quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Profecia do Dia


Sexta-feira, dia 09 de Agosto de 2013

Santa Teresa Benedita da Cruz

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), religiosa, mártir, padroeira da Europa, +1942

Comentário do dia
Beato João Paulo II : «Os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis» (Rom 11,29)

Oseias 2,16b.17b.21-22.

Então, te desposarei para sempre; desposar-te-ei conforme a justiça e o direito, com amor e misericórdia.
Desposar-te-ei com fidelidade, e tu conhecerás o SENHOR.


Salmos 45(44),11-12.14-17.

Filha, escuta, vê e presta atenção;
esquece o teu povo e a casa do teu pai.
Porque o rei deixou se prender pela tua beleza;
Ele é agora o teu Senhor: presta-Lhe homenagem!

A filha do rei é toda formosura,
os seus vestidos são de brocados de ouro.  
Em vestes de muitas cores é apresentada ao rei;
as donzelas, suas amigas, seguem na em cortejo.  

Avançam com alegria e júbilo
e entram felizes no palácio real.  
No lugar de teus pais, estarão os teus filhos;
farás deles príncipes sobre toda a terra.



Mateus 25,1-13.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O Reino do Céu será semelhante a dez virgens que, tomando as suas candeias, saíram ao encontro do noivo.
Ora, cinco delas eram insensatas e cinco prudentes.
As insensatas, ao tomarem as suas candeias, não levaram azeite consigo;
enquanto as prudentes, com as suas candeias, levaram azeite nas almotolias.
Como o noivo demorava, começaram a dormitar e adormeceram.
A meio da noite, ouviu-se um brado: 'Aí vem o noivo, ide ao seu encontro!'
Todas aquelas virgens despertaram, então, e aprontaram as candeias.
As insensatas disseram às prudentes: 'Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas candeias estão a apagar-se.'
Mas as prudentes responderam: 'Não, talvez não chegue para nós e para vós. Ide, antes, aos vendedores e comprai-o.'
Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o noivo; as que estavam prontas entraram com ele para a sala das núpcias, e fechou-se a porta.
Mais tarde, chegaram as outras virgens e disseram: 'Senhor, senhor, abre-nos a porta!'
Mas ele respondeu: 'Em verdade vos digo: Não vos conheço.'
Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Motu proprio «Spes aedificandi» (01/10/1999), § 9

«Os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis» (Rom 11,29)

O encontro com o cristianismo não foi motivo para ela [Edith Stein] repudiar as suas raízes hebraicas; pelo contrário, ajudou-a a redescobri-las em plenitude. Isto, porém, não lhe poupou a incompreensão por parte dos familiares; sobretudo a desaprovação da própria mãe causou-lhe uma dor intensa. Na verdade, todo o seu caminho de perfeição cristã se distinguiu, não só pela solidariedade humana para com o seu povo de origem, mas também por uma verdadeira partilha espiritual da vocação dos filhos de Abraão, marcados pelo mistério do chamamento e dos «dons irrevogáveis» de Deus (cf. Rom 11, 29).


De modo particular, tornou próprio o sofrimento do povo judeu, na medida em que este aumentava naquela feroz perseguição nazi que permanece, juntamente com outras graves expressões do totalitarismo, uma das mais obscuras e vergonhosas manchas da Europa do nosso século. Sentiu então que, no extermínio sistemático dos judeus, a cruz de Cristo era carregada pelo seu povo, e assumiu-a na sua pessoa com a sua deportação e execução no tristemente célebre campo de Auschwitz-Birkenau.


Hoje, voltando-nos para Teresa Benedita da Cruz, reconhecemos no seu testemunho de vítima inocente, por um lado, a imitação do Cordeiro imaculado e o protesto erguido contra todas as violações dos direitos fundamentais da pessoa e, por outro, o penhor daquele renovado encontro de judeus e cristãos que, na linha anunciada pelo Concílio Vaticano II, está a conhecer uma prometedora fase de abertura recíproca. Declarar hoje Edith Stein co-Padroeira da Europa significa colocar no horizonte do Velho Continente um estandarte de respeito, de tolerância e de hospitalidade, que convida os homens e as mulheres a entenderem-se e a aceitarem-se para além das diferenças étnicas, culturais e religiosas, formando assim uma sociedade verdadeiramente fraterna.


Possa, portanto, crescer a Europa! Possa ela crescer como Europa do espírito, na esteira do melhor da sua história, que encontra na santidade a sua expressão mais elevada.