quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 01 de Fevereiro de 2013
Sexta-feira da 3ª semana do Tempo Comum

Beata Ana Michelotti, religiosa fundadora, +1887,  Beata Maria Ana Vaillot, religiosa, mártir, +1794,  Beata Odília (Otília) Baumgarten, religiosa, mártir, +1794



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato John Henry Newman : As parábolas do Reino

Leituras

Heb. 10,32-39.


Irmãos: Recordai os primeiros dias nos quais, depois de terdes sido iluminados,
suportastes a grande luta dos sofrimentos, tanto sendo expostos publicamente a insultos e tribulações, como sendo solidários com os que assim eram tratados.
Tomastes parte nos sofrimentos dos encarcerados, aceitastes com alegria a confiscação dos vossos bens, sabendo que possuís bens melhores e mais duradouros.
Não percais, pois, a vossa confiança, à qual está reservada uma grande recompensa.
Na realidade, tendes necessidade de perseverança, para que, tendo cumprido a vontade de Deus, alcanceis a promessa.
Pois ainda um pouco, de facto, um pouco apenas, e o que há-de vir, virá e não tardará.
O meu justo viverá pela fé, mas, se ele voltar atrás, a minha alma não encontrará nele satisfação.
Nós, porém, não somos daqueles que voltam atrás para a perdição, mas homens de fé para a salvação da nossa alma.


Salmos 37(36),3-4.5-6.23-24.39-40.


A salvação dos justos vem do Senhor.

Confia no Senhor e faz o bem;
habitarás a terra e viverás tranquilo.
Procura no Senhor a tua felicidade,  
e Ele satisfará os desejos do teu coração.

Confia ao Senhor o teu destino,
confia n'Ele e Ele há-de ajudar-te.
Fará brilhar, a tua  luz, como a justiça,
e, como sol do meio dia, os teus direitos.

O Senhor consolida os passos do homem
e aprova os seus caminhos.
Se cair, não ficará por terra,
porque o Senhor o tomará pela mão.

A Salvação dos jusros vem do Senhor,
Ele é o seu refúgio no tempo da tribulação.
O Senhor os ajuda e defende,
porque n'Ele procuram refúgio.







Marcos 4,26-34.


Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra.
Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como.
A terra produz por si, primeiro o caule, depois a espiga e, finalmente, o trigo perfeito na espiga.
E, quando o fruto amadurece, logo ele lhe mete a foice, porque chegou o tempo da ceifa.»
Dizia também: «Com que havemos de comparar o Reino de Deus? Ou com qual parábola o representaremos?
É como um grão de mostarda que, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem;
mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do horto e estende tanto os ramos, que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra.»
Com muitas parábolas como estas, pregava-lhes a Palavra, conforme eram capazes de compreender.
Não lhes falava senão em parábolas; mas explicava tudo aos discípulos, em particular.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão «The Invisible World» PPS, vol. 4, n°13

As parábolas do Reino

Tal é o Reino escondido de Deus: do mesmo modo que está agora escondido,
assim será revelado no momento dado. Os homens pensam que são os donos do
mundo e que podem fazer o que querem. [...] Na verdade, aparentemente «tudo
permanece igual desde o início» e os trocistas perguntam: «Em que fica a
promessa da Sua vinda?» (2P 3,4) Mas, no tempo designado, haverá uma
«revelação dos filhos de Deus» e os santos escondidos «resplandecerão como
o sol no Reino de Seu Pai» (Rm 8,19; Mt 13,43).


Quando os anjos apareceram aos pastores, aconteceu de repente. [...] A
noite parecia ser igual a todas as outras noites, tal como a noite em que
Jacob teve a sua visão parecia igual a todas as outras noites (Gn 28,11ss).
Os pastores velavam os seus rebanhos e viam a noite passar, as estrelas
seguiam o seu curso, era meia-noite; não pensavam em tal coisa quando o
anjo lhes apareceu. Tais são o poder e a virtude escondidas no visível:
manifestam-se quando Deus quer. [...]


Quem poderia conceber, dois ou três meses antes da Primavera, que a face da
natureza, aparentemente morta, pudesse tornar-se tão esplêndida e variada?
[...] O mesmo acontece com essa Primavera eterna que todos os cristãos
esperam: ela virá, ainda que venha tarde. Esperemo-la, pois «O que há-de
vir, virá e não tardará» (Heb 10,37). É por isso que dizemos em cada dia:
«Venha a nós o Vosso reino», o que quer dizer: Senhor mostra-Te a nós;
mostra-Te, «Tu que estás sentado sobre os querubins. Resplandece; mostra a
Tua grandeza e vem em nosso auxílio» (cf Sl 80,2-3). A terra que vemos já
não nos satisfaz: não é senão um princípio, uma promessa do que há-de vir.
Mesmo no seu maior esplendor, coberta de todas as suas flores, quando
mostra da maneira mais sedutora o que mantém escondido, mesmo assim não nos
chega. Sabemos que há nela mais coisas do que as que vemos. [...] O que
vemos não é senão a camada exterior dum reino eterno. É nesse reino que
fixamos os olhos da nossa fé.




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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 31 de Janeiro de 2013
Quinta-feira da 3ª semana do Tempo Comum

S. João Bosco, presb., +1888



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beata Teresa de Calcutá : Ser a luz do mundo (cf. Mt 5,14)

Leituras

Heb. 10,19-25.


Temos, pois, irmãos, plena liberdade para a entrada no santuário por meio do sangue de Jesus.
Ele abriu para nós um caminho novo e vivo através do véu, isto é, da sua humanidade
e, tendo um Sumo Sacerdote à frente da casa de Deus,
aproximemo-nos dele com um coração sincero, com a plena segurança da fé, com os corações purificados da má consciência e o corpo lavado com água pura.
Conservemos firmemente a profissão da nossa esperança, pois aquele que fez a promessa é fiel.
Estejamos atentos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras,
sem abandonarmos a nossa assembleia – como é costume de alguns – mas animando-nos, tanto mais quanto mais próximo vedes o Dia.


Salmos 24(23),1-2.3-4ab.5-6.


Esta é a geração dos que procuram o Senhor.

Ao Senhor pertence a terra e o que nela existe,
o mundo inteiro e os que nele habitam.
pois Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre os abismos.

Quem poderá subir à montanha do Senhor
e apresentar-se no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração limpo,
o que não ergue o espírito para as coisas vãs.

Este há-de receber a bênção do Senhor
e a recompensa de Deus, seu salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
dos que buscam a face do Deus de Jacob.






Marcos 4,21-25.


Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «Põe-se, porventura, a candeia debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser colocada no candelabro?
Porque não há nada escondido que não venha a descobrir-se, nem há nada oculto que não venha à luz.
Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça.»
E prosseguiu: «Tomai sentido no que ouvis. Com a medida que empregardes para medir é que sereis medidos, e ainda vos será acrescentado.
Pois àquele que tem, será dado; e ao que não tem, mesmo aquilo que tem lhe será tirado.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«No Greater Love», p. 67

Ser a luz do mundo (cf. Mt 5,14)

Pode acontecer que eu seja incapaz de manter a minha atenção completamente
fixa em Deus enquanto trabalho — mas Deus não exige isso de mim. Contudo,
posso perfeitamente desejar e projectar fazer o meu trabalho com Jesus e
para Jesus. E isso é uma coisa muito bonita e é isso que Deus quer. Quer
que a nossa vontade e o nosso desejo se dirijam para Ele, para a nossa
família, os nossos filhos, os nossos irmãos e os pobres.


Cada um de nós continua a ser apenas um pequeno instrumento. Se observarmos
os componentes dum aparelho eléctrico, veremos um emaranhado de fios,
grandes e pequenos, novos e velhos, caros e baratos. Se a corrente não
passar por eles, não pode haver luz. Esses fios és tu e sou eu. A corrente
é Deus. Nós temos o poder de deixar passar a corrente através de nós, de
deixar que ela nos utilize, de deixar que ela produza a luz do mundo — ou
de nos recusarmos a ser utilizados, deixando que as trevas alastrem.




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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 30 de Janeiro de 2013
Quarta-feira da 3ª semana do Tempo Comum

Santa Jacinta Mariscotti, v., +1640,  Santa Batilde, viúva, +680



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Bernardo : «O Semeador semeia a Palavra»

Leituras

Heb. 10,11-18.


Todo o sacerdote da antiga aliança se apresenta diariamente para oferecer o culto, oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca poderão perdoar os pecados.
Cristo, porém, depois de oferecer pelos pecados um único sacrifício, sentou-se para sempre à direita de Deus,
esperando, por último, que os seus inimigos sejam postos como estrado dos seus pés.
De facto, com uma só oferta, Ele tornou perfeitos para sempre os que são santificados.
É o que o Espírito Santo também nos atesta. De facto, depois disse:
Esta é a aliança que estabelecerei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: 'Porei as minhas leis nos seus corações e gravá-las-ei nas suas mentes;
e não mais me recordarei dos seus pecados nem das suas iniquidades.'
Ora, onde há perdão dos pecados, já não há necessidade de oferenda pelos pecados.


