quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 01 de Março de 2013
Sexta-feira da 2ª semana da Quaresma

Santo Albino, bispo, +550,  S. Rosendo, bispo, +977,  Beato Miguel Carvalho e companheiros, mártires, +1624



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Ireneu de Lyon : A vinha de Deus

Leituras

Gén. 37,3-4.12-13a.17b-28.


Jacob preferia José aos seus outros filhos, porque era o filho da sua velhice, e mandara-lhe fazer uma túnica comprida.
Os irmãos, vendo que o pai o amava mais do que a todos eles, ganharam-lhe ódio e não podiam falar-lhe amigavelmente.
Um dia, os irmãos de José conduziram os rebanhos de seu pai para Siquém.
E Israel disse a José: «Os teus irmãos apascentam os rebanhos em Siquém. Prepara-te, pois quero enviar-te para junto deles.» José respondeu: «Estou pronto.»
Eles viram-no de longe e, antes que se aproximasse, fizeram planos para o matar.
Disseram uns aos outros: «Eis que se aproxima o homem dos sonhos.
Vamos, matemo-lo, atiremo-lo a qualquer cisterna e depois diremos que um animal feroz o devorou. Veremos, então, como se realizarão os seus sonhos.»
Rúben ouviu-os e quis salvá-lo das suas mãos. Então disse: «Não atentemos contra a sua vida.»
Rúben disse ainda: «Não derrameis sangue! Atirai-o à cisterna que está no deserto, mas não levanteis a mão contra ele.» O seu intento era livrá-lo das suas mãos para o fazer regressar ao seu pai.
Quando José chegou junto dos irmãos, estes despojaram-no da túnica comprida que usava
e, agarrando-o, lançaram-no à cisterna. Esta estava vazia e sem água.
Depois, sentaram-se para comer. Erguendo, porém, os olhos, viram uma caravana de ismaelitas que vinha de Guilead. Os camelos estavam carregados de aroma, de bálsamo e láudano, que levavam para o Egipto.
Judá disse aos irmãos: «Que vantagem tiramos da morte de nosso irmão, ocultando o seu sangue?
Vinde, vendamo-lo aos ismaelitas e que a nossa mão não caia sobre ele, porque é nosso irmão e da nossa família.» E os irmãos consentiram.
Passaram por ali alguns negociantes madianitas, que conseguiram tirar José da cisterna; e eles venderam-no aos ismaelitas por vinte moedas de prata. Estes levaram José para o Egipto.


Salmos 105(104),16-17.18-19.20-21.


Deus fez cair a fome sobre a terra
e privou-os do pão, que dá o sustento.
Enviou diante deles um homem,
José, que foi vendido como escravo.

Apertaram-lhe os pés com grilhões
e puseram-lhe uma argola de ferro ao pescoço,
até que se cumpriu a profecia,
e a palavra do Senhor lhe deu razão.

Então o rei deu ordens para que o soltassem,
o soberano dos povos pô-lo em liberdade.
Nomeou-o mordomo da sua casa
e administrador de todos os seus bens.



Mateus 21,33-43.45-46.


Naquele tempo, disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo: «Escutai outra parábola: Um chefe de família plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar, construiu uma torre, arrendou-a a uns vinhateiros e ausentou-se para longe.
Quando chegou a época das vindimas, enviou os seus servos aos vinhateiros, para receberem os frutos que lhe pertenciam.
Os vinhateiros, porém, apoderaram-se dos servos, bateram num, mataram outro e apedrejaram o terceiro.
Tornou a mandar outros servos, mais numerosos do que os primeiros, e trataram-nos da mesma forma.
Finalmente, enviou-lhes o seu próprio filho, dizendo: 'Hão-de respeitar o meu filho.'
Mas os vinhateiros, vendo o filho, disseram entre si: 'Este é o herdeiro. Matemo-lo e ficaremos com a sua herança.'
E, agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e mataram-no.
Ora bem, quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?»
Eles responderam-lhe: «Dará morte afrontosa aos malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe entregarão os frutos na altura devida.»
Jesus disse-lhes: «Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram transformou-se em pedra angular? Isto é obra do Senhor e é admirável aos nossos olhos?
Por isso vos digo: O Reino de Deus ser-vos-á tirado e será confiado a um povo que produzirá os seus frutos.
Os sumos sacerdotes e os fariseus, ao ouvirem as suas parábolas, compreenderam que eram eles os visados.
Embora procurassem meio de o prender, temeram o povo, que o considerava profeta.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
Contra as heresias, IV 36, 2-3; SC 100

A vinha de Deus

Ao modelar Adão com o pó da terra (Gn 2,7) e ao eleger patriarcas, Deus
plantou a vinha do género humano. Depois confiou-a a vinhateiros pelo dom
da Lei transmitida por Moisés. Cercou essa vinha com uma sebe, isto é,
circunscreveu a terra que eles teriam de cultivar; construiu uma torre, ou
seja, escolheu Jerusalém; montou um lagar, ou seja, preparou os que iam
receber o Espírito profético. E enviou-lhes profetas, antes do exílio de
Babilónia; e, após o exílio, outros ainda em maior número, para reclamarem
os frutos e para lhes dizerem [...]: «Endireitai os vossos caminhos e
emendai as vossas obras» (Jr 7,3); praticai uma verdadeira justiça e
excedei-vos em bondade e compaixão, cada um para com seu irmão. Não
oprimais a viúva e o órfão, o estrangeiro e o pobre, e não formeis nos
vossos corações maus desígnios uns para com os outros» (Zac 7,9-10) [...];
«lavai-vos, purificai-vos, tirai da frente dos Meus olhos a malícia das
vossas acções; [...] aprendei a fazer o bem; procurai o que é justo,
socorrei os oprimidos» (Is 1,16-17). [...]


Tais eram as prédicas por que os profetas reclamavam o fruto da justiça.
Mas como as multidões continuassem incrédulas, enviou-lhes finalmente o Seu
Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, a Quem os perversos vinhateiros mataram e
lançaram para fora da vinha. Razão por que Deus a confiou – não a
circunscrevendo já, antes a abrindo ao mundo inteiro – a outros vinhateiros
para que estes Lhe entregassem o fruto na altura devida. A torre da eleição
eleva-se por toda a Terra no seu esplendor, porque por toda a Terra a
Igreja resplandece; por toda a Terra surge também erecto o lagar, porque
por toda a Terra estão aqueles que recebem o Espírito de Deus. [...]


Por isso dizia o Senhor aos Seus discípulos, para fazer de nós bons
obreiros: «Que os vossos corações não se tornem pesados com a devassidão, a
embriaguez e as preocupações da vida [...]; velai, pois, orando
continuamente» (Lc 21,34.36). [...] «Estejam apertados os vossos cintos e
acesas as vossas lâmpadas. Sede semelhantes aos homens que esperam o seu
senhor» (Lc 12,34-36).




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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 28 de Fevereiro de 2013
Quinta-feira da 2ª da Quaresma

S. Torcato, bispo, séc. I,  Beato Daniel Brottier, presbítero, +1936



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Isaac : «Sofro terrivelmente nesta fornalha»

Leituras

Jer. 17,5-10.


Assim fala o Senhor: Maldito aquele que confia no homem e conta somente com a força humana, afastando o seu coração do Senhor.
Assemelha-se ao cardo do deserto; mesmo que lhe venha algum bem, não o sente, pois habita na secura do deserto, numa terra salobra, onde ninguém mora.
Bendito o homem que confia no Senhor, que tem no Senhor a sua esperança.
É como a árvore plantada perto da água, a qual estende as raízes para a corrente; não teme quando vem o calor, e a sua folhagem fica sempre verdejante. Não a inquieta a seca de um ano e não deixará de dar fruto.
Nada mais enganador que o coração, tantas vezes perverso: quem o pode conhecer?
Eu, o Senhor, penetro os corações e sondo as entranhas, a fim de recompensar cada um pela sua conduta e pelos frutos das suas acções.


Salmos 1,1-2.3.4.6.


Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores, 
antes põe o seu enlevo na lei do Senhor
e nela medita dia e noite.

É como a árvore plantada à beira da água corrente:
dá fruto na estação própria
e a sua folhagem não murcha;
em tudo o que faz é bem sucedido.

Mas os ímpios não são assim!
São como a palha que o vento leva.
O Senhor conhece o caminho dos justos,
mas o caminho dos ímpios conduz à perdição.



Lucas 16,19-31.


Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: «Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e fazia todos os dias esplêndidos banquetes.
Um pobre, chamado Lázaro, jazia ao seu portão, coberto de chagas.
Bem desejava ele saciar-se com o que caía da mesa do rico; mas eram os cães que vinham lamber-lhe as chagas.
Ora, o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado.
Na morada dos mortos, achando-se em tormentos, ergueu os olhos e viu, de longe, Abraão e também Lázaro no seu seio.
Então, ergueu a voz e disse: 'Pai Abraão, tem misericórdia de mim e envia Lázaro para molhar em água a ponta de um dedo e refrescar-me a língua, porque estou atormentado nestas chamas.'
Abraão respondeu-lhe: 'Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em vida, enquanto Lázaro recebeu somente males. Agora, ele é consolado, enquanto tu és atormentado.
Além disso, entre nós e vós há um grande abismo, de modo que, se alguém pretendesse passar daqui para junto de vós, não poderia fazê-lo, nem tão pouco vir daí para junto de nós.'
O rico insistiu: 'Peço-te, pai Abraão, que envies Lázaro à casa do meu pai, pois tenho cinco irmãos;
que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.'
Disse lhe Abraão: 'Têm Moisés e os Profetas; que os oiçam!'
Replicou-lhe ele: 'Não, pai Abraão; se algum dos mortos for ter com eles, hão-de arrepender-se.'
Abraão respondeu-lhe: 'Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, tão-pouco se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dentre os mortos.'»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Isaac, o Sírio (século VII), monge em Nínive, perto de Mossul
Discurso, 1 ª Série, n º 84

«Sofro terrivelmente nesta fornalha»

Quanto a mim, penso que aqueles que são atormentados no inferno o são pelos
golpes do amor. Pois não há coisa mais amarga e mais violenta que os
tormentos do amor! Os que sentem que pecaram contra o amor carregam consigo
uma condenação bem maior que as mais temidas punições. O sofrimento
inscrito no coração pelo pecado contra o amor é mais dilacerante que
qualquer outro tormento.


