coisa, vou restituir-lhe quatro vezes mais.»
Jesus disse-lhe: «Hoje veio a salvação a esta casa, por este ser também filho de Abraão;
pois, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Paulo VI (1897-1978), papa de 1963 a 1978
Audiência Geral de 26.08.1970 (trad.© copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)

«Zaqueu […] procurava ver Jesus»

Hoje os homens têm a tendência para não […] procurar a Deus. […] Procura-se tudo, mas não se procura Deus. Deus morreu, diz-se. Já não nos ocupamos dele. Mas Deus não morreu. Perdemo-lo. Foram os homens do nosso tempo que O perderam. Mas não valeria a pena procurá-lo?


Procura-se tudo: as realidades novas e as antigas, as difíceis e as inúteis, as boas e as más, em suma, tudo. Pode-se dizer que a procura define a vida moderna. Então, porque não procuramos Deus? Não é um «valor» que merece a nossa procura? Não é uma realidade que exige um conhecimento melhor do que o puramente nominal de uso corrente? Não é melhor do que o conhecimento supersticioso e fantástico de certas formas religiosas, que devemos rejeitar exactamente porque são falsas, ou devemos purificar porque são imperfeitas? Não é melhor do que aquele conhecimento que se julga bastante informado e esquece que Deus é inefável, é mistério, e que o facto de conhecer a Deus é para nós motivo de vida, de vida eterna? (cf Jo 17,3). Não é Deus, porventura, um problema, se assim lhe quisermos chamar, que interessa de perto o nosso pensamento, a nossa consciência e o nosso destino? E se, um dia, fosse inevitável o nosso encontro pessoal com Ele?


Mais ainda: e se Ele estivesse escondido, como num interessantíssimo jogo, para nós decisivo, precisamente porque temos de O procurar (cf Is 45,19)? Ou melhor, ouvi: e se fosse Ele, Deus, o próprio Deus, que estivesse à nossa procura?