Salmos 110(109),1.2.3.4.


Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec.

Disse o Senhor ao meu senhor:
«Senta-te à minha direita,
e Eu farei dos teus inimigos um estrado para os teus pés.»

De Sião, o Senhor estenderá
o ceptro do teu poder.
Dominarás os teus inimigos na batalha!
A tua família é de nobres, desde o dia em que nasceste;
no esplendor do santuário,
das entranhas da madrugada, como orvalho, Eu te gerei.

O Senhor jurou e não voltará atrás:
«Tu és sacerdote para sempre,
segundo a ordem de Melquisedec.»


Marcos 4,1-20.


Naquele tempo, Jesus começou a ensinar de novo começou à beira-mar. Uma enorme multidão veio agrupar-se junto dele e, por isso, teve de subir para um barco e sentar-Se nele, no mar, ficando a multidão em terra, junto ao mar.
Ensinava-lhes muitas coisas em parábolas e dizia nos seus ensinamentos:
«Escutai: o semeador saiu a semear.
Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho e vieram as aves e comeram-na.
Outra caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra e logo brotou, por não ter profundidade de terra;
mas, quando o sol se ergueu, foi queimada e, por não ter raiz, secou.
Outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram, sufocaram-na, e não deu fruto.
Outra caiu em terra boa e, crescendo e vicejando, deu fruto e produziu a trinta, a sessenta e a cem por um.»
E dizia: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça.»
Ao ficar só, os que o rodeavam, juntamente com os Doze, perguntaram-lhe o sentido da parábola.
Respondeu: «A vós é dado conhecer o mistério do Reino de Deus; mas, aos que estão de fora, tudo se lhes propõe em parábolas,
para que ao olhar, olhem e não vejam, ao ouvir, oiçam e não compreendam, não vão eles converter-se e ser perdoados.»
E acrescentou: «Não compreendeis esta parábola? Como compreendereis então todas as outras parábolas?
O semeador semeia a palavra.
Os que estão ao longo do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; e, mal a ouvem, chega Satanás e tira a palavra semeada neles.
Do mesmo modo, os que recebem a semente em terreno pedregoso, são aqueles que, ao ouvirem a palavra, logo a recebem com alegria,
mas não têm raiz em si próprios, são inconstantes e, quando surge a tribulação ou a perseguição por causa da palavra, logo desfalecem.
Outros há que recebem a semente entre espinhos; esses ouvem a palavra,
mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e as restantes ambições entram neles e sufocam a palavra, que fica infrutífera.
Aqueles que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra, a recebem, dão fruto e produzem a trinta, a sessenta e a cem por um.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
Sermão para a Natividade de Maria «O Aqueduto», §§13, 18

«O Semeador semeia a Palavra»

Irmãos, devemos esforçar-nos para que a Palavra saída da boca do Pai e
vinda até nós por intermédio da Virgem Maria não regresse vazia (cf Is
55,11), mas para Lhe devolvermos graça por graça através desta mesma
Virgem. Tragamos pois sem cessar ao nosso espírito a lembrança do Pai
durante todo o tempo em que estivermos reduzidos a suspirar pela Sua
presença. Façamos regressar à sua fonte os fluxos da graça, para que eles
voltem mais abundantes. [...]


Tendes o Senhor no espírito; então não vos caleis, não fiqueis em silêncio
a Seu respeito. Aqueles que já vivem na Sua presença não têm necessidade
desta advertência [...]; mas os que vivem ainda na fé devem ser exortados a
não responder a Deus pelo silêncio. Porque «o Senhor fala, Ele tem
promessas de paz para o Seu povo», para os Seus amigos, que já não voltarão
ao desvario (Sl 84,9). Ele ouve aqueles que O ouvem; Ele falará aos que Lhe
falam. Mas ficará em silêncio se ficais em silêncio, se não O glorificais.
«Pus guardas que não se calarão nem de dia nem de noite. Vós, os que
recordais o Senhor, não repouseis e não O deixeis descansar até que Ele
restabeleça Jerusalém e dela faça a glória da terra» (Is 62,6-7). Porque o
louvor de Jerusalém é doce e belo. [...]


Mas, seja qual for a oferenda que apresentais a Deus, lembrai-vos de a
confiar a Maria, para que a graça suba à sua fonte pelo mesmo canal que
no-la trouxe. [...] Cuidai em oferecer a Deus o pouco que tendes para Lhe
dar pelas mãos de Maria, essas mãos puríssimas e dignas de receber o melhor
acolhimento.




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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 29 de Janeiro de 2013
Terça-feira da 3ª semana do Tempo Comum

S. Constâncio, b., m., + 178,  São José Freinademetz, presb., +1908



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Ireneu de Lyon : Nossa Senhora do Sim: Aquela que faz a vontade de Deus

Leituras

Heb. 10,1-10.


Irmãos: A Lei de Moisés contém apenas a sombra dos bens futuros e não a expressão das realidades. Por isso nunca pode conduzir à perfeição aqueles que participam nos sacrifícios que se oferecem constantemente cada ano.
Não se teria porventura deixado de os oferecer, se os que prestam culto, purificados de uma vez por todas, já não tivessem consciência de algum pecado?
Pelo contrário, com esses sacrifícios, recordam-se anualmente os pecados,
uma vez que é impossível que o sangue dos touros e dos bodes apague os pecados.
Por isso, ao entrar no mundo, Cristo diz: Tu não quiseste sacrifício nem oferenda, mas preparaste-me um corpo.
Não te agradaram holocaustos nem sacrifícios pelos pecados.
Então, Eu disse: Eis que venho – como está escrito no livro a meu respeito – para fazer, ó Deus, a tua vontade.
Disse primeiro: Não quiseste nem te agradaram sacrifícios, oferendas e holocaustos pelos pecados – e, no entanto, eram oferecidos segundo a Lei.
Disse em seguida: Eis que venho para fazer a tua vontade. Suprime, assim, o primeiro culto, para instaurar o segundo.
E foi por essa vontade que nós fomos santificados, pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre.


Salmos 40(39),2.4ab.7-8a.10.11.


Eu venho, Senhor, para fazer a tua vontade.

Invoquei o Senhor com toda a confiança;
Ele inclinou se para mim e ouviu o meu clamor.
Ele pôs nos meus lábios um cântico novo,
um hino de louvor ao nosso Deus.

Não quiseste sacrifícios nem oblações,
mas abriste-me os ouvidos para escutar;
não pediste holocaustos nem vítimas.
Então eu disse: «Aqui estou!»

«Proclamei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhopr, bem o sabeis.
Não escondi a justiça no fundo do coração,
proclamei a vossa bondade e fidelidade.»






Marcos 3,31-35.


Naquele tempo, chegaram a casa onde estava Jesus, sua mãe e seus irmãos que, ficando do lado de fora, O mandaram chamar.
A multidão estava sentada em volta dele, quando lhe disseram: «Estão lá fora a tua mãe e os teus irmãos que te procuram.»
Ele respondeu: «Quem são minha mãe e meus irmãos?»
E, percorrendo com o olhar os que estavam sentados à volta dele, disse: «Aí estão minha mãe e meus irmãos.
Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir
Contra as heresias III, 21,9-22,1; cf SC 211

Nossa Senhora do Sim: Aquela que faz a vontade de Deus

Deus havia prometido que da linhagem de David sairia o Rei eterno que
reuniria todas as coisas em Si mesmo (Sl 131,11; Ef 1,10). Portanto, Deus
retomou a obra que tinha projectado inicialmente (Gn 2,7). [...] E, tal
como Adão, o primeiro homem modelado, recebeu a sua substância de uma terra
virgem e imaculada [...] e foi moldado pela mão de Deus, isto é, a Palavra
de Deus «por quem todas as coisas foram feitas» (Jb 10,8; Jo 1,3) [...], do
mesmo modo foi de Maria ainda virgem que nasceu o Verbo, que é esta
recuperação de Adão. [...] Por que foi que Deus não o tirou de novo do
barro? Por que fez sair de Maria a obra que modelou? Foi para que a obra
assim modelada não fosse diferente da primeira, mas a mesma, que não fosse
outra a que é salva, mas a mesma, que a mesma fosse retomada, respeitando a
semelhança.