É completamente absurdo pensar que os pecadores do inferno estão privados
do amor de Deus. O amor é filho do conhecimento da verdade, que é dado na
sua totalidade. Pelo seu próprio poder, o amor age de duas maneiras:
atormenta os pecadores, como acontece aqui na terra um amigo atormentar
outro amigo; e regozija-se com os que fazem o que devem fazer. Em minha
opinião, o tormento do inferno é o remorso. Mas as almas dos que estão no
alto estão na embriaguez do deleite.




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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 27 de Fevereiro de 2013
Quarta-feira da 2ª semana da Quaresma

S. Gabriel de Nossa Senhora das Dores, confessor, +1862,  S. Leandro, bispo, +600



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho : «Eis que subimos a Jerusalém»

Leituras

Jer. 18,18-20.


Os inimigos de Jeremias disseram entre si: «Vinde e tramemos uma conspiração contra Jeremias, porque não nos faltará a lei se faltar um sacerdote, nem o conselho se faltar um sábio, nem a palavra divina por falta de um profeta! Vinde, vamos difamá-lo, e não prestemos atenção às suas palavras!»
Senhor, ouve-me! Escuta o que dizem os meus adversários.
É assim que se paga o bem com o mal? Abriram uma cova para me tirarem a vida. Lembra-te de que me apresentei diante de ti, a fim de interceder por eles e afastar deles a tua cólera.


Salmos 31(30),5-6.14.15-16.


Livra-me da cilada que me armaram,
porque Tu és o meu refúgio.
Nas tuas mãos entrego o meu espírito;
Senhor, Deus fiel, salva-me.

Na verdade, ouvi os gritos da multidão;
o terror envolveu-me,
porque conspiraram contra mim
e decidiram tirar-me a vida.

Mas eu confio em ti, Senhor;
e digo: «Tu és o meu Deus.
O meu destino está nas tuas mãos;
livra-me dos meus inimigos e perseguidores.»



Mateus 20,17-28.


Naquele tempo, enquanto Jesus subia para Jerusalém, chamou à parte os Doze e disse-lhes:
«Vamos subir a Jerusalém e o Filho do Homem vai ser entregue aos sumos sacerdotes e aos doutores da Lei, que o vão condenar à morte.
Hão-de entregá-lo aos pagãos, que o vão escarnecer, açoitar e crucificar. Mas Ele ressuscitará ao terceiro dia.»
Aproximou-se então de Jesus a mãe dos filhos de Zebedeu, com os seus filhos, e prostrou-se diante dele para lhe fazer um pedido.
«Que queres?» perguntou-lhe Ele. Ela respondeu: «Ordena que estes meus dois filhos se sentem um à tua direita e o outro à tua esquerda, no teu Reino.»
Jesus retorquiu: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu estou para beber?» Eles responderam: «Podemos.»
Jesus replicou-lhes: «Na verdade, bebereis o meu cálice; mas, o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence a mim concedê-lo: é para quem meu Pai o tem reservado.»
Ouvindo isto, os outros dez ficaram indignados com os dois irmãos.
Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os chefes das nações as governam como seus senhores, e que os grandes exercem sobre elas o seu poder.
Não seja assim entre vós. Pelo contrário, quem entre vós quiser fazer se grande, seja o vosso servo; e
quem, no meio de vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo.
Também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja
Dissertações sobre os Salmos, Sl 121

«Eis que subimos a Jerusalém»

Nos «salmos de subida», o salmista aspira a Jerusalém e diz que quer subir.
Subir para onde? Desejará ele alcançar o sol, a lua, as estrelas? Não. É no
céu que se encontra a Jerusalém eterna, é lá que vivem os anjos, nossos
concidadãos (Heb 12,22). Nesta terra estamos exilados, longe deles. Ainda a
caminho, no exílio, suspiramos; na cidade estremeceremos de alegria.


Durante a viagem encontramos companheiros que já viram essa cidade e que
nos encorajam a correr para ela. Eles inspiraram ao salmista um grito de
alegria: «Que alegria, quando me disseram: 'Vamos para a casa do Senhor!'»
(Sl 122,1). [...] Iremos para a casa do Senhor: corramos pois, corramos,
pois chegaremos à casa do Senhor. Corramos sem nos cansar; lá não haverá
lassidão. Corramos para a casa do Senhor e estremeçamos de alegria com
aqueles que nos chamaram e que primeiro contemplaram a nossa pátria. Eles
gritam de longe aos que os seguem: «Vamos para a casa do Senhor; caminhai,
correi!» Os apóstolos viram a casa e chamam-nos: «Caminhai, correi,
segui-nos! Vamos para a casa do Senhor!»


E o que responde cada um de nós? «Que alegria, quando me disseram: 'Vamos
para a casa do Senhor!'» Regozijei-me com os profetas, regozijei-me com os
apóstolos, pois todos eles nos disseram: «Vamos para a casa do Senhor.»





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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 26 de Fevereiro de 2013
Terça-feira da 2ª semana da Quaresma

S. Porfírio de Gaza, bispo, +420,  Santo Alexandre, bispo, +328



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Sentenças dos Padres do Deserto : «Quem se humilhar será exaltado»

Leituras

Is. 1,10.16-20.


Ouvi a palavra do Senhor, ó príncipes de Sodoma; escutai a lição do nosso Deus, povo de Gomorra:
Lavai-vos, purificai-vos, tirai da frente dos meus olhos a malícia das vossas acções. Cessai de fazer o mal,
aprendei a fazer o bem; procurai o que é justo, socorrei os oprimidos, fazei justiça aos órfãos, defendei as viúvas.
Vinde agora, entendamo-nos diz o SENHOR. Mesmo que os vossos pecados sejam como escarlate, tornar-se-ão brancos como a neve. Mesmo que sejam vermelhos como a púrpura, ficarão brancos como a lã.
Se fordes dóceis e obedientes, comereis os bens da terra;
se recusardes, se vos revoltardes, sereis devorados pela espada. É o SENHOR quem o declara.»


Salmos 50(49),8-9.16bc-17.21.23.


Não é pelos sacífícios que Eu te repreendo:
os teus holocaustos estão sempre na minha presença.
Não aceito os novilhos da tua casa
nem os cabritos do teu rebanho.

«Como falas tanto na minha lei
e trazes na boca a minha aliança,
tu que detestas os meus ensinamentos
e rejeitas as minhas palavras?

Tens feito tudo isto. Poderei Eu calar-me?
Pensavas que Eu era igual a ti?
Vou chamar-te a julgamento
e lançar-te tudo isto em rosto!»

Honra-me quem oferece o sacrifício de louvor;
a quem anda por este caminho
farei participar da salvação de Deus.



Mateus 23,1-12.


Naquele tempo, Jesus falou assim à multidão e aos seus discípulos:
«Os doutores da Lei e os fariseus instalaram-se na cátedra de Moisés.
Fazei, pois, e observai tudo o que eles disserem, mas não imiteis as suas obras, pois eles dizem e não fazem.
Atam fardos pesados e insuportáveis e colocam-nos aos ombros dos outros, mas eles não põem nem um dedo para os deslocar.
Tudo o que fazem é com o fim de se tornarem notados pelos homens. Por isso, alargam as filactérias e alongam as orlas dos seus mantos.
Gostam de ocupar o primeiro lugar nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas.
Gostam das saudações nas praças públicas e de serem chamados 'mestres' pelos homens.
Quanto a vós, não vos deixeis tratar por 'mestres', pois um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos.
E, na terra, a ninguém chameis 'Pai', porque um só é o vosso 'Pai': aquele que está no Céu.
Nem permitais que vos tratem por 'doutores', porque um só é o vosso 'Doutor': Cristo.
O maior de entre vós será o vosso servo.
Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Sentenças dos Padres do Deserto (séculos IV-V)
Macário 11

«Quem se humilhar será exaltado»

Certo dia, Abba Macário vinha do paul e regressava à cela, trazendo consigo
umas folhas de palmeira. Pelo caminho, o demónio veio ao seu encontro com
uma foice de ceifeiro, e tentou atacá-lo, mas não conseguiu. Disse-lhe
então o demónio: «Macário, sofro muitos tormentos por tua causa, porque não
consigo vencer-te. Contudo, faço tudo o que tu fazes: tu jejuas, e eu não
como; tu velas, e eu não durmo. Há só um aspecto em que me vences.» «Qual?»
«A tua humildade. É ela que me impede de te vencer.»




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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 25 de Fevereiro de 2013
Segunda-feira da 2ª semana da Quaresma

S. Sebastião de Aparício, leigo, confessor, +1600,  S. Luis Versiglia, bispo, mártir, +1930,  S. Calisto Caravário, presbítero, mártir, +1930



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Juliana de Norwich : «Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.»

Leituras

Dan. 9,4b-10.


Senhor, Deus grande e temível, que és fiel à Aliança e que manténs o teu favor para com os que te amam e guardam os teus mandamentos.
Todos nós pecámos, prevaricámos, praticámos a iniquidade, fomos revoltosos, afastámo-nos dos teus mandamentos e das tuas leis.
Não escutámos os teus servos, os profetas, que falaram em teu nome aos nossos reis, aos nossos chefes, aos nossos pais e a todo o povo da nação.
Para ti, Senhor, a justiça; para nós, a infâmia, como é hoje para as gentes de Judá, para os habitantes de Jerusalém e para todo o Israel, para aqueles que estão perto e aqueles que estão longe, em todos os países por onde os espalhaste, em consequência das iniquidades que cometeram contra ti.
Sim, ó Senhor, para nós a vergonha, para os nossos reis, para os nossos chefes, para os nossos pais, porque pecámos contra ti.
No Senhor, nosso Deus, a misericórdia e o perdão, pois nos revoltámos contra Ele.
Recusámos escutar a voz do Senhor, nosso Deus; não seguimos as leis que nos propunha pela boca dos seus servos, os profetas.


