sábado, 20 de julho de 2013

Profecia do Dia


Domingo, dia 21 de Julho de 2013

16º Domingo do Tempo Comum - Ano C
Décimo Sexto Domingo do Tempo Comum (semana IV do saltério)

S. Lourenço de Brindisi (Brindes), religioso, Doutor da Igreja, +1619

Comentário do dia
Santo Ambrósio : Juntas, Marta e Maria acolhem a Sabedoria de Deus (1Co 1,24)

Gén. 18,1-10.

Naqueles dias, o Senhor apareceu a Abraão junto dos carvalhos de Mambré. Abraão estava sentado à porta da sua tenda, durante as horas quentes do dia.
Abraão ergueu os olhos e viu três homens de pé em frente dele. Imediatamente correu da entrada da tenda ao seu encontro, prostrou-se por terra
e disse: «Meu Senhor, se mereci o teu favor, peço-te que não passes adiante, sem parar em casa do teu servo.
Permite que se traga um pouco de água para vos lavar os pés; e descansai debaixo desta árvore.
Vou buscar um bocado de pão e, quando as vossas forças estiverem restauradas, prosseguireis o vosso caminho, pois não deve ser em vão que passastes junto do vosso servo.» Eles responderam: «Faz como disseste.»
Abraão foi, sem perda de tempo, à tenda onde se encontrava Sara e disse-lhe: «Depressa, amassa já três medidas de flor de farinha e coze uns pães no borralho.»
Correu ao rebanho, escolheu um vitelo dos mais tenros e gordos e entregou-o ao servo, que imediatamente o preparou.
Tomou manteiga, leite e o vitelo já pronto e colocou-o diante deles. E ficou de pé junto dos estranhos, debaixo da árvore, enquanto eles comiam.
Então, disseram-lhe: «Onde está Sara, tua mulher?» Ele respondeu: «Está aqui na tenda.»
Um deles disse: «Passarei novamente pela tua casa dentro de um ano, nesta mesma época; e Sara, tua mulher, terá já um filho.» Ora, Sara estava a escutar à entrada da tenda, mesmo por trás dele.


Salmos 15(14),2-3.3-4.5.

Aquele que leva uma vida sem mancha,
pratica a justiça e diz a verdade com todo o coração;
o que não faz mal ao seu próximo,
nem ultraja o seu semelhante

o que despreza com o seu olhar os ímpios,
mas estima os que temem o Senhor;
o que não falta ao seu juramento, mesmo desvantajoso

e que não empresta o seu dinheiro com usura,
nem se deixa subornar contra o inocente.
Quem assim proceder não há-de sucumbir para sempre.



Coloss. 1,24-28.

Irmãos: Agora, alegro-me nos sofrimentos que suporto por vós e completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo, pelo seu Corpo, que é a Igreja.
Foi dela que eu me tornei servidor, segundo a missão que Deus me confiou para vosso benefício: levar à plena realização a Palavra de Deus,
o mistério escondido ao longo das gerações e que agora Deus manifestou aos seus santos.
Deus quis dar-lhes a conhecer a imensa riqueza da glória deste mistério entre os gentios: Cristo entre vós, a esperança da glória!
É a Ele que anunciamos, admoestando e ensinando todos e cada homem com toda a sabedoria, para apresentar a Deus todos os homens na sua perfeição em Cristo.


Lucas 10,38-42.

Naquele tempo, Jesus entrou numa aldeia. E uma mulher, de nome Marta, recebeu-O em sua casa.
Tinha ela uma irmã, chamada Maria, a qual, sentada aos pés do Senhor, escutava a sua palavra.
Marta, porém, andava atarefada com muitos serviços; e, aproximando-se, disse: «Senhor, não te preocupa que a minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe, pois, que me venha ajudar.»
O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e perturbada com muitas coisas;
mas uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.»



Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja
Comentário ao Evangelho de São Lucas, 7, 85-86; SC 52

Juntas, Marta e Maria acolhem a Sabedoria de Deus (1Co 1,24)

A virtude não tem apenas um rosto. O exemplo de Marta e de Maria mostram-nos a devoção activa nas obras de uma, e a atenção religiosa do coração à palavra de Deus na outra. Se a tal atenção estiver unida uma fé profunda, ela é preferível às obras: «Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada». Esforcemo-nos portanto, também nós, por possuir aquilo que ninguém nos poderá tirar, escutando com ouvido atento e não distraído; porque por vezes acontece que o grão da palavra vinda do céu é tirado, se for semeado à beira do caminho (Lc 8, 5.12).


Anima-te pois pelo desejo de sabedoria, como Maria: essa é uma obra maior, mais perfeita. Que as preocupações com o serviço não te impeçam de acolher a palavra vinda do céu. Não critiques nem tenhas por ociosos os que vires ocupados em adquirir a sabedoria, pois Salomão, esse homem de paz, convidou-a para sua casa para que ficasse com ele (Sb 9,10). Não se trata, porém, de reprovar a Marta os seus bons serviços: Maria tem preferência porque escolheu uma parte melhor. Jesus tem múltiplas riquezas, e distribui-as com prodigalidade; a mulher mais sábia reconheceu e escolheu o que é mais importante.


Também os apóstolos entenderam que era preferível não abandonar a palavra de Deus para servir às mesas (Act 6,2). Mas ambas as coisas são obras de sabedoria: Estêvão foi escolhido como servo, como diácono, e estava cheio de sabedoria (Act 6,5.8). […]. Com efeito, o corpo da Igreja é um, e se os seus membros são diversos, têm necessidade uns dos outros: «Não pode o olho dizer à mão: «não tenho necessidade de ti», nem tão-pouco a cabeça dizer aos pés: «não tenho necessidade de vós» (1Cor 12,21). […] Se alguns membros são mais importantes, os outros são todavia necessários. A sabedoria reside na cabeça; a actividade, nas mãos.