Portanto, enganam-se os que dizem que Cristo nada recebeu da Virgem. Estes
querem rejeitar a herança da carne, mas rejeitam também a semelhança [...];
já não se poderia dizer que Cristo era semelhante ao homem feito à imagem e
à semelhança de Deus (Gn 1,27). Era o mesmo que afirmar que Cristo Se
manifestou apenas na aparência, aparentando ser um homem, ou que Se tornou
um homem sem nada assumir do homem. Se Ele não recebeu de um ser humano a
substância da Sua carne, não Se fez homem nem Filho do homem; e se não Se
fez aquilo que nós éramos, pouca importância têm as Suas dores e o Seu
sofrimento. [...] O Verbo de Deus fez-Se verdadeiramente homem, recuperando
em Si mesmo a obra que Ele tinha modelado. [...] O apóstolo Paulo afirma
claramente na carta aos Gálatas: «Deus enviou o Seu Filho, nascido de uma
mulher» (4,4).




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domingo, 27 de janeiro de 2013

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 28 de Janeiro de 2013
Segunda-feira da 3ª semana do Tempo Comum

S. Tomás de Aquino, presb., Doutor da Igreja, +1274



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato João Paulo II : O pecado contra o Espírito Santo

Leituras

Heb. 9,15.24-28.


Por isso, Ele é o mediador de uma nova aliança, um novo testamento; para que, intervindo a morte para a remissão das transgressões cometidas sob a primeira aliança, os chamados recebam a herança eterna prometida.
Na realidade, Cristo não entrou num santuário feito por mão humana, figura do verdadeiro santuário, mas entrou no próprio céu, para se apresentar agora diante de Deus em nosso favor.
E nem entrou para se oferecer a si mesmo muitas vezes, tal como o Sumo Sacerdote, que entra cada ano no santuário com sangue alheio;
nesse caso, deveria ter sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo. Agora, porém, na plenitude dos tempos, apareceu uma só vez para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
E, assim como está determinado que os homens morram uma só vez e depois tenha lugar o julgamento,
assim também Cristo, que se ofereceu uma só vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá uma segunda vez, não já por causa do pecado, mas para dar a salvação àqueles que o esperam.


Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.5-6.


Todos os confins da terra viram a salvação do nosso Deus.  

Cantai ao Senhor um cântico novo,  
pelas maravilhas que Ele operou
A sua mão e o seu santo braço  
Lhe deram a vitória.


Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai a Deus, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Cantai ao senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a Vitória.


Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.

Cantai ao senhor ao som da cítara,
ao som da cítara e da lira;
ao som da tuba e da trombeta,
aclamai o Senhor, nosso rei.





Marcos 3,22-30.


Naquele tempo, os doutores da Lei, que tinham descido de Jerusalém, afirmavam: «Ele tem Belzebu!» E ainda: «É pelo chefe dos demónios que expulsa os demónios.»
Então, Jesus chamou-os e disse-lhes em parábolas: «Como pode Satanás expulsar Satanás?
Se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode perdurar;
e se uma família se dividir contra si mesma, essa família não pode subsistir.
Se, portanto, Satanás se levanta contra si próprio, está dividido e não poderá subsistir; é o seu fim.
Ninguém consegue entrar em casa de um homem forte e roubar-lhe os bens sem primeiro o amarrar; só depois poderá saquear-lhe a casa.
Em verdade vos digo: todos os pecados e todas as blasfémias que proferirem os filhos dos homens, tudo lhes será perdoado;
mas, quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca mais terá perdão: é réu de pecado eterno.»
Disse-lhes isto porque eles afirmavam: «Tem um espírito maligno.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Encíclica «Dominum et vivificantem», § 46 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev.)

O pecado contra o Espírito Santo

Por que razão é a blasfémia contra o Espírito Santo imperdoável? Em que
sentido devemos entender esta blasfémia? São Tomás de Aquino responde que
se trata de um pecado «imperdoável por sua própria natureza, porque exclui
aqueles elementos graças aos quais é concedida a remissão dos pecados». De
acordo com esta exegese, a blasfémia não consiste propriamente em ofender o
Espírito Santo com palavras; consiste antes na recusa de aceitar a salvação
que Deus oferece ao homem, mediante o mesmo Espírito Santo, que age em
virtude do sacrifício da Cruz. Se o homem rejeita deixar-se «convencer
quanto ao pecado», convicção que provém do Espírito Santo (Jo 16,8) e tem
carácter salvífico, rejeita simultaneamente a «vinda» do Consolador (Jo
16,7), aquela «vinda» que se efectuou no mistério da Páscoa, em união com o
poder redentor do Sangue de Cristo: o Sangue que «purifica a consciência
das obras mortas» (Heb 9,14).Sabemos que o fruto desta purificação é a
remissão dos pecados. Por conseguinte, quem rejeita o Espírito e o Sangue
(1Jo 5,8) permanece nas «obras mortas», no pecado. E a blasfémia contra o
Espírito Santo consiste exactamente na recusa radical de aceitar esta
remissão, de que Ele é o dispensador íntimo e que pressupõe a conversão
verdadeira, por Ele operada na consciência. Se Jesus diz que o pecado
contra o Espírito Santo não pode ser perdoado nem nesta vida nem na futura,
é porque esta «não-remissão» está ligada, como à sua causa, à
«não-penitência», isto é, à recusa radical a converter-se. [...] A
blasfémia contra o Espírito Santo é o pecado cometido pelo homem, que
reivindica o seu pretenso «direito» de perseverar no mal — seja ele qual
for — e recusa por isso mesmo a redenção. O homem fica fechado no pecado,
tornando impossível da sua parte a própria conversão e também,
consequentemente, a remissão dos pecados, que considera não essencial ou
não importante para a sua vida. É uma situação de ruína espiritual, porque
a blasfémia contra o Espírito Santo não permite ao homem sair da prisão em
que ele próprio se fechou.




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sábado, 26 de janeiro de 2013

Profecia do Dia

Domingo, dia 27 de Janeiro de 2013
3º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Santa Ângela Mérici, v., fundadora, +1540,  Santo Henrique Ossó e Cervelló, presb., fundador, +1896



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Ambrósio : «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir»

Leituras

Neemias 8,2-4a.5-6.8-10.


Naqueles dias, o sacerdote Esdras apresentou o Livro da Lei diante da assembleia de homens e mulheres e de todos quantos eram capazes de a compreender. Foi no primeiro dia do sétimo mês.
Esdras leu o livro, desde a manhã até à tarde, na praça que fica diante da porta das Águas, e todo o povo escutava com atenção a leitura do livro da Lei.
O escriba Esdras subiu para um estrado de madeira, mandado levantar para a ocasião. A seu lado encontravam-se à direita, Matatias, Chema, Anaías, Urias, Hilquias e Massaías; à esquerda, Pedaías, Michael, Malquias, Hachum, Hasbadana, Zacarias e Mechulam.
Esdras abriu o livro à vista de todo o povo, pois achava-se num lugar elevado acima da multidão. Quando o escriba abriu o livro, todo o povo se levantou.
Então, Esdras bendisse o Senhor, o grande Deus, e todo o povo respondeu, levantando as mãos: «Ámen! Ámen!» Depois, inclinaram-se e prostraram-se diante do Senhor, com a face por terra.
E liam, clara e distintamente, o livro da Lei de Deus e explicavam o seu sentido, de modo que se pudesse compreender a leitura.
O governador Neemias, Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que instruíam o povo disseram a toda a multidão: «Este é um dia consagrado ao Senhor, vosso Deus; não vos entristeçais nem choreis.» Pois todo o povo chorava ao ouvir as palavras da Lei.
Então, Neemias disse-lhes: «Ide para as vossas casas, fazei um bom jantar, bebei vinho doce e reparti com aqueles que nada têm preparado; este é um dia grande, consagrado a Deus; não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é que é a vossa força.»


Salmos 19(18),8.9.10.15.


As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida.

A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta o espírito;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria ao homem simples.

Os mandamentos do Senhor são rectos,  
alegram o coração;
os preceitos do Senhor são claros,
iluminam os olhos.
O temor do Senhor é puro
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.

Aceita, com bondade, as palavras da minha boca
e estejam na tua presença
os murmúrios do meu coração,
ó Senhor, meu refúgio e meu libertador.