Salmos 79(78),8.9.11.13.


Não recordes contra nós  
as faltas dos nossos antepassados.  
Socorre-nos, ó Deus, nosso salvador,
para glória do teu nome;
livra-nos e perdoa-nos pelo amor do teu nome.

Chegue junto de ti  
o gemido dos cativos;  
pela grande força do teu braço
salva da morte os que estão condenados.

Nós, que somos o teu povo e ovelhas do teu rebanho,
glorificar-te-emos para sempre;
de geração em geração
cantaremos a tua glória.



Lucas 6,36-38.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.»
«Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados.
Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço. A medida que usardes com os outros será usada convosco.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Juliana de Norwich (1342-depois de 1416), mística inglesa
Revelações do Amor Divino, cap. 48

«Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso.»

A meu ver, a misericórdia [de Deus] consiste no amor que opera com a doçura
e a plenitude da graça, numa superabundante compaixão. Ela põe mãos à obra
para nos defender e para que todas as coisas resultem em nosso bem. Desse
modo, por amor, permite que em certa medida vacilemos; e quanto mais
vacilamos, mais caímos, e quanto mais caímos, mais morremos. [...] Apesar
disso, nunca se separa de nós o doce olhar da piedade e do amor, não cessa
nunca a obra da misericórdia.


Vi qual é o bem próprio da misericórdia e o da graça: são dois aspectos de
um único amor. A misericórdia é atributo da compaixão, proveniente duma
ternura materna; a graça é atributo da glória, proveniente do majestoso
poder do Senhor no mesmo amor. A misericórdia defende, ampara, vivifica e
cura, e em tudo isso é ternura amorosa; a graça edifica e recompensa
infinitamente mais do que o merece quer a nossa vontade, quer o nosso
trabalho, e assim propaga e manifesta a generosidade que Deus, nosso Senhor
soberano, nos prodigaliza na Sua maravilhosa afabilidade. Tudo isso provém
da abundância do Seu amor, já que a graça transforma a nossa terrível
fraqueza em abundante e infinita consolação, a nossa vergonhosa queda em
sublime e glorioso reerguer-se, a nossa triste morte em santa e
bem-aventurada vida.


Tudo isto vi, por certo: de cada vez que a nossa perversidade neste mundo
nos conduz ao sofrimento, à vergonha e à aflição, no céu, ao contrário, a
graça nos reconforta e nos conduz à glória e à felicidade; e com tal
superabundância que, ao chegarmos ao céu e recebermos a recompensa que a
graça aí preparou para nós, agradeceremos e bendiremos a Nosso Senhor, ao
mesmo tempo que nos alegraremos por termos sofrido tais adversidades. E
esse ditoso amor será de tal ordem, que conheceremos em Deus certas coisas
que nunca teríamos conhecido se não tivéssemos passado por tais provações.




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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Domingo, dia 24 de Fevereiro de 2013
2º Domingo da Quaresma - Ano C

S. Sérgio, mártir, +304,  S. Lázaro, monge, séc. IX



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cirilo de Alexandria : «Moisés e Elias [...] falavam da Sua morte, que ia acontecer em Jerusalém»

Leituras

Gén. 15,5-12.17-18.


E, conduzindo-o para fora, disse-lhe: «Levanta os olhos para o céu e conta as estrelas, se fores capaz de as contar.» E acrescentou: «Pois bem, será assim a tua descendência.»
Abrão confiou no Senhor, e Ele considerou-lhe isso como mérito.
O Senhor disse-lhe depois: «Eu sou o Senhor que te mandou sair de Ur, na Caldeia, para te dar esta terra.»
Perguntou-lhe Abrão: «Senhor Deus, como saberei que tomarei posse dela?»
Disse-lhe o Senhor: «Toma uma novilha de três anos, uma cabra de três anos, um carneiro de três anos, uma rola e um pombo ainda novo.»
Abrão foi procurar todos estes animais, cortou-os ao meio e dispôs cada metade em frente uma da outra; não cortou, porém, as aves.
As aves de rapina desciam sobre as carnes mortas, mas Abrão afugentava-as.
Ao pôr-do-sol, apoderou-se dele um sono profundo; ao mesmo tempo, sentiu-se apavorado e foi envolvido por densa treva.
Quando o Sol desapareceu, e sendo completa a escuridão, surgiu um braseiro fumegante e uma chama ardente, que passou entre as metades dos animais.
Naquele dia, o Senhor concluiu uma aliança com Abrão, dizendo-lhe: «Dou esta terra à tua descendência, desde o rio do Egipto até ao grande rio, o Eufrates,


Salmos 27(26),1.7-8.9abc.13-14.


O Senhor é minha luz e salvação:
de quem terei medo?
O Senhor é o baluarte da minha vida:
quem me assustará?

Ouve, Senhor, a voz da minha súplica,
tem compaixão de mim e responde-me.
O meu coração murmura por ti,
os meus olhos te procuram;
é a tua face que eu procuro, Senhor.

Não desvies de mim o teu rosto,
nem afastes, com ira, o teu servo.
Tu és o meu amparo: não me rejeites nem abandones,
ó Deus, meu salvador!

Creio, firmemente, vir a contemplar
a bondade do Senhor na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte,
tem coragem e confia no Senhor.



Filip. 3,17-21.4,1.


Sede todos meus imitadores, irmãos, e olhai atentamente para aqueles que procedem conforme o modelo que tendes em nós.
É que muitos –de quem várias vezes vos falei e agora até falo a chorar – são, no seu procedimento, inimigos da cruz de Cristo:
o seu fim é a perdição, o seu Deus é o ventre, e gloriam-se da sua vergonha – esses que estão presos às coisas da terra.
É que, para nós, a cidade a que pertencemos está nos céus, de onde certamente esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.
Ele transfigurará o nosso pobre corpo, conformando-o ao seu corpo glorioso, com aquela energia que o torna capaz de a si mesmo sujeitar todas as coisas.
Portanto, meus caríssimos e saudosos irmãos, minha coroa e alegria, permanecei assim firmes no Senhor, caríssimos.


Lucas 9,28b-36.


Uns oito dias depois destas palavras, levando consigo Pedro, João e Tiago, Jesus subiu ao monte para orar.
Enquanto orava, o aspecto do seu rosto modificou-se, e as suas vestes tornaram-se de uma brancura fulgurante.
E dois homens conversavam com Ele: Moisés e Elias,
os quais, aparecendo rodeados de glória, falavam da sua morte, que ia acontecer em Jerusalém.
Pedro e os companheiros estavam a cair de sono; mas, despertando, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com Ele.
Quando eles iam separar-se de Jesus, Pedro disse-lhe: «Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias.» Não sabia o que estava a dizer.
Enquanto dizia isto, surgiu uma nuvem que os cobriu e, quando entraram na nuvem, ficaram atemorizados.
E da nuvem veio uma voz que disse: «Este é o meu Filho predilecto. Escutai-o.»
Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou só. Os discípulos guardaram silêncio e, naqueles dias, nada contaram a ninguém do que tinham visto.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo, doutor da Igreja
Homilias sobre a Transfiguração, 9; PG 77, 1011

«Moisés e Elias [...] falavam da Sua morte, que ia acontecer em Jerusalém»

Jesus subiu à montanha com os três discípulos que escolheu. Depois foi
transfigurado por uma luz fulgurante e divina, a ponto de as Suas vestes
parecerem brilhar como a luz. Seguidamente, Moisés e Elias envolveram
Jesus, falaram entre eles da Sua partida, que haveria de acontecer em
Jerusalém, quer dizer, do mistério da Sua incarnação e da Sua Paixão
salvadora, que haeria de concretizar-se na cruz. Porque é verdade que a lei
de Moisés e a pregação dos profetas tinham mostrado antecipadamente o
mistério de Cristo. [...] Esta presença de Moisés e de Elias, e a conversa
entre eles, tinha como objectivo mostrar que a Lei e os profetas formavam
como que o cortejo de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Senhor que tinham
profetizado. [...] Depois de terem aparecido não se calavam, falando da
glória de que o Senhor ia ser cumulado em Jerusalém pela Sua Paixão e pela
Sua cruz e, sobretudo, pela Sua ressurreição.


Talvez o bem-aventurado São Pedro, acreditando que tinha chegado o Reino de
Deus, tenha desejado permanecer na montanha, porque disse que deviam fazer
«três tendas». [...]. «Não sabia o que estava a dizer». Porque ainda não
tinha chegado o fim do mundo e não será no tempo presente que os santos
usufruirão da esperança que lhes foi prometida. É que São Paulo afirma:
«Ele transfigurará o nosso pobre corpo, conformando-o ao Seu corpo
glorioso» (Fil 3, 21).


Uma vez que o projecto da Salvação ainda não estava completo, estando
apenas no seu começo, não era possível que Cristo, que tinha vindo ao mundo
por amor, renunciasse a querer sofrer por ele. Porque Ele manteve a
natureza humana para sofrer a morte na Sua carne, e para a destruir pela
Sua ressurreição de entre os mortos.




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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Sabado, dia 23 de Fevereiro de 2013
Sábado da 1ª semana da Quaresma

S. Policarpo, bispo, mártir, +155,  Beata Rafaela Ibarra, leiga, fundadora, +1900



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Policarpo : «Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem»

Leituras

Deut. 26,16-19.


Moisés falou ao povo, dizendo:«O Senhor, teu Deus, ordena-te hoje que cumpras estas leis e preceitos. Observa-os e cumpre-os com todo o teu coração e com toda a tua alma.
Hoje, declaraste ao Senhor que Ele seria o teu Deus e que andarias nos seus caminhos, observando as suas leis, os seus preceitos e os seus mandamentos.
Por sua vez, o Senhor declarou-te hoje que serias o seu povo particular, como te tinha dito, e que deverias observar todos os seus mandamentos;
que te tornaria superior em honra, fama e esplendor a todos os povos que Ele tinha criado; que serias um povo consagrado ao Senhor, teu Deus, como Ele tinha dito.»