1 Cor. 12,12-30.


Irmãos: Assim como o corpo é um só e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, apesar de serem muitos, constituem um só corpo, assim também Cristo.
De facto, num só Espírito, fomos todos baptizados para formar um só corpo, judeus e gregos, escravos ou livres, e todos bebemos de um só Espírito.
O corpo não é composto de um só membro, mas de muitos.
Se o pé dissesse: «Uma vez que não sou mão, não faço parte do corpo», nem por isso deixaria de pertencer ao corpo.
E se o ouvido dissesse: «Uma vez que não sou olho, não faço parte do corpo», nem por isso deixaria de pertencer ao corpo.
Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo ele fosse ouvido, onde estaria o olfacto?
Deus, porém, dispôs os membros no corpo, cada um conforme lhe pareceu melhor.
Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?
Há, pois, muitos membros, mas um só corpo.
Não pode o olho dizer à mão: «Não tenho necessidade de ti», nem tão pouco a cabeça dizer aos pés: «Não tenho necessidade de vós.»
Pelo contrário, quanto mais fracos parecem ser os membros do corpo, tanto mais são necessários,
e aqueles que parecem ser os menos honrosos do corpo, a esses rodeamos de maior honra, e aqueles que são menos decentes, nós os tratamos com mais decoro;
os que são decentes, não têm necessidade disso. Mas Deus dispôs o corpo, de modo a dar maior honra ao que dela carecia,
para não haver divisão no corpo e os membros terem a mesma solicitude uns para com os outros.
Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros; se um membro é honrado, todos os membros participam da sua alegria.
Vós sois o corpo de Cristo e cada um, pela sua parte, é um membro.
E aqueles que Deus estabeleceu na Igreja são, em primeiro lugar, apóstolos; em segundo, profetas; em terceiro, mestres; em seguida, há o dom dos milagres, depois o das curas, o das obras de assistência, o de governo e o das diversas línguas.
Porventura são todos apóstolos? São todos profetas? São todos mestres? Fazem todos milagres?
Possuem todos o dom das curas? Todos falam línguas? Todos as interpretam?


Lucas 1,1-4.4,14-21.


Visto que muitos empreenderam compor uma narração dos factos que entre nós se consumaram,
como no-los transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares e se tornaram Servidores da Palavra ,
resolvi eu também, depois de tudo ter investigado cuidadosamente desde a origem, expô-los a ti por escrito e pela sua ordem, caríssimo Teófilo,
a fim de reconheceres a solidez da doutrina em que foste instruído.
Impelido pelo Espírito, Jesus voltou para a Galileia e a sua fama propagou-se por toda a região.
Ensinava nas sinagogas e todos o elogiavam.
Veio a Nazaré, onde tinha sido criado. Segundo o seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e levantou-se para ler.
Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías e, desenrolando-o, deparou com a passagem em que está escrito:
«O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos,
a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.»
Depois, enrolou o livro, entregou-o ao responsável e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele.
Começou, então, a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Ambrósio (c. 340-397), bispo de Milão, doutor da Igreja
Comentário do Salmo 1, 33

«Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir»

Bebe primeiro do Antigo Testamento, para beberes em seguida do Novo. Se não
beberes do primeiro, não poderás dessedentar-te do segundo. Bebe do
primeiro para aplacares a sede, do segundo para a saciares completamente.
[...] Bebe da taça do Antigo Testamento e da do Novo, porque ele é a vinha
(Jo 15,1), é o rochedo que fez jorrar a água (1Co 10,4), Ele é a fonte da
vida (Sl 35,10). Bebe Cristo, porque Ele é «um rio [...] [que] alegra a
cidade de Deus» (Sl 45,5), Ele é paz (Ef 2,14), e «hão-de correr do Seu
coração rios de água viva» (Jo 7,38). Bebe Cristo para te saciares do
sangue da tua redenção e do Verbo de Deus. O Antigo Testamento é a Sua
palavra, o Novo é-o também. Bebemos a Sagrada Escritura e comemo-la; então
o Verbo eterno, a Palavra de Deus, correrá nas veias do espírito e na vida
da alma: «Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca
de Deus» (Dt 8,3; Mt 4,4). Dessedenta-te portanto com este Verbo, mas pela
ordem que convém: bebe primeiro do Antigo Testamento e depois, sem tardar,
do Novo.


Ele mesmo o diz, como a insistir: «O povo que andava nas trevas viu uma
grande luz; habitavam numa terra de sombras, mas uma luz brilhou sobre
eles» (Is 9,1 LXX; Mt 4,16). Bebe então, sem mais demora, e uma grande luz
te iluminará: não será já a luz quotidiana do dia, do sol ou da lua, mas
essa outra luz que repudia a sombra da morte (Lc 1,79).




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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Profecia do Dia

Sabado, dia 26 de Janeiro de 2013
SS. Timóteo e Tito, bispos (memória obrigatória)

S. Tito, b., séc. I,  S. Timóteo, b., séc. I



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Catecismo da Igreja Católica : Timóteo e Tito, sucessores dos apóstolos

Leituras

Tito 1,1-5.


Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, em ordem à fé dos eleitos de Deus e ao conhecimento da verdade, que conduz à piedade,
na esperança da vida eterna, prometida desde os tempos antigos pelo Deus que não mente
e que, no devido tempo, manifestou a sua palavra, pela pregação que me foi confiada por mandato de Deus, nosso Salvador:
a Tito, meu verdadeiro filho, pela fé comum, a graça e a paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Salvador.
Deixei-te em Creta, para acabares de organizar o que ainda falta e para colocares presbíteros em cada cidade, de acordo com as minhas instruções.


Salmos 96(95),1-2a.2b-3.7-8a.10.


Cantai ao Senhor um cântico novo,  
cantai ao Senhor, terra inteira!
Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.  
Anunciai dia a dia a sua salvação,

publicai entre as nações a sua glória,  
em todos os povos, as suas maravilhas.
Dai ao Senhor, famílias das nações,  
dai ao Senhor glória e poder,

dai ao Senhor a glória do seu nome.  
Alegrem-se os céus, exulte a tera,
ressoe o mar e tudo o que ele contém,
exultem os campos e quanto neles existe,
alegrem-se as árvores das florestas.



Lucas 10,1-9.


Naquele tempo,  o Senhor designou outros setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois, à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir.
Disse-lhes: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe.
Ide! Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos.
Não leveis bolsa, nem alforge, nem sandálias; e não vos detenhais a saudar ninguém pelo caminho.
Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: 'A paz esteja nesta casa!'
E, se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós.
Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que lá houver, pois o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa.
Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos for servido,
curai os doentes que nela houver e dizei-lhes: 'O Reino de Deus já está próximo de vós.'


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Catecismo da Igreja Católica
§§ 863-865

Timóteo e Tito, sucessores dos apóstolos

Toda a Igreja é apostólica, na medida em que, através dos sucessores de
Pedro e dos apóstolos, permanece em comunhão de fé e de vida com a sua
origem. Toda a Igreja é apostólica, na medida em que é «enviada» a todo o
mundo. Todos os membros da Igreja, embora de modos diversos, participam
deste envio. «A vocação cristã é também, por natureza, vocação para o
apostolado». E chamamos «apostolado» a «toda a actividade do Corpo Místico»
tendente a «alargar o Reino de Cristo à terra inteira» (Vaticano II).«Sendo
Cristo, enviado do Pai, a fonte e a origem de todo o apostolado da Igreja»,
é evidente que a fecundidade do apostolado, tanto dos ministros ordenados
como dos leigos, depende da sua união vital com Cristo. Segundo as
vocações, as exigências dos tempos e os vários dons do Espírito Santo, o
apostolado toma as formas mais diversas. Mas é sempre a caridade, haurida
principalmente na Eucaristia, «que é como que a alma de todo o apostolado»
(Vaticano II).A Igreja é una, santa, católica e apostólica na sua
identidade profunda e última, porque é nela que existe desde já, e será
consumado no fim dos tempos, «o Reino dos céus», «o Reino de Deus», que
veio até nós na Pessoa de Cristo e que cresce misteriosamente no coração
dos que n'Ele estão incorporados, até à sua plena manifestação
escatológica. Então, todos os homens por Ele resgatados e n' Ele tornados
«santos e imaculados na presença de Deus no amor» (Ef 1,4), serão reunidos
como o único povo de Deus, «a Esposa do Cordeiro», «a Cidade santa descida
do céu, de junto de Deus, trazendo em si a glória do mesmo Deus»; e «a
muralha da cidade assenta sobre doze alicerces, cada um dos quais tem o
nome de um dos Doze apóstolos do Cordeiro» (Ap 21,14).




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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 25 de Janeiro de 2013
Conversão de São Paulo, apóstolo, festa

Conversão de São Paulo



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Bernardo : «Senhor, que queres que eu faça?»

Leituras

Actos 22,3-16.