Salmos 119(118),1-2.4-5.7-8.


Felizes os que seguem o caminho da rectidão
e vivem segundo a lei do Senhor.
Felizes os que cumprem os seus preceitos
e o procuram com todo o coração.

Promulgaste os teus preceitos  
para se cumprirem fielmente.  
Oxalá os meus passos sejam firmes  
no cumprimento dos teus decretos.  

Poderei louvar-te de coração sincero,  
instruído pelos teus justos juízos.  
Hei-de cumprir as tuas leis;  
não me abandones mais!   



Mateus 5,43-48.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:«Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.
Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.
Fazendo assim, tornar-vos-eis filhos do vosso Pai que está no Céu, pois Ele faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores.
Porque, se amais os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem já isso os cobradores de impostos?
E, se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos?
Portanto, sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Policarpo (69-155), bispo, mártir
Carta aos Filipenses, 8-12

«Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem»

Permaneçamos indefectivelmente ligados à nossa esperança e ao garante da
nossa justiça, Jesus Cristo. «Ele suportou os nossos pecados no Seu corpo»;
e no entanto, «Ele que não cometeu pecado e a Sua boca não proferiu
mentira» (1P 2,24.22). Mas tudo suportou para que vivamos n'Ele. Sejamos
imitadores da Sua constância e, se sofrermos pelo Seu nome,
glorifiquemo-Lo. Tal é o exemplo que Ele próprio nos deu (Jo 13,15) e no
qual acreditámos. [...] Perseverai nestes sentimentos e segui o exemplo do
Senhor, firmes e inabaláveis na fé, amando-vos como irmãos, cheios de
afeição mútua, unidos na verdade, ajudando-vos uns aos outros com a ternura
do Senhor, sem desprezar ninguém. [...]


Estou seguro de que conheceis bem os livros sagrados e que eles já não têm
mistérios para vós. Não partilho a vossa erudição. Mas basta-me esta
citação das Escrituras: «Se vos irardes, não pequeis; não se ponha o sol
sobre a vossa ira» (Ef 4,26). Felizes aqueles que se recordam desta
palavra! Creio que vós estais entre eles.


Que Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, e Ele próprio, o Grande
Sacerdote eterno (He 2,17), Jesus Cristo, Filho de Deus, vos fortaleçam na
fé e na verdade, com serenidade, sem cólera, na paciência, na constância,
na coragem e na castidade. Que vos façam partilhar a herança dos santos,
tal como a nós e a todos aqueles que vivem debaixo do céu e crêem em Nosso
Senhor Jesus Cristo e no Seu Pai, que O ressuscitou dos mortos. Orai por
todos os santos. Orai também pelos reis, os príncipes, os magistrados, por
aqueles que vos perseguem e vos odeiam, pelos inimigos da cruz, e que assim
todos possam contemplar o fruto que vós trazeis e que nele sejais
perfeitos.




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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 22 de Fevereiro de 2013
Cádeira de São Pedro, apóstolo - festa

Cadeira de São Pedro
Beato Diogo Carvalho, presbítero, mártir, +1624



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Papa Bento XVI : «Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a Minha Igreja»

Leituras

1 Pedro 5,1-4.


Aos presbíteros que há entre vós, eu – presbítero como eles e que fui testemunha dos padecimentos de Cristo e também participante da glória que se há-de manifestar – dirijo-vos esta exortação:
Apascentai o rebanho de Deus que vos foi confiado, governando-o não à força, mas de boa vontade, tal como Deus quer; não por um mesquinho espírito de lucro, mas com zelo;
não com um poder autoritário sobre a herança do Senhor, mas como modelos do rebanho.
E, quando o supremo Pastor se manifestar, então recebereis a coroa imperecível da glória.


Salmos 23(22),1-3a.3b-4.5.6.


O Senhor é meu pastor: nada me faltará.
Leva-me a descansar em verdes prados,  
conduz-me às águas refrescantes,   
reconforta a minha alma,

e guia-me por caminhos rectos, por amor do seu nome.
Ainda que atravesse vales tenebrosos,
de nenhum mal terei medo
porque Tu estás comigo.
A tua vara e o teu cajado dão-me confiança.

Preparas a mesa para mim
à vista dos meus inimigos;
ungiste com óleo a minha cabeça;
a minha taça transbordou.

Na verdade, a tua bondade e o teu amor
hão-de acompanhar-me todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre.



Mateus 16,13-19.


Naquele tempo, ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?»
Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas.»
Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.»
Jesus disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu.
Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela.
Dar-te ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Papa Bento XVI
Audiência geral de 07/06/2006 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana rev.)

«Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a Minha Igreja»

«Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha
Igreja. [...] Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na
terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado
no Céu.» As três metáforas às quais Jesus recorre são em si muito claras:
Pedro será o fundamento rochoso sobre o qual se apoiará o edifício da
Igreja; ele terá as chaves do Reino dos céus para abrir ou fechar a quem
melhor julgar; por fim, ele poderá ligar ou desligar, no sentido em que
poderá estabelecer ou proibir o que considerar necessário para a vida da
Igreja, que é e permanece de Cristo. É sempre a Igreja de Cristo, e não de
Pedro. Deste modo, é descrito com imagens [...] o que a reflexão posterior
qualificará com a designação de «primado de jurisdição».Esta posição de
preeminência que Jesus decidiu conferir a Pedro verifica-se também depois
da ressurreição: Jesus encarrega as mulheres de irem anunciar a Pedro;
[...] será Pedro a primeira testemunha de uma aparição do Ressuscitado (cf
Lc 24,34; 1 Cor 15,5). [...] Depois, o facto de vários textos-chave
relativos a Pedro poderem ser relacionados com o contexto da Última Ceia,
na qual Cristo confere a Pedro o ministério de confirmar os irmãos (cf Lc
22,31ss.), mostra que a Igreja, que nasce do memorial pascal celebrado na
Eucaristia, tem no ministério confiado a Pedro um dos seus elementos
constitutivos.Esta contextualização [...] indica também o sentido último
deste primado: Pedro deve ser, ao longo dos tempos, o guardião da comunhão
com Cristo; deve conduzir à comunhão com Cristo; deve preocupar-se por que
a rede não se rompa e assim possa perdurar a comunhão universal. Só juntos
podemos estar com Cristo, que é o Senhor de todos. A responsabilidade de
Pedro é, assim, garantir a comunhão com Cristo, pela caridade de Cristo,
conduzindo à realização desta caridade na vida de todos os dias.




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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 21 de Fevereiro de 2013
Quinta-feira da 1ª da Quaresma

S. Pedro Damião, bispo, Doutor da Igreja, +1072



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Tomás de Aquino : «Pedi [...], procurai [...], batei»

Leituras

Ester 14,1.3-5.12-14.


Naqueles dias, a rainha Ester, tomada de angústia mortal, procurou refúgio no Senhor
e fez esta súplica ao Senhor, Deus de Israel: «Meu Senhor, nosso único Rei, vinde socorrer-me, porque estou só e não tenho outro auxílio senão Vós
e corre perigo a minha vida.
Desde criança, ouvi dizer na minha tribo paterna que Vós, Senhor, escolhestes Israel entre todos os povos e os nossos pais entre os seus antepassados, para serem a vossa herança perpétua, e cumpristes tudo o que lhes tínheis prometido.
Lembrai-Vos de nós, Senhor, e manifestai-Vos no dia da nossa tribulação. Fortalecei-me, Rei dos deuses e Senhor dos poderosos.
Ponde em meus lábios palavras harmoniosas, quando estiver na presença do leão, e mudai o seu coração, para que deteste o nosso inimigo e o arruíne com todos os seus cúmplices.
Livrai-nos com a vossa mão; vinde socorrer-me no meu abandono, porque não tenho ninguém senão Vós, Senhor».


Salmos 138(137),1-2a.2bc-3.7c-8.


Na presença dos anjos, eu Vos louvarei, Senhor.

Dou-Te graças, Senhor, de todo o coração,
porquer ouviste as palavras da minha boca.
Na presença dos anjos hei-de cantar-Te
e adorar-Te voltado para o Teu santo templo

Hei-de louvar o Teu nome,
pela Tua bondade e pela Tua fidelidade,
porque foste mais além das Tuas promessas.  
Quando Te invoquei, atendeste-me
e aumentaste as forças da minha alma.

Todos os reis da terra Te louvarão, Senhor,
ao ouvirem as palavras da Tua boca.
Celebrarão os caminhos do Senhor,
pois grande é a Sua glória.

A Vossa mão direita me salvará,
o Senhor completará o que em meu auxílio começou.
Senhor, a Vossa bondade é eterna,
não abandoneis a obra das Vossas mãos.




Mateus 7,7-12.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Pedi, e ser-vos-á dado; procurai, e encontrareis; batei, e hão-de abrir-vos.
Pois, quem pede, recebe; e quem procura, encontra; e ao que bate, hão-de abrir.
Qual de vós, se o seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?
Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente?
Ora bem, se vós, sendo maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está no Céu dará coisas boas àqueles que lhas pedirem.»
«Portanto, o que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles, porque isto é a Lei e os Profetas.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja
Compêndio teológico, 2, 1

«Pedi [...], procurai [...], batei»

Quando a súplica é dirigida a um homem, deve primeiro expressar o desejo e
a necessidade de quem pede. Tem também por objectivo afrouxar o coração
daquele a quem se pede, até o fazer ceder. Ora, estas duas coisas não têm
razão de ser quando a súplica é dirigida a Deus. Ao rezar, não temos de nos
preocupar em manifestar os nossos desejos ou as nossas necessidades a Deus:
Ele sabe tudo (Mt 6,8). [...] Se a oração é necessária ao homem para obter
os benefícios de Deus, é porque exerce sobre aquele que reza uma influência
que o leva a considerar a sua própria pobreza e lhe inclina o coração a
desejar com fervor e espírito filial o que espera obter com a oração.
Torna-o assim capaz de o receber. [...]


Pedir a Deus torna-nos imediatamente familiarizados com Deus, porque a
nossa alma se eleva em direcção a Ele, fala carinhosamente com Ele, e
adora-O em espírito e verdade (Jo 4,23). E assim, nesta amizade familiar
com Deus que a oração produz, abre-se o caminho para uma oração ainda mais
confiante. É por isso que está dito no Salmo: «Eu clamei», isto é, orei com
confiança, «porque Tu me respondeste, meu Deus» (16,6). Recebido na
intimidade de Deus através de uma primeira oração, o salmista ora em
seguida com maior confiança. E é por isso que, na petição dirigida a Deus,
a assiduidade ou insistência no pedido não é importuna. Pelo contrário, é
agradável a Deus, porque «é necessário rezar sempre», diz o Evangelho, «sem
nunca desistir» (Lc 18,1). E noutro sítio o Senhor convida-nos a pedir:
«Pedi e dar-se-vos-á», diz, «batei e abrir-se-vos-á.»




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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 20 de Fevereiro de 2013
Quarta-feira da 1ª semana da Quaresma

Beato Francisco Marto, vidente de Fátima, +1919,  Beata Jacinta Marto, vidente de Fátima, +1920,  Santo Eleutério, bispo, mártir, +532



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Rafael Arnaiz Baron : «Assim como Jonas esteve no ventre do monstro marinho três dias e três noites, assim o Filho do Homem estará no seio da terra três dias e três noites» (Mt 12,40)

Leituras

Jonas 3,1-10.


A palavra do Senhor foi dirigida pela segunda vez a Jonas, nestes termos:
«Levanta-te e vai a Nínive, à grande cidade e apregoa nela o que Eu te ordenar.»
Jonas levantou-se e foi a Nínive, segundo a ordem do Senhor. Nínive era uma cidade imensamente grande, e eram precisos três dias para a percorrer.
Jonas entrou na cidade e andou um dia inteiro a apregoar: «Dentro de quarenta dias Nínive será destruída.»
Os habitantes de Nínive acreditaram em Deus, ordenaram um jejum e vestiram-se de saco, do maior ao menor.
A notícia chegou ao conhecimento do rei de Nínive; ele levantou-se do seu trono, tirou o seu manto, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza.
Em seguida, foi publicado na cidade, por ordem do rei e dos príncipes, este decreto: «Os homens e os animais, os bois e as ovelhas não comam nada, não sejam levados a pastar nem bebam água.
Os homens e animais cubram-se de roupas grosseiras, e clamem a Deus com força; converta-se cada um do seu mau caminho e da violência que há nas suas mãos.
Quem sabe se Deus não se arrependerá e acalmará o ardor da sua ira, de modo que não pereçamos?»
Deus viu as suas obras, como se convertiam do seu mau caminho, e, arrependendo-se do mal que tinha resolvido fazer-lhes, não lho fez.


Salmos 51(50),3-4.12-13.18-19.


Não desprezeis, Senhor, o nosso coração humilhado e contrito.

Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade;
pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava-me de toda a iniquidade;
purifica-me dos meus delitos

Dá-me de novo a alegria da tua salvação
e sustenta-me com um espírito generoso.
Abre, Senhor, os meus lábios,
para que a minha boca possa anunciar o teu louvor.




Lucas 11,29-32.


Naquele tempo, aglomerava-se uma grande multidão à volta de Jesus e Ele começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa; pede um sinal, mas não lhe será dado sinal algum, a não ser o de Jonas.
Pois, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim o será também o Filho do Homem para esta geração.
A rainha do Sul há-de levantar-se, na altura do juízo, contra os homens desta geração e há-de condená-los, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; ora, aqui está quem é maior do que Salomão!
Os ninivitas hão-de levantar-se, na altura do juízo, contra esta geração e hão-de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; ora, aqui está quem é maior do que Jonas.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol
Escritos Espirituais, 1936/12/14

«Assim como Jonas esteve no ventre do monstro marinho três dias e três noites, assim o Filho do Homem estará no seio da terra três dias e três noites» (Mt 12,40)

Para se consagrar a uma arte, para aprofundar uma ciência, o espírito
precisa de solidão e de isolamento; tem necessidade de recolhimento e
silêncio. Mas para a alma enamorada de Deus, para a alma que não vê nenhuma
outra arte ou ciência que não seja a vida de Jesus, para a alma que
encontrou o tesouro escondido na terra (Mt 13,44), o silêncio não é
suficiente, nem o recolhimento na solidão. Ela tem necessidade de se
esconder de tudo, precisa de estar escondida com Cristo, de encontrar um
recanto da terra onde não cheguem os olhos profanos do mundo e de
permanecer aí sozinha com Deus. O segredo do rei (Tb 12,7) deteriora-se e
perde o brilho quando se revela. É este segredo do rei que deve ser
escondido para que ninguém o veja, este segredo que muitos acreditam ser
feito de comunicações divinas e de consolações sobrenaturais; este segredo
do rei, que invejamos aos santos, reduz-se muitas vezes a uma cruz.


Não escondamos a luz debaixo do alqueire, diz Jesus (Mt 5, 15). [...]
Proclamemos aos quatro ventos a nossa fé, enchamos o mundo com gritos de
entusiasmo por um Deus tão bom, não nos cansemos de pregar o Evangelho e de
dizer a todos aqueles que querem ouvir-nos que Cristo morreu amando,
pregado no madeiro, que morreu por mim, por ti, por todos. Se O amamos
verdadeiramente, não O escondamos, não ponhamos debaixo do alqueire a luz
que pode iluminar os outros.


Pelo contrário, Jesus bendito, transportemos por dentro, e sem que ninguém
saiba, este segredo divino, este segredo que Tu confias às almas que mais
Te amam, esta partícula da Tua cruz, da Tua sede, dos Teus espinhos.
Escondamos no canto mais recôndito da terra as nossas lágrimas, as nossas
dores e as nossas mágoas, não enchamos o mundo de tristes gemidos, nem
atinjamos ninguém com as nossas aflições. [...] Escondamo-nos com Cristo
para O deixarmos participar, só a Ele, naquilo que, vendo bem, Lhe
pertence: o segredo da cruz. Aprendamos de uma vez por todas, meditando na
Sua vida, na Sua paixão e na Sua morte, que não há outro caminho para
chegarmos até Ele senão o caminho da Sua santa cruz.




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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 19 de Fevereiro de 2013
Terça-feira da 1ª semana da Quaresma

S. Conrado de Placência, confessor, +1351,  S. Bonifácio, bispo, +1265



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Francisco de Assis : «Senhor, ensina-nos a orar» (Lc 11,1)

Leituras

Is. 55,10-11.


Assim fala o Senhor: «Assim como a chuva e a neve descem do céu não voltam para lá, sem terem regado a terra, sem a terem fecundado e feito produzir, para que dê semente ao semeador e pão para comer,
o mesmo sucede à palavra que sai da minha boca: não voltará para mim vazia, sem ter realizado a minha vontade e sem cumprir a sua missão.


Salmos 34(33),4-5.6-7.16-17.18-19.


Deus salva os justos de todos os sofrimentos.

Enaltecei comigo o Senhor;
exaltemos juntos o seu nome.
Proccurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.
Os olhos do Senhor estão voltados para os justos
e os Seus ouvidos estão atentos ao seu clamor.
A face do Senhor volta-se contra os que fazem o mal,
para apagar da terra a sua memória.




Mateus 6,7-15.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:« Nas vossas orações, não sejais como os gentios, que usam de vãs repetições, porque pensam que, por muito falarem, serão atendidos.
Não façais como eles, porque o vosso Pai celeste sabe do que necessitais antes de vós lho pedirdes.»
«Rezai, pois, assim:'Pai nosso, que estás no Céu, santificado seja o teu nome,
venha o teu Reino; faça-se a tua vontade, como no Céu, assim também na terra.
Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia;
perdoa as nossas ofensas, como nós perdoámos a quem nos tem ofendido;
e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do Mal.'
Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai celeste vos perdoará a vós.
Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai vos não perdoará as vossas.»


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Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Francisco de Assis (1182-1226), fundador da Ordem dos Frades Menores
Paráfrase ao Pai Nosso

«Senhor, ensina-nos a orar» (Lc 11,1)

Santíssimo «Pai Nosso»,
nosso Criador, nosso Redentor, nosso Salvador e Consolador.
«Que estais nos céus»,
nos anjos e nos santos, iluminando-os para que Vos conheçam,
porque Vós, Senhor, sois a luz;
inflamando-os para que Vos amem, porque Vós, Senhor, sois o amor;
habitando neles e enchendo-os com a Vossa divindade
para que adquiram a felicidade, porque Vós, Senhor, sois o maior bem,
o bem eterno, donde procede todo o bem, sem o qual não há bem algum.


«Santificado seja o Vosso nome»:
Que o conhecimento que temos de Vós
se torne, em nós, cada vez mais luminoso,
para que possamos avaliar o comprimento dos Vossos dons,
a largura das Vossas promessas, a altura da Vossa majestade
e a profundidade dos Vossos julgamentos (Ef 3, 18).


«Venha a nós o Vosso Reino»:
Reinai em nós pela graça;
fazei-nos entrar no Vosso Reino
onde enfim Vos veremos sem sombra,
onde o nosso amor por Vós se tornará perfeito,
bem-aventurada a Vossa companhia, eterno o prazer de Vos termos connosco.


«Seja feita a Vossa vontade, assim na terra como nos céus»:
Que Vos amemos sempre de coração pleno,
pensando sempre em Vós,
desejando-Vos sempre, com todo o nosso espírito;
continuamente dirigindo a Vós todas as nossas intenções,
perseguindo apenas a Vossa glória,
com todas as forças, com todo o coração,
com toda a alma, com todo o entendimento, ao serviço do Vosso amor
e de nada mais (Mc 12, 30).