Naqueles dias, Paulo disse ao povo:«Sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas fui educado nesta cidade de Jerusalém, instruído aos pés de Gamaliel, em todo o rigor da Lei dos nossos pais e cheio de zelo pelas coisas de Deus, como todos vós sois agora.
Persegui de morte esta «Via», algemando e entregando à prisão homens e mulheres,
como o podem testemunhar o Sumo Sacerdote e todos os anciãos. Recebi até, da parte deles, cartas para os irmãos de Damasco, onde ia para prender os que lá se encontrassem e trazê-los agrilhoados a Jerusalém, a fim de serem castigados.
Ia a caminho, e já próximo de Damasco, quando, por volta do meio dia, uma intensa luz, vinda do Céu, me rodeou com a sua claridade.
Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: 'Saulo, Saulo, porque me persegues?'
Respondi: 'Quem és Tu, Senhor?' Ele disse-me, então: 'Eu sou Jesus de Nazaré, a quem tu persegues.'
Os meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz de quem me falava.
E prossegui: 'Que hei-de fazer, Senhor?' O Senhor respondeu-me: 'Ergue-te, vai a Damasco, e lá te dirão o que se determinou que fizesses.'
Mas, como eu não via, devido ao brilho daquela luz, fui levado pela mão dos meus companheiros e cheguei a Damasco.
Ora um certo Ananias, homem piedoso e cumpridor da Lei, muito respeitado por todos os judeus da cidade,
foi procurar-me e disse: 'Saulo, meu irmão, recupera a vista.' E, no mesmo instante, comecei a vê-lo.
Ele prosseguiu: 'O Deus dos nossos pais predestinou-te para conheceres a sua vontade, para veres o Justo e para ouvires as palavras da sua boca,
porque serás testemunha diante de todos os homens, acerca do que viste e ouviste.
E agora, porque esperas? Levanta-te, recebe o baptismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o seu nome.'


Salmos 117(116),1.2.


Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho.

Louvai o Senhor, todas as nações!
Exaltai-O, todos os povos!

Porque o seu amor para connosco não tem limites,
e a fidelidade do Senhor é eterna!



Marcos 16,15-18.


Naquele tempo, Jesus apareceu aos Onze e disse-lhes: «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura.
Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas, quem não acreditar será condenado.
Estes sinais acompanharão aqueles que acreditarem: em meu nome expulsarão demónios, falarão línguas novas,
apanharão serpentes com as mãos e, se beberem algum veneno mortal, não sofrerão nenhum mal; hão-de impor as mãos aos doentes e eles ficarão curados.»


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Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
1º Sermão para a festa da conversão de São Paulo, 1,6

«Senhor, que queres que eu faça?»

É com razão, bem-amados irmãos, que a conversão do «mestre das nações» (1Tm
2,7) é uma festa que hoje todos os povos celebram com alegria. Com efeito,
inúmeros foram os rebentos que brotaram dessa raiz; uma vez convertido,
Paulo tornou-se instrumento da conversão do mundo inteiro. Outrora, quando
ainda vivia na carne, mas não segundo a carne (cf Rm 8,5s), converteu muita
gente a Deus através da sua pregação; ainda nos dias de hoje, em que vive
junto de Deus uma vida mais feliz, não cessa de trabalhar para a conversão
dos homens pelo seu exemplo, a sua oração e a sua doutrina. [...]


Esta festa é uma grande fonte de benefícios para os que a celebram. [...]
Como desesperar, seja qual for a enormidade das nossas faltas, quando
ouvimos que «Saulo, entretanto, respirando sempre ameaças e mortes contra
os discípulos do Senhor» se transformou subitamente em «instrumento de
eleição»? (cf Act 9,1.15). Quem poderá dizer, sob o peso do seu pecado:
«Não posso erguer-me para levar uma vida melhor» quando, na mesma estrada
por onde o conduzia o seu coração sedento de ódio, o perseguidor
encarniçado se tornou subitamente um pregador fiel? Esta conversão
mostra-nos, num único e magnífico dia, a misericórdia de Deus e o poder da
Sua graça. [...]


Eis, portanto, meus irmãos, um modelo perfeito de conversão: O meu coração
está firme, ó Deus, o meu coração está firme [...] que queres que eu faça?»
(Sl 57,8; cf Act 9,6). Palavra breve mas tão cheia, viva, eficaz e digna de
ser atendida! Quão poucas pessoas estão nessa disposição de obediência
perfeita, que tenham renunciado à sua vontade ao ponto de o seu próprio
coração já não lhes pertencer! E quão poucas pessoas procuram a cada
instante, não o que desejam, mas o que Deus quer e Lhe dizem sem cessar:
«Senhor, que queres que eu faça?»




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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 24 de Janeiro de 2013
Quinta-feira da 2ª semana do Tempo Comum

S. Francisco de Sales, b., Doutor da Igreja, +1622



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato João XXIII : «Seguiu-O uma imensa multidão vinda da Galileia. E da Judeia,  de Jerusalém, da Idumeia, de além-Jordão [...], uma grande multidão veio ter com Ele»

Leituras

Heb. 7,25-28.8,1-6.


Irmãos: Jesus pode salvar de um modo definitivo, os que por meio dele se aproximam de Deus, pois Ele está vivo para sempre, a fim de interceder por eles.
Tal é, com efeito, o Sumo Sacerdote que nos convinha: santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e elevado acima dos céus,
que não tem necessidade, como os outros sacerdotes, de oferecer vítimas todos os dias, primeiro pelos seus próprios pecados e depois pelos do povo, porque Ele o fez uma vez por todas, oferecendo-se a si mesmo.
A Lei, com efeito, constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à debilidade; mas a palavra do juramento, posterior à Lei, constitui o Filho perfeito para sempre.
O ponto principal do que estamos a dizer é que temos um Sumo Sacerdote que se sentou nos céus à direita do trono da Majestade,
como ministro do santuário e da verdadeira tenda, construída pelo Senhor e não pelo homem.
Todo o Sumo Sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; daí a necessidade de também ele ter algo para oferecer.
Se Cristo estivesse na terra, nem sequer seria sacerdote, pois já existem aqueles que oferecem os dons segundo a Lei.
Esses prestam um culto que é uma imagem e uma sombra das realidades celestes, como foi revelado a Moisés quando estava para construir a tenda. Foi-lhe dito: Presta atenção, faz tudo segundo o modelo que te foi mostrado no monte.
Mas, de facto, ele obteve um ministério tanto mais elevado, quanto maior é a aliança de que é mediador, a qual foi estabelecida sobre melhores promessas.


Salmos 40(39),7-8a.8b-9.10.17.


Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade.

Não quiseste sacrifícios nem oblações,
mas abriste-me os ouvidos para escutar;
não pediste holocaustos nem vítimas.
Então eu disse: «Aqui estou!»

«No Livro da Lei está escrito
aquilo que devo fazer.  
Esse é o meu desejo, ó meu Deus;
a tua lei está dentro do meu coração.»
Proclamei a tua fidelidade e a tua salvação.
Não ocultei à grande assembleia
a tua bondade e a tua verdade.

Mas alegrem-se e exultem em ti
todos os que te procuram.
Digam sem cessar
os que desejam a tua salvação: «O Senhor é grande!»



Marcos 3,7-12.


Naquele tempo, Jesus retirou-se para o mar com os discípulos. Seguiu-o uma imensa multidão vinda da Galileia. E da Judeia,
de Jerusalém, da Idumeia, de além-Jordão e das cercanias de Tiro e de Sídon, uma grande multidão veio ter com Ele, ao ouvir dizer o que Ele fazia.
E disse aos discípulos que lhe aprontassem um barco, a fim de não ser molestado pela multidão,
pois tinha curado muita gente e, por isso, os que sofriam de enfermidades caíam sobre Ele para lhe tocarem.
Os espíritos malignos, ao vê-lo, prostravam-se diante dele e gritavam: «Tu és o Filho de Deus!»
Ele, porém, proibia-lhes severamente que o dessem a conhecer.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beato João XXIII (1881-1963), papa
Diário da Alma 29/11/1940 (Paulus Editora)

«Seguiu-O uma imensa multidão vinda da Galileia. E da Judeia,  de Jerusalém, da Idumeia, de além-Jordão [...], uma grande multidão veio ter com Ele»

«Senhor, abre os meus lábios e a minha boca anunciará o Teu louvor» (Sl
50,17). [...] Se pensarmos que estas palavras se repetem sempre em Matinas,
em nome da Igreja, que ora por si própria e por todo o mundo, e pelos
milhares e centenas de milhares de bocas que se abrem ao toque da graça que
invocamos, então o panorama amplia-se e, ao iluminar-se, completa-se. A
Igreja apresenta-se, não como um monumento histórico do passado, mas como
uma instituição viva. A Santa Igreja não é como um edifício que se constrói
ao fim de um ano. É uma cidade vastíssima, que terminará por ocupar o
universo inteiro: «O seu monte santo, belo em altura, alegria de toda a
terra, o monte Sião, vértice do céu, cidade do grande rei» (Sl 48,3).


A construção começou há vinte séculos, mas continua e estende-se por todas
as terras, até que o nome de Cristo seja adorado por toda a parte. E, à
medida que continua, as novas gentes dão saltos de júbilo perante o
anúncio: «E deram uma grande alegria a todos os irmãos» (Act 15,3). Também
é belíssimo o pensamento final [...], edificante para todo o sacerdote que
reza o breviário: convém que cada um esteja atento a construir essa Santa
Igreja.