Amemos o nosso próximo como a nós mesmos (Mt 22,39)
atraindo todos ao Vosso amor, como nos for possível,
alegrando-nos com o seu bem como se nosso fosse,
compadecendo-nos com as suas tribulações,
e não fazendo a ninguém ofensa alguma.




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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 18 de Fevereiro de 2013
Segunda-feira da 1ª semana da Quaresma

Santa Bernardete Soubirous, religiosa, + 1879,  Beato João de Fiésole (Fra Angélico), religioso, +1455,  S. Teotónio, religioso, +1162



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Homilia atribuida a Santo Hipólito de Roma : «Vinde, benditos de Meu Pai!»

Leituras

Levit. 19,1-2.11-18.


O Senhor disse a Moisés:
«Fala a toda a comunidade dos filhos de Israel e diz-lhes: 'Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo.
Não furtareis, não mentireis, nem enganareis em detrimento de um compatriota.
Não jurareis falso, em meu nome; desse modo profanareis o nome do vosso Deus. Eu sou o Senhor.
Não roubarás nem furtarás nada ao teu próximo; o salário do jornaleiro não passará a noite em teu poder até à manhã seguinte.
Não insultarás um surdo, não colocarás tropeços diante de um cego. Teme o teu Deus. Eu sou o Senhor.
Não cometerás injustiças nos julgamentos. Não prejudicarás o pobre, nem serás complacente para com o poderoso. Julgarás o teu compatriota com imparcialidade.
Não semearás o mal no meio do teu povo. Não peças o sangue do teu próximo. Eu sou o Senhor.
Não odiarás o teu próximo no teu coração; mas repreende o teu compatriota para não caíres em pecado por causa dele.
Não te vingarás nem guardarás rancor aos filhos do teu povo, mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.


Salmos 19(18),8.9.10.15.


As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida.

A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta o espírito;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria ao homem simples.

Os mandamentos do Senhor são rectos,  
alegram o coração;
os preceitos do Senhor são claros,
iluminam os olhos.
O temor do Senhor é puro
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.

Aceita, com bondade, as palavras da minha boca
e estejam na tua presença
os murmúrios do meu coração,
ó Senhor, meu refúgio e meu libertador.


Mateus 25,31-46.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os seus anjos, há-de sentar-se no seu trono de glória.
Perante Ele, vão reunir-se todos os povos e Ele separará as pessoas umas das outras, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.
À sua direita porá as ovelhas e à sua esquerda, os cabritos.
O Rei dirá, então, aos da sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo.
Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me,
estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo.'
Então, os justos vão responder-lhe: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber?
Quando te vimos peregrino e te recolhemos, ou nu e te vestimos?
E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-te?'
E o Rei vai dizer-lhes, em resposta: 'Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes.'
Em seguida dirá aos da esquerda: 'Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, que está preparado para o diabo e para os seus anjos!
Porque tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber,
era peregrino e não me recolhestes, estava nu e não me vestistes, doente e na prisão e não fostes visitar-me.'
Por sua vez, eles perguntarão: 'Quando foi que te vimos com fome, ou com sede, ou peregrino, ou nu, ou doente, ou na prisão, e não te socorremos?'
Ele responderá, então: 'Em verdade vos digo: Sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer.'
Estes irão para o suplício eterno, e os justos, para a vida eterna.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Homilia atribuida a Santo Hipólito de Roma (?-c. 235), presbítero e mártir
Tratado sobre o fim do mundo, 41-43

«Vinde, benditos de Meu Pai!»

«Vinde, benditos de Meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está
preparado desde a criação do mundo». Vinde, vós que haveis amado os pobres
e os estrangeiros. Vinde, vós que permanecestes fiéis ao Meu amor, pois Eu
sou o amor. Vinde, vós que haveis escolhido a paz, pois Eu sou a paz. Vinde
benditos de Meu Pai, e recebei em herança o Reino preparado para vós.  


Não honrastes a riqueza, pois destes esmola aos pobres. Socorrestes os
órfãos, ajudastes as viúvas, destes de beber a quem tinha sede e de comer a
quem tinha fome. Acolhestes os estrangeiros e vestistes os que andavam nus,
visitastes os doentes, reconfortastes os presos, ajudastes os cegos.
Guardastes intacto o selo da fé e estivestes sempre prontos a reunir-vos
nas igrejas. Escutastes as Minhas Escrituras e muito desejastes escutar as
Minhas palavras. Observastes a Minha lei de noite e de dia (cf Sl 1,2) e
partilhastes os Meus sofrimentos como soldados corajosos, para encontrar
graça junto a Mim, vosso rei do céu. Eis o Meu Reino preparado e o Meu céu
aberto. Eis a Minha imortalidade revelada em toda a sua beleza. Vinde todos
e recebei em herança o Reino preparado para vós desde a criação do mundo.




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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Domingo, dia 17 de Fevereiro de 2013
1º Domingo da Quaresma - Ano C

Santos Fundadores da Ordem dos Servitas, século XIV,  Beato Lucas Belludi, religioso, presbítero, +1285



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Rafael Arnaiz Baron : O Filho de Deus rejeita a tentação de tomar outras vias e obedece à vontade de Seu Pai

Leituras

Deut. 26,4-10.


Moisés falou ao povo, dizendo: «O sacerdote receberá o cesto da tua mão e o depositará diante do altar do Senhor, teu Deus.
Proclamarás, então, em voz alta, diante do Senhor, teu Deus: 'Meu pai era um arameu errante: desceu ao Egipto com um pequeno número e ali viveu como estrangeiro, mas depois tornou-se um povo forte e numeroso.
Então os egípcios maltrataram-nos, oprimindo-nos e impondo-nos dura escravidão.
Clamámos ao Senhor, Deus de nossos pais, e o Senhor ouviu o nosso clamor, viu a nossa humilhação, os nossos trabalhos e a nossa angústia,
e tirou-nos do Egipto, com sua mão forte e seu braço estendido, com grandes milagres, sinais e prodígios.
Introduziu-nos nesta região e deu-nos esta terra, terra onde corre leite e mel.
Por isso, aqui trago agora os primeiros frutos da terra que me deste, Senhor!' Depois, colocarás isso diante do Senhor, teu Deus, e prostrar-te-ás diante do Senhor, teu Deus.


Salmos 91(90),1-2.10-11.12-13.14-15.


Estai comigo, Senhor, no meio da adversidade.

Aquele que habita sob a protecção do Altíssimo
e mora à sombra do Omnipotente,
pode exclamar: "Senhor, Tu és o meu refúgio, a minha cidadela,
o meu Deus, em quem confio!"

Nenhum mal lhe acontecerá
nem a desgraça se aproximará da sua tenda,
porque Ele mandará os seus anjos
que o guardem em todos os seus caminhos.

Eles hão-de levar-te na palma das mãos,
para que não tropeces em nenhuma pedra.
Poderás caminhar sobre serpentes e víboras,
calcar aos pés leões e dragões.

Porque em Mim confiou, hei-de salvá-lo
hei-de protegê-lo, pois conheceu o Meu nome.
e lhe mostrarei a Minha salvação
Quando Me invocar, hei-de responder-lhe;
estarei a seu lado na tribulação,
para o salvar e encher de honras.






Romanos 10,8-13.


Irmãos: Que diz a Escritura, afinal? «É junto de ti que está a palavra: na tua boca e no teu coração.» Esta palavra é a da fé que anunciamos.
Porque, se confessares com a tua boca: «Jesus é o Senhor», e acreditares no teu coração que Deus o ressuscitou de entre os mortos, serás salvo.
É que acreditar de coração leva a obter a justiça, e confessar com a boca leva a obter a salvação.
É a Escritura que o diz: Todo o que nele acreditar não ficará frustrado.
Assim, não há diferença entre judeu e grego, pois todos têm o mesmo Senhor, rico para com todos os que o invocam.
De facto, todo o que invocar o nome do Senhor será salvo. Culpa de Israel: a falta de fé


Lucas 4,1-13.


Naquele tempo, Jesus, cheio do Espírito Santo, retirou-se do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto,
onde esteve durante quarenta dias, e era tentado pelo diabo. Não comeu nada durante esses dias e, quando eles terminaram, sentiu fome.
Disse-lhe o diabo: «Se és Filho de Deus, diz a esta pedra que se transforme em pão.» Jesus respondeu-lhe:
«Está escrito: Nem só de pão vive o homem.»
Levando-o a um lugar alto, o diabo mostrou-lhe, num instante, todos os reinos do universo
e disse-lhe: «Dar-te-ei todo este poderio e a sua glória, porque me foi entregue e dou-o a quem me aprouver.
Se te prostrares diante de mim, tudo será teu.»
Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto.»
Em seguida, conduziu-o a Jerusalém, colocou-o sobre o pináculo do templo e disse-lhe: «Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo,
pois está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, a fim de que eles te guardem;
e também: Hão-de levar-te nas suas mãos, com receio de que firas o teu pé nalguma pedra.»
Disse-lhe Jesus: «Não tentarás ao Senhor, teu Deus.»
Tendo esgotado toda a espécie de tentação, o diabo retirou-se de junto dele, até um certo tempo.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol
Escritos espirituais, 15/12/1936

O Filho de Deus rejeita a tentação de tomar outras vias e obedece à vontade de Seu Pai

Também eu, quando estava no mundo, corria muitas vezes pelas estradas de
Espanha, encantado por ver o velocímetro do meu carro marcar 90 Km à hora!
Que disparate! Quando me apercebi de que não tinha mais horizontes, sofri a
decepção típica daquele que tem a liberdade deste mundo, pois a terra é
pequena e depressa lhe damos a volta. O homem está rodeado de horizontes
pequenos e limitados. Para quem tem a alma sedenta de horizontes infinitos,
os da terra não bastam: abafam-no, não há mundo que lhe chegue e só
encontra o que procura na grandeza e imensidão de Deus. Homens livres que
percorreis o planeta, não tenho inveja da vossa vida neste mundo; fechado
num convento e aos pés do crucifixo, tenho uma liberdade infinita, tenho um
céu, tenho Deus. Que sorte tão grande ter um coração apaixonado por Ele!
[...]