Quem, pela pregação, se dedica a obra tão bela, diga ao Senhor como anúncio
do Seu evangelho: «Senhor, abre os meus lábios e a minha boca anunciará o
Teu louvor.» Quem não é missionário suspire também por cooperar no grande
esforço do apostolado e, quando recita os salmos sozinho na sua cela, siga
ao Senhor: «Senhor, abre os meus lábios»; porque mesmo aí, por comunicação
da caridade, deve considerar sua todas as línguas que nesse momento estejam
a anunciar o evangelho, que é o louvor divino supremo.




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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Profecia do Dia

Quarta-feira, dia 23 de Janeiro de 2013
Quarta-feira da 2ª semana do Tempo Comum

S. João Esmoler, b., +616,  Santo Ildefonso, b., +667



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Hilário : Tudo é recriado por Cristo todos os dias, visto que o Pai tudo opera pelo Filho

Leituras

Heb. 7,1-3.15-17.


Irmãos: Melquisedec, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, foi ao encontro de Abraão quando ele voltava da derrota infligida aos reis e abençoou-o;
Abraão concedeu-lhe o dízimo de todas as coisas; o seu nome significa, em primeiro lugar, rei de justiça, e depois, «rei de Salém», que quer dizer «rei de paz».
Sem pai, sem mãe, sem genealogia, sem princípio de dias nem fim de vida, assemelha-se ao Filho de Deus e permanece sacerdote para sempre.
E isto é ainda mais evidente, quando aparece outro sacerdote à semelhança de Melquisedec,
instituído, não segundo o mandamento de uma lei humana, mas segundo o poder de uma vida indestrutível.
Na verdade, dele se testemunha: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec.


Salmos 110(109),1.2.3.4.


Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec.

Disse o Senhor ao meu senhor:
«Senta-te à minha direita,
e Eu farei dos teus inimigos um estrado para os teus pés.»

De Sião, o Senhor estenderá
o ceptro do teu poder.
Dominarás os teus inimigos na batalha!
A tua família é de nobres, desde o dia em que nasceste;
no esplendor do santuário,
das entranhas da madrugada, como orvalho, Eu te gerei.

O Senhor jurou e não voltará atrás:
«Tu és sacerdote para sempre,
segundo a ordem de Melquisedec.»


Marcos 3,1-6.


Jesus entrou novamente na sinagoga onde estava um homem que tinha uma das mãos paralisada.
Ora eles observavam-no, para ver se iria curá-lo ao sábado, a fim de o poderem acusar.
Jesus disse ao homem da mão paralisada: «Levanta-te e vem para o meio.»
E a eles perguntou: «É permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar uma vida ou matá-la?» Eles ficaram calados.
Então, olhando-os com indignação e magoado com a dureza dos seus corações, disse ao homem: «Estende a mão.» Estendeu-a, e a mão ficou curada.
Assim que saíram, os fariseus reuniram-se com os partidários de Herodes para deliberar como haviam de matar Jesus.


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Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Hilário (c. 315-367), bispo de Poitiers, doutor da Igreja
Tratado sobre o Salmo 91, 3

Tudo é recriado por Cristo todos os dias, visto que o Pai tudo opera pelo Filho

Em dia de sábado era imposto a todos, sem excepção, que não fizessem nenhum
trabalho e que mesmo o descanso fosse levado a cabo em perfeita
inactividade. Como pôde então o Senhor romper a norma do sábado? [...] Em
verdade, como são grandes as obras de Deus, que sustenta os céus, fornece
luz ao sol e a todos os astros, faz crescer as plantas da terra e conserva
a vida aos homens. [...] Sim, tudo o que existe na terra e debaixo do céu
fica a dever-se a Deus Pai; tudo vem de Deus e tudo existe pelo Filho. Com
efeito, Ele é a cabeça e o princípio de tudo; n'Ele tudo foi criado (Cl 1,
16-18). E foi da Sua plenitude que, por iniciativa do Seu eterno poder, Ele
tudo criou em seguida.


Ora, se Cristo opera em tudo, é necessariamente pela acção d'Aquele que
opera em Cristo. Por isso, diz Ele: «o Meu Pai trabalha a cada momento e eu
também» (Jo 5,17), porque tudo o que faz Cristo, Filho de Deus em Quem o
Pai mora, é obra do Pai. Assim, todos os dias tudo é recriado pelo Filho,
visto que o Pai tudo opera pelo Filho. Por conseguinte, é diária a acção de
Cristo e, segundo penso, as leis da Natureza, as formas dos corpos, o
desenvolvimento e o crescimento de tudo o que existe são manifestações
dessa mesma acção.




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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 22 de Janeiro de 2013
Terça-feira da 2ª semana do Tempo Comum

S. Vicente, diác., m., +304,  S. Vicente Pallotti, presb., fundador, +1850,  Beata Laura Vicunha, v., +1904



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Papa Bento XVI : «O Filho do Homem até do sábado é Senhor»: a libertação trazida por Cristo

Leituras

Heb. 6,10-20.


Irmãos: Deus não é injusto, para esquecer as vossas obras e o amor que mostrastes pelo seu nome, pondo-vos ao serviço dos santos e servindo-os ainda agora.
Desejamos, porém, que cada um de vós mostre o mesmo zelo para a plena realização da sua esperança até ao fim,
de modo que não vos torneis preguiçosos, mas imiteis aqueles que, pela fé e pela perseverança, se tornam herdeiros das promessas.
Quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha ninguém maior por quem jurar, jurou por si mesmo,
dizendo: Na verdade, Eu te abençoarei e multiplicarei a tua descendência.
E assim, Abraão, tendo esperado com paciência, alcançou a promessa.
Ora, os homens juram por alguém maior do que eles, e o juramento é para eles uma garantia que põe fim a toda a controvérsia.
Por isso, querendo Deus mostrar mais claramente aos herdeiros da promessa que a sua decisão era imutável, interveio com um juramento,
para que, graças a duas acções imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, encontrássemos grande estímulo, nós os que procurámos refúgio nele, agarrando-nos à esperança proposta.
Nessa esperança temos como que uma âncora segura e firme da alma, que penetra até ao interior do véu
onde Jesus entrou como nosso precursor, tornando-se Sumo Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec.


Salmos 111(110),1-2.4-5.9.10c.


O Senhor jamais esquecerá a sua aliança.

Louvarei o Senhor de todo o coração,
no conselho dos justos e na assembleia.
Grandes são as obras do Senhor,
dignas de meditação para quem as ama.

Instituiu um memorial das suas maravilhas:
o Senhor é misericordioso e compassivo.
Deu sustento àqueles que O temem
e jamais se esquecerá da sua aliança.

Enviou a redenção ao seu povo,
firmou com ele uma aliança eterna,
santo e venerável é o seu nome,
o louvor do Senhor permanece para sempre.





Marcos 2,23-28.


Ora num dia de sábado, indo Jesus através das searas, os discípulos puseram-se a colher espigas pelo caminho.
Os fariseus diziam-lhe: «Repara! Porque fazem eles ao sábado o que não é permitido?»
Ele disse: «Nunca lestes o que fez David, quando teve necessidade e sentiu fome, ele e os que estavam com ele?
Como entrou na casa de Deus, ao tempo do Sumo Sacerdote Abiatar, e comeu os pães da oferenda, que apenas aos sacerdotes era permitido comer, e também os deu aos que estavam com ele?»
E disse-lhes: «O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado.
O Filho do Homem até do sábado é Senhor.»


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Comentário ao Evangelho do dia feito por

Papa Bento XVI
Exortação apostólica «Sacramentum caritatis» §72 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana rev.)

«O Filho do Homem até do sábado é Senhor»: a libertação trazida por Cristo

Esta novidade radical que a Eucaristia introduz na vida do homem revelou-se
à consciência cristã desde o princípio; prontamente os fiéis compreenderam
a influência profunda que a celebração eucarística exercia sobre o seu
estilo de vida. Santo Inácio de Antioquia exprimia esta verdade designando
os cristãos como «aqueles que chegaram à nova esperança», e apresentava-os
como aqueles que vivem «segundo o domingo». Esta expressão do grande mártir
antioqueno põe claramente em evidência a ligação entre a realidade
eucarística e a vida cristã no seu dia-a-dia. O costume característico que
os cristãos têm de se reunir no primeiro dia depois do sábado para celebrar
a ressurreição de Cristo — conforme a narração do mártir São Justino — é
também o dado que define a forma da vida renovada pelo encontro com Cristo.
Mas a expressão de Santo Inácio — «viver segundo o domingo» — sublinha
também o valor paradigmático que este dia santo tem para os restantes dias
da semana. De facto, o domingo não se distingue com base na simples
suspensão das actividades habituais, como se fosse uma espécie de
parêntesis dentro do ritmo normal dos dias; os cristãos sempre sentiram
este dia como o primeiro da semana, porque nele se faz memória da novidade
radical trazida por Cristo. Por isso, o domingo é o dia em que o cristão
reencontra a forma eucarística própria da sua existência, segundo a qual é
chamado a viver constantemente; «viver segundo o domingo» significa viver
consciente da libertação trazida por Cristo e realizar a própria existência
como oferta de si mesmo a Deus, para que a Sua vitória se manifeste
plenamente a todos os homens através duma conduta intimamente renovada.