Pobre irmão Rafael! [...] Continua a aguardar, continua a esperar com essa
doce serenidade que a esperança certa proporciona; permanece imóvel,
pregado, prisioneiro do teu Deus, ao pé do Seu tabernáculo. Escuta ao longe
o ruído que fazem os homens que desfrutam dos breves dias da sua liberdade
no mundo; escuta ao longe as suas vozes, os seus risos, os seus choros, as
suas guerras. Escuta e medita um momento; medita sobre um Deus infinito, o
Deus que fez o céu e a terra e os homens, o Senhor absoluto dos céus e da
terra, dos rios e dos mares; Aquele que, num instante, só por assim o
querer, fez sair do nada tudo aquilo que existe.


Medita por momentos na vida de Cristo e verás que não há nela, nem
liberdades, nem barulho, nem burburinho de vozes; verás o Filho de Deus
submetido ao homem; verás Jesus obediente, submisso e numa paz serena,
tendo como única regra de vida fazer a vontade de Seu Pai. E, finalmente,
contempla Cristo pregado na cruz. De que serve então falar de liberdades?




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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Sabado, dia 16 de Fevereiro de 2013
Sábado depois das Cinzas

Beato José Allamano, presbítero, fundador, +1926



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Rafael Arnaiz Baron : «Deixando tudo, o homem levantou-se e seguiu-O»

Leituras

Is. 58,9b-14.


Eis o que diz o Senhor:« Se tirares do meio de ti toda a opressão, os gestos de ameaçam e as palavras ofensivas,
se repartires o teu pão com o faminto e matares a fome ao pobre, a tua luz brilhará na tua escuridão, e as tuas trevas tornar-se-ão como o meio dia.
O SENHOR te guiará constantemente, saciará a tua alma no árido deserto, dará vigor aos teus ossos. Serás como um jardim bem regado, como uma fonte de águas inesgotáveis.
Reconstruirás ruínas antigas, levantarás sobre antigas fundações. Serás chamado: «Reparador de brechas, restaurador de casas em ruínas.»
Se te abstiveres de trabalhar ao sábado, de te ocupares dos teus negócios no meu dia santo, se chamares ao sábado a tua delícia, consagrando-o à glória do SENHOR; se o solenizares, abstendo-te de viagens, de procurares os teus interesses, e de tratares os teus negócios,
então, encontrarás a tua felicidade no SENHOR. Far-te-ei desfilar sobre as alturas da terra, alimentar-te-ei com a herança do teu pai Jacob. É o próprio SENHOR quem o diz!


Salmos 86(85),1-2.3-4.5-6.


Ensinai-me, Senhor, o vosso caminho para que eu ande na vossa presença.

Inclina, Senhor, os Teus ouvidos e responde-me,
porque estou triste e necessitado.
Protege a minha vida, porque Te sou fiel;
salva o Teu servo, que em Ti confia.

Senhor, tem compaixão de mim,
que a Ti clamo todo o dia.
Alegra o espírito do Teu servo,
pois para Ti, Senhor, elevo a minha alma.

Porque Tu, Senhor, és bom e indulgente,
cheio de misericórdia para quantos Te invocam.
Senhor, ouve a minha oração,
atende os gritos da minha súplica.  





Lucas 5,27-32.


Naquele tempo, Jesus viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-me.»
E ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu-o.
Levi ofereceu-lhe, em sua casa, um grande banquete; e encontravam-se com eles, à mesa, grande número de cobradores de impostos e de outras pessoas.
Os fariseus e os doutores da Lei murmuravam, dizendo aos discípulos: «Porque comeis e bebeis com os cobradores de impostos e com os pecadores?»
Jesus tomou a palavra e disse-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os que estão doentes.
Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol
Escritos espirituais, 15/12/1936

«Deixando tudo, o homem levantou-se e seguiu-O»

Há dias em que os aviões atravessam o céu a velocidades prodigiosas,
sobrevoando o mosteiro. O ruído dos seus motores assusta os passarinhos que
se aninham nos ciprestes do nosso cemitério. Em frente do convento,
atravessando os campos, há uma estrada alcatroada por onde circulam a toda
a hora camiões e carros de turismo que não se interessam pelo mosteiro. Uma
das principais vias férreas de Espanha também atravessa os terrenos do
mosteiro. [...] Ouve-se dizer que tudo isto é liberdade. [...] Mas quem
meditar um pouco verá como o mundo se engana no meio daquilo a que chama
liberdade. [...]


Onde se encontra então a liberdade? Encontra-se no coração do homem que
apenas ama a Deus. Encontra-se no homem cuja alma não está presa nem ao
espírito nem à matéria, mas apenas a Deus. Encontra-se nesta alma que não
está submetida ao eu egoísta; na alma que voa por sobre os seus próprios
pensamentos, os seus próprios sentimentos, o seu próprio sofrer e fruir. A
liberdade está nesta alma cuja única razão de existir é Deus, cuja vida é
Deus e nada mais do que Deus.


O espírito humano é pequeno, é reduzido, está sujeito a mil variações, a
altos e baixos, a depressões, a decepções, etc., e o corpo tem uma grande
fraqueza. A liberdade está portanto em Deus. A alma que, passando realmente
por sobre tudo isto, funda a sua vida n'Ele, pode dizer-se que goza de
liberdade, na medida do possível para quem está ainda neste mundo.




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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 15 de Fevereiro de 2013
Sexta-feira depois das Cinzas

S. Cláudio La Colombière, presbítero, + 1682



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Gregório Magno : O jejum que agrada a Deus

Leituras

Is. 58,1-9a.


Eis o que diz o Senhor Deus: «Grita em voz alta, sem te cansares. Levanta a tua voz como uma trombeta. Denuncia ao meu povo as suas faltas, aos descendentes de Jacob, os seus pecados.
Consultam-me dia após dia, mostram desejos de conhecer o meu caminho, como se fosse um povo que praticasse a justiça, e não abandonasse a lei de Deus. Pedem-me sentenças justas, querem aproximar-se de Deus.
Dizem-me: «Para quê jejuar, se vós não fazeis caso? Para quê humilhar-nos, se não prestais atenção?» É porque no dia do vosso jejum só cuidais dos vossos negócios, e oprimis todos os vossos empregados.
Jejuais entre rixas e disputas, dando bofetadas sem dó nem piedade. Não jejueis como tendes feito até hoje, se quereis que a vossa voz seja ouvida no alto.
Acaso é esse o jejum que me agrada, no dia em que o homem se mortifica? Curvar a cabeça como um junco, deitar-se sobre saco e cinza? Podeis chamar a isto jejum e dia agradável ao SENHOR?
O jejum que me agrada é este: libertar os que foram presos injustamente, livrá-los do jugo que levam às costas, pôr em liberdade os oprimidos, quebrar toda a espécie de opressão,
repartir o teu pão com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa, atender e vestir os nus e não desprezar o teu irmão.
Então, a tua luz surgirá como a aurora, e as tuas feridas não tardarão a cicatrizar-se. A tua justiça irá à tua frente, e a glória do SENHOR atrás de ti.
Então invocarás o SENHOR e Ele te atenderá, pedirás auxílio e te dirá: «Aqui estou!»


Salmos 51(50),3-4.5-6a.18-19.


Não desprezeis, Senhor, o nosso coração humilhado e contrito.

Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade;
pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava-me de toda a iniquidade;
purifica-me dos meus delitos

Porque eu reconheço os meus pecados
e tenho diante  de mim as minhas culpas.
Pequei contra Vós, só contra Vós,
e fiz o mal diante dos vossos olhos.

Não é do sacrifício que vos agradais
e, se eu oferecer um holocausto, não o aceitareis.
Sacrifício agradável a Deus é o espírito arrependido:
não desprezeis, Senhor, um espírito humilhado e contrito.





Mateus 9,14-15.


Naquele tempo, os discípulos de João Baptista foram ter com Ele e perguntaram-Lhe: «Porque é que nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?»
Jesus respondeu-lhes: «Porventura podem os convidados para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, hão-de vir dias em que lhes será tirado o esposo e, então, hão-de jejuar.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homilia 16 sobre os Evangelhos

O jejum que agrada a Deus

Ao comer do fruto da árvore proibida, Adão transgrediu os preceitos da vida
(Gn 3,6). Quanto a nós, é reduzindo, na medida do possível, o que comemos
que nos reergueremos e reencontraremos a alegria do Paraíso.


No entanto, que ninguém fique a pensar que basta essa abstinência. Com
efeito, diz Deus pelo Seu profeta: «O jejum que Me agrada é este: [...]
repartir o teu pão com os esfo¬meados, dar abrigo aos infelizes sem casa,
atender e vestir os nus e não des¬prezar o teu irmão» (Is 58,6-7). Aí está
o jejum que Deus aprova: aquele que é apresentado com as mãos cheias de
esmolas e o coração cheio de amor, um jejum todo preenchido de bondade. Dá
a outrem aquilo de que te privas pessoalmente e a tua penitência corporal
contribuirá para o bem-estar físico dos que passam necessidades.


Assim poderás compreender a censura do Senhor pela boca do profeta: «Quando
jejuastes e chorastes [...], foi realmente em Minha honra que
multiplicastes os vossos jejuns? E quando comíeis e bebíeis, não éreis vós
os comedores e os bebedores?» (Zc 7,5-6) Ser comedor e bebedor é consumir
alimentos destinados ao sustento do corpo sem os partilhar com ninguém, já
que eles foram destinados pelo Criador a toda a comunidade humana. Jejuar
em proveito próprio é privar-se temporariamente de alimento, mas reservar
esse fruto da auto-restrição para o consumir mais tarde. «Ordenai um
jejum», diz o profeta (Jl 1,14). [...] Que a cólera cesse e as querelas
desapareçam! É vã a mortificação do corpo que não impõe ao coração a
disciplina para refrear desejos desordenados. [...] Diz ainda o profeta:
«No dia do vosso jejum só cuidais dos vossos negócios, e oprimis todos os
vossos empregados. Jejuais entre rixas e disputas, dando bofetadas sem dó
nem piedade» (Is 58,3-4). [...] Com efeito, só perdoando aos nossos irmãos
é que Deus não nos imputará a nossa injustiça.