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domingo, 20 de janeiro de 2013

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 21 de Janeiro de 2013
Segunda-feira da 2ª semana do Tempo Comum

Santa Inês, v. m., +304



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Pedro Crisólogo : «O vinho novo das bodas do Filho»

Leituras

Heb. 5,1-10.


Todo o Sumo Sacerdote tomado de entre os homens é constituído em favor dos homens, nas coisas respeitantes a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados.
Pode compadecer-se dos ignorantes e dos que erram, pois também ele está cercado de fraqueza;
por isso, deve oferecer sacrifícios, tanto pelos seus pecados, como pelos do povo.
E ninguém tome esta honra para si mesmo, mas somente quem é chamado por Deus, tal como Aarão.
Assim também Cristo não se atribuiu a glória de se tornar Sumo Sacerdote, mas concedeu-lha aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, Eu hoje te gerei.
E, como diz noutro passo: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec.
Nos dias da sua vida terrena, apresentou orações e súplicas àquele que o podia salvar da morte, com grande clamor e lágrimas, e foi atendido por causa da sua piedade.
Apesar de ser Filho de Deus, aprendeu a obediência por aquilo que sofreu
e, tornado perfeito, tornou-se para todos os que lhe obedecem fonte de salvação eterna,
tendo sido proclamado por Deus Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedec.


Salmos 110(109),1.2.3.4.


Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec.

Disse o Senhor ao meu senhor:
«Senta-te à minha direita,
e Eu farei dos teus inimigos um estrado para os teus pés.»

De Sião, o Senhor estenderá
o ceptro do teu poder.
Dominarás os teus inimigos na batalha!
A tua família é de nobres, desde o dia em que nasceste;
no esplendor do santuário,
das entranhas da madrugada, como orvalho, Eu te gerei.

O Senhor jurou e não voltará atrás:
«Tu és sacerdote para sempre,
segundo a ordem de Melquisedec.»


Marcos 2,18-22.


Naquele tempo, os discípulos de João e os fariseus guardavam jejum. Vieram perguntar a Jesus: «Porque é que os discípulos de João e os dos fariseus guardam jejum, e os teus discípulos não jejuam?»
Jesus respondeu: «Poderão os convidados para a boda jejuar enquanto o esposo está com eles? Enquanto têm consigo o esposo, não podem jejuar.
Dias virão em que o esposo lhes será tirado; e então, nesses dias, hão-de jejuar.»
«Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha, pois o pano novo puxa o tecido velho e o rasgão fica maior.
E ninguém deita vinho novo em odres velhos; se o fizer, o vinho romperá os odres e perde-se o vinho, tal como os odres. Mas vinho novo, em odres novos.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão sobre Marcos 2; PL 52, 287

«O vinho novo das bodas do Filho»

«Porque é que nós jejuamos e os Teus discípulos não jejuam?» Porquê? Porque
para vós o jejum é uma questão de lei. Não é um dom espontâneo. Em si
mesmo, o jejum não tem valor; o que conta é o desejo daquele que jejua. Que
proveito pensais tirar do vosso jejum, se jejuais constrangidos e forçados
por uma lei? O jejum é um arado maravilhoso para lavrar o campo da
santidade. Mas os discípulos de Cristo foram enviados a trabalhar no campo
já maduro da santidade; eles comem o pão da colheita nova. Como poderiam
eles ser obrigados a praticar jejuns agora caducos? «Poderão os convidados
para a boda jejuar enquanto o Esposo está com eles?»


Aquele que se casa entrega-se inteiramente à alegria e toma parte do
banquete; mostra-se muito afável e alegre para com os convidados; faz tudo
o que lhe inspira o seu afecto pela esposa. Cristo celebra as Suas bodas
com a Igreja enquanto vive na terra. É por isso que aceita tomar parte nas
refeições para as quais é convidado. Cheio de benevolência e amor,
mostra-Se humano, acessível e amável. Não veio Ele para unir o homem a Deus
e fazer dos Seus companheiros membros da família de Deus?


Do mesmo modo, diz Jesus: «Ninguém deita remendo de pano novo em roupa
velha». Esse pano novo é o tecido do Evangelho, que está em vias de ser
entretecido com a lã do Cordeiro de Deus: uma veste real que o sangue da
Paixão irá em breve tingir de vermelho. Como aceitaria Cristo unir esse
pano novo com a vetustez do legalismo de Israel? [...] Assim como «ninguém
deita vinho novo em odres velhos; se o fizer, o vinho romperá os odres e
perde-se o vinho, tal como os odres. Mas vinho novo, em odres novos.» Esses
odres novos são os cristãos. O jejum de Cristo é que purificará esses odres
de toda a sujidade, para que fique intacto o sabor do vinho novo. O cristão
torna-se assim o odre novo, pronto a receber o vinho novo, o vinho das
bodas do Filho, pisado na prensa da cruz.




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sábado, 19 de janeiro de 2013

Profecia do Dia

Domingo, dia 20 de Janeiro de 2013
2º Domingo do Tempo Comum - Ano C

S. Sebastião, m., +288,  S. Fabião (ou Fabiano), p., m., +250



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Máximo de Turim : O vinho novo da verdadeira alegria

Leituras

Is. 62,1-5.


Por amor de Sião, não me calarei, por amor de Jerusalém, não descansarei, até que apareça a aurora da sua justiça, e a sua salvação brilhe como uma chama.
As nações verão a tua justiça, e todos os reis, a tua glória. Dar-te-ão um nome novo, designado pela boca do SENHOR.
Serás como uma coroa brilhante nas mãos do SENHOR, e um diadema real nas mãos do teu Deus.
Não serás mais chamada a «Desamparada», nem a tua terra será chamada a «Deserta»; antes, serás chamada: «Minha Dilecta», e a tua terra a «Desposada», porque o SENHOR elegeu-te como preferida, e a tua terra receberá um esposo.
Assim como um jovem se casa com uma jovem, também te desposa aquele que te reconstrói. Assim como a esposa é a alegria do seu marido, assim tu serás a alegria do teu Deus.


Salmos 96(95),1-2a.2b-3.7-8a.9-10ac.


Cantai ao Senhor um cântico novo,  
cantai ao Senhor, terra inteira!
Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.  

Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,  
em todos os povos, as suas maravilhas.

Dai ao Senhor, famílias das nações,  
dai ao Senhor glória e poder,
dai ao Senhor a glória do seu nome.  

Adorai o Senhor com vestes sagradas.
Trema diante d'Ele a terra inteira!
Proclamai entre os povos:«O Senhor é rei»,
governa os povos com equidade.





1 Cor. 12,4-11.


Irmãos: Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo;
há diversidade de serviços, mas o Senhor é o mesmo;
há diversos modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos.
A cada um é dada a manifestação do Espírito, para proveito comum.
A um é dada, pela acção do Espírito, uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, segundo o mesmo Espírito;
a outro, a fé, no mesmo Espírito; a outro, o dom das curas, no único Espírito;
a outro, o poder de fazer milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas.
Tudo isto, porém, o realiza o único e o mesmo Espírito, distribuindo a cada um, conforme lhe apraz.


João 2,1-11.