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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 14 de Fevereiro de 2013
São Cirilo, monge, e São Metódio, bispo: co-padroeiros da Europa - Festa

S. Metódio, monge, co-patrono da Europa, +885.,  São Cirilo, bispo, +868, co-patrono da Europa



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato João Paulo II : «Em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiramente: "Paz a esta casa"»

Leituras

Actos 13,46-49.


Naqueles dias, Paulo e Barnabé disseram aos judeus: «Era primeiramente a vós que a palavra de Deus devia ser anunciada. Visto que a repelis e vós próprios vos julgais indignos da vida eterna, voltamo-nos para os pagãos,
pois assim nos ordenou o Senhor: Estabeleci-te como luz dos povos, para levares a salvação até aos confins da Terra.»
Ao ouvirem isto, os pagãos encheram-se de alegria e glorificavam a palavra do Senhor; e todos os que estavam destinados à vida eterna abraçaram a fé.
Assim, a palavra do Senhor divulgava-se por toda aquela região.


Salmos 117(116),1.2.


Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho.

Louvai o Senhor, todas as nações!
Exaltai-O, todos os povos!

Porque o Seu amor para connosco não tem limites,
e a fidelidade do Senhor é eterna!



Lucas 10,1-9.


Naquele tempo,  o Senhor designou setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois, à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir.
Disse-lhes: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe.
Ide! Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos.
Não leveis bolsa, nem alforge, nem sandálias; e não vos detenhais a saudar ninguém pelo caminho.
Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa!'
E, se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós.
Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que lá houver, pois o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa.
Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos for servido,
curai os doentes que nela houver e dizei-lhes: 'O Reino de Deus já está próximo de vós.'


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Encíclica «Slavorum apostoli», §§12,14-15 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)

«Em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiramente: "Paz a esta casa"»

A característica que desejo realçar, de maneira especial, no comportamento
seguido pelos apóstolos dos eslavos, Cirilo e Metódio, é o seu modo
pacífico de edificar a Igreja, inspirados pela sua concepção da Igreja una,
santa e universal. [...] No seu tempo, as divergências entre Constantinopla
e Roma já haviam começado a delinear-se como pretextos de desunião, muito
embora se estivesse ainda longe da deplorável cisão entre as duas partes da
mesma cristandade. [...]Não parece, pois, nada anacrónico ver nos santos
Cirilo e Metódio os autênticos precursores do ecumenismo, pelo facto de
terem querido eficazmente eliminar ou diminuir todas as divisões
verdadeiras, ou até só aparentes, entre as diversas comunidades que fazem
parte da mesma Igreja. [...] A solicitude ardorosa demonstrada por ambos os
irmãos, especialmente por Metódio, em virtude da sua responsabilidade
episcopal, por conservar a unidade da fé e do amor entre as Igrejas das
quais faziam parte, isto é, a Igreja de Constantinopla e a Igreja romana,
de uma parte, e as Igrejas nascentes em terras eslavas, de outra, foi e
continuará a ser sempre o seu grande mérito. [...] Nesse período
tempestuoso, assinalado também por conflitos armados entre povos cristãos
confinantes, os santos irmãos de Salônica mantiveram uma fidelidade firme e
bem vigilante em relação à reta doutrina e à tradição da Igreja
perfeitamente unida. [...]Metódio, de modo especial, não hesitava em
enfrentar as incompreensões, os contrastes e até as difamações e
perseguições físicas, contanto que não faltasse à sua exemplar fidelidade
eclesial. [...] Por este motivo, permanecerá sempre um mestre para todos
aqueles que, em qualquer época, procuram atenuar as dissensões, respeitando
a plenitude multiforme da Igreja que, segundo a vontade de seu Fundador
Jesus Cristo, deve ser sempre una, santa, católica e apostólica.




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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 13 de Fevereiro de 2013
QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Santa Catarina de Ricci, religiosa, +1590,  Beato Jordão da Saxónia, presbítero, +1237



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Papa Bento XVI : «Em nome de Cristo suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus» (2Cor 5,20)

Leituras

Joel 2,12-18.


Diz agora o Senhor: «Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração com jejuns, com lágrimas, com gemidos.
Rasgai os vossos corações e não as vossas vestes, convertei-vos ao Senhor, vosso Deus, porque Ele é clemente e compassivo, paciente e rico em misericórdia.
Quem sabe? Talvez Ele mude de ideia e volte atrás, deixando, ao passar, alguma bênção, para oferenda e libação ao Senhor vosso Deus!
Tocai a trombeta em Sião, ordenai um jejum, proclamai uma reunião sagrada.
Reuni o povo, purificai a assembleia, juntai os anciãos, congregai os pequeninos e os meninos de peito. Saia o esposo dos seus aposentos e a esposa do seu tálamo nupcial.
Entre o pórtico e o altar chorem os sacerdotes, e digam os ministros do Senhor: «Tem piedade do teu povo, Senhor, não transformes em ignomínia a tua herança, para que ela não se torne o escárnio dos povos! Porque diriam: 'Onde está o seu Deus?'»
O Senhor encheu-se de zelo pelo seu país e teve compaixão do seu povo.


Salmos 51(50),3-4.5-6a.12-13.14.17.


Não desprezeis, Senhor, o nosso coração humilhado e contrito.

Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade;
pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava-me de toda a iniquidade;
purifica-me dos meus delitos

Porque eu reconheço os meus pecados
e tenho diante  de mim as minhas culpas.
Pequei contra Vós, só contra Vós,
e fiz o mal diante dos vossos olhos.

Não é do sacrifício que vos agradais
e, se eu oferecer um holocausto, não o aceitareis.
Sacrifício agradável a Deus é o espírito arrependido:
não desprezeis, Senhor, um espírito humilhado e contrito.

Dá-me de novo a alegria da tua salvação
e sustenta-me com um espírito generoso.
Abre, Senhor, os meus lábios,
para que a minha boca possa anunciar o teu louvor.







2 Cor. 5,20-21.6,1-2.


Irmãos: É em nome de Cristo, portanto, que exercemos as funções de embaixadores e é Deus quem, por nosso intermédio, vos exorta. Em nome de Cristo suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus.
Aquele que não havia conhecido o pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nos tornássemos, nele, justiça de Deus.
E como seus colaboradores, exortamo-vos a não receber em vão a graça de Deus.
Pois Ele diz: No tempo favorável, ouvi-te e, no dia da salvação, vim em teu auxílio. É este o tempo favorável, é este o dia da salvação.


Mateus 6,1-6.16-18.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está no Céu.
Quando, pois, deres esmola, não permitas que toquem trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa.
Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita,
a fim de que a tua esmola permaneça em segredo; e teu Pai, que vê o oculto, há-de premiar-te.»
«Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém, quando orares, entra no quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai, pois Ele, que vê o oculto, há-de recompensar-te.
«E, quando jejuardes, não mostreis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa.
Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto,
para que o teu jejum não seja conhecido dos homens, mas apenas do teu Pai que está presente no oculto; e o teu Pai, que vê no oculto, há-de recompensar-te.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Papa Bento XVI
Audiência geral de 17/02/2010 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)

«Em nome de Cristo suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus» (2Cor 5,20)

«Ouvi-te no tempo favorável e ajudei-te no dia da salvação» (2 Cor 6, 1-2).
Na realidade, na visão cristã da vida todos os momentos devem ser
considerados favoráveis e todos os dias devem ser dias de salvação; mas a
liturgia da Igreja refere estas palavras de um modo totalmente particular
no tempo da Quaresma. E podemos compreender que os quarenta dias de
preparação para a Páscoa são tempo favorável e de graça pelo apelo que o
austero rito da imposição das cinzas nos dirige [...]: «Convertei-vos e
acreditai no Evangelho!» [...]O apelo à conversão, de facto, ressalta e
denuncia a fácil superficialidade que caracteriza com muita frequência a
nossa vida. Converter-se significa mudar de direcção no caminho da vida:
não com um pequeno ajustamento, mas com uma verdadeira inversão de marcha.
Conversão é ir contra a corrente, onde a «corrente» é o estilo de vida
superficial, incoerente e ilusório, que muitas vezes nos arrasta, nos
domina e nos torna escravos do mal ou prisioneiros da mediocridade moral.
Com a conversão, ao contrário, tem-se como objectivo a medida alta da vida
cristã, confiamo-nos ao evangelho vivo e pessoal, que é Cristo Jesus. A Sua
pessoa é a meta final e o sentido profundo da conversão, Ele é o caminho
pelo qual todos são chamados a caminhar na vida, deixando-se iluminar pela
Sua luz e amparar pela Sua força, que move os nossos passos. Deste modo a
conversão manifesta o seu rosto mais maravilhoso e fascinante: não é uma
simples decisão moral, que rectifica o nosso modo de vida, mas é uma
escolha de fé, que nos envolve totalmente na comunhão íntima com a pessoa
viva e concreta de Jesus. [...] A conversão é o «sim» total de quem entrega
a própria existência ao evangelho, respondendo livremente a Cristo, que foi
o primeiro a oferecer-Se ao homem como caminho, verdade e vida (Jo 14,6),
como o único que liberta e salva. É precisamente este o sentido das
primeiras palavras com as quais, segundo o evangelista Marcos, Jesus abre a
pregação do «Evangelho de Deus»: «Completou-se o tempo e o reino de Deus
está perto: Arrependei-vos e acreditai na Boa Nova» (Mc 1,15).




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