Naquele tempo, realizou-se um casamento em Caná da Galileia e a mãe de Jesus estava lá.
Jesus e os seus discípulos também foram convidados para a boda.
Como viesse a faltar o vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: «Não têm vinho!»
Jesus respondeu-lhe: «Mulher, que tem isso a ver contigo e comigo? Ainda não chegou a minha hora.»
Sua mãe disse aos serventes: «Fazei o que Ele vos disser!»
Ora, havia ali seis vasilhas de pedra preparadas para os ritos de purificação dos judeus, com capacidade de duas ou três medidas cada uma.
Disse-lhes Jesus: «Enchei as vasilhas de água.»
Eles encheram-nas até cima. Então ordenou-lhes: «Tirai agora e levai ao chefe de mesa.»
E eles assim fizeram. O chefe de mesa provou a água transformada em vinho, sem saber de onde era se bem que o soubessem os serventes que tinham tirado a água; chamou o noivo
e disse-lhe: «Toda a gente serve primeiro o vinho melhor e, depois de terem bebido bem, é que serve o pior. Tu, porém, guardaste o melhor vinho até agora!»
Assim, em Caná da Galileia, Jesus realizou o primeiro dos seus sinais miraculosos, com o qual manifestou a sua glória, e os discípulos creram nele.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo
Homilia 23; PL 57, 274

O vinho novo da verdadeira alegria

Está escrito que o Senhor foi a umas bodas para onde tinha sido convidado.
O Filho de Deus foi a estas bodas para santificar com a Sua presença o
casamento que já tinha instituído. Foi a umas bodas da Antiga Lei para
escolher, no povo pagão, uma esposa que permanecesse sempre virgem. Aquele
que não nasceu de um casamento humano foi às bodas, e não foi para
participar num alegre banquete, mas para Se revelar por meio de um prodígio
verdadeiramente admirável; não foi beber vinho, mas dar vinho. Porque,
quando faltou vinho aos convidados, a bem-aventurada Virgem Maria
disse-Lhe: «Não têm vinho!» Jesus, aparentemente contrariado,
respondeu-lhe: «Mulher, que tem isso a ver contigo e comigo?» [...] Ao
responder: «Ainda não chegou a Minha hora», referia-Se certamente à hora
gloriosa da Sua Paixão, onde o vinho foi derramado para vida e salvação de
todos. Maria pedia-Lhe um favor temporal, enquanto Cristo preparava uma
alegria eterna.Mas o Senhor é tão bom, que não hesita em conceder pequenas
coisas enquanto não chegam as grandes. A bem-aventurada Virgem Maria, sendo
verdadeiramente Mãe do Senhor, via em pensamento o que ia passar-se e
conhecia antecipadamente a vontade do Senhor. Foi por isso que teve o
cuidado de dizer aos servidores: «Fazei o que Ele vos disser!» A Santa Mãe
sabia certamente que a palavra de censura que o Filho lhe tinha dirigido
não ocultava o ressentimento de um homem irritado, mas continha um mistério
de compaixão. [...] E eis que subitamente aquelas águas começaram a receber
força, a tomar cor, a difundir um bom odor, a adquirir gosto, e a sua
natureza a mudar por completo. E esta transformação das águas noutra
substância manifestou a presença do Criador, porque ninguém é capaz de
transformar a água noutra coisa, senão Aquele que a criou do nada.




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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Profecia do Dia

Sabado, dia 19 de Janeiro de 2013
Sábado da 1a semana do Tempo Comum

S. Canuto, rei, m., +1086,  Santos Mário, Marta e filhos, mm., +270



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Pedro Crisólogo : «Ele come com cobradores de impostos e pecadores!»

Leituras

Heb. 4,12-16.


Irmãos: A palavra de Deus é viva, eficaz e mais afiada que uma espada de dois gumes; ela penetra até à divisão da alma e do corpo, das articulações e das medulas, e discerne os sentimentos e intenções do coração.
Não há nenhuma criatura oculta diante dele, mas todas as coisas estão a nu e a descoberto aos olhos daquele a quem devemos prestar contas.
Uma vez que temos um grande Sumo Sacerdote que atravessou os céus, Jesus, o Filho de Deus, conservemos firme a fé que professamos.
De facto, não temos um Sumo Sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, pois Ele foi provado em tudo como nós, excepto no pecado.
Aproximemo-nos, então, com grande confiança, do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e encontrar graça para uma ajuda oportuna.


Salmos 19(18),8.9.10.15.


As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida.

A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta o espírito;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria ao homem simples.

Os mandamentos do Senhor são rectos,  
alegram o coração;
os preceitos do Senhor são claros,
iluminam os olhos.
O temor do Senhor é puro
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.

Aceita, com bondade, as palavras da minha boca
e estejam na tua presença
os murmúrios do meu coração,
ó Senhor, meu refúgio e meu libertador.


Marcos 2,13-17.


Naquele tempo, Jesus saiu de novo para a beira-mar. Toda a multidão ia ao seu encontro, e Ele ensinava-os.
Ao passar, viu Levi, filho de Alfeu, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-me.» E, levantando-se, ele seguiu Jesus.
Depois, quando se encontrava à mesa em casa dele, muitos cobradores de impostos e pecadores também se puseram à mesma mesa com Jesus e os seus discípulos, pois eram muitos os que o seguiam.
Mas os doutores da Lei do partido dos fariseus, vendo-o comer com pecadores e cobradores de impostos, disseram aos discípulos: «Porque é que Ele come com cobradores de impostos e pecadores?»
Jesus ouviu isto e respondeu: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.»


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Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 30; PL 52, 285

«Ele come com cobradores de impostos e pecadores!»

«Porque é que o vosso Mestre come com cobradores de impostos e pecadores?»
Deus é acusado de se debruçar sobre o homem, de se sentar perto do pecador,
de ter fome da sua conversão e sede do seu regresso, de aceitar comer os
alimentos da misericórdia e beber a taça da bondade. Mas Cristo, meus
irmãos, veio para esta refeição: a Vida veio para junto destes convivas
para fazer com que aqueles que iam morrer vivessem com Ele, da mesma vida
que Ele. A Ressurreição sentou-se a esta mesa para que aqueles que jaziam
na morte se levantassem do túmulo; a Graça curvou-se para levar os
pecadores até ao perdão; Deus veio até ao homem para que o homem chegasse
até Deus; o juiz veio até à refeição dos culpados para subtrair a
humanidade à sentença da condenação; o médico veio a casa dos doentes para
lhes restabelecer as forças esgotadas, comendo com eles; o Bom Pastor
curvou-Se para levar a ovelha perdida para o redil da salvação (Lc
15,3ss.). [...]


«Porque é que o vosso Mestre come com cobradores de impostos e pecadores?»
Mas quem é pecador senão aquele que recusa considerar-se pecador? Não será
mergulhar no pecado, isto é, identificar-se com o pecado, deixar de
reconhecer que se é pecador? E quem é injusto senão aquele que se considera
justo? [...] Vamos, fariseu, confessa o teu pecado e poderás vir à mesa de
Cristo. Por ti, Cristo far-Se-á pão, o pão que será partido para o perdão
dos teus pecados. Cristo tornar-Se-á para ti a taça, aquela taça que será
derramada para remissão dos teus pecados. Vamos, fariseu, partilha a
refeição dos pecadores para que possas tomar a tua refeição com Cristo.
Reconhece que és pecador e Cristo comerá contigo. Entra com os pecadores no
festim do teu Senhor e poderás deixar de ser pecador. Entra com o perdão de
Cristo na casa da misericórdia.




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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 18 de Janeiro de 2013
Sexta-feira da 1a semana do Tempo Comum

Santa Prisca ou Priscila, v. m., +séc. I(?),  Santa Margarida da Hungria, v., +1270



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Catecismo da Igreja Católica : «Filho, os teus pecados estão perdoados.»

Leituras

Heb. 4,1-5.11.


Irmãos: Temamos, pois, que, permanecendo a promessa de entrar no seu repouso, algum de vós seja considerado excluído.
Porque, a nós como a eles, foi anunciada a Boa-Nova; porém, a eles, a palavra escutada não valeu de nada, pois não permaneceram unidos na fé aos que a tinham escutado.
Quanto a nós, os que acreditámos, entraremos no descanso, como Ele disse: Tal como jurei na minha ira, não entrarão no meu repouso. No entanto, as suas obras estavam realizadas desde a fundação do mundo,
pois diz-se em qualquer parte, a propósito do sétimo dia: Deus repousou no sétimo dia, de todas as suas obras;
e ainda, neste passo: Não entrarão no meu repouso.
Apressemo-nos, então, a entrar nesse repouso para que ninguém caia no mesmo tipo de desobediência.


Salmos 78(77),3.4bc.6c-7.8.


Não esqueçais as obras de Deus.

O que ouvimos e aprendemos
os nossos antepassados nos transmitiram,
os louvores do Senhor e o seu poder
e as maravilhas que Ele realizou.

Ergam-se e transmitam a seus filhos
para que ponham em Deus a sua confiança
e nao esqueçam as obras do Senhor,
mas guardem os seus mandamentos

Para que não fossem como os seus pais,
uma geração rebelde e desobediente,
que não teve coração recto
nem espírito fiel a Deus.





Marcos 2,1-12.


Quando Jesus entrou de novo em Cafarnaúm e se soube que  estava em casa,
Juntou-se tanta gente que nem mesmo à volta da porta havia lugar, e anunciava-lhes a Palavra.
Vieram, então, trazer-lhe um paralítico, transportado por quatro homens.
Como não podiam aproximar-se por causa da multidão, descobriram o tecto no sítio onde Ele estava, fizeram uma abertura e desceram o catre em que jazia o paralítico.
Vendo Jesus a fé daqueles homens, disse ao paralítico: «Filho, os teus pecados estão perdoados.»
Ora estavam lá sentados alguns doutores da Lei que discorriam em seus corações:
«Porque fala este assim? Blasfema! Quem pode perdoar pecados senão Deus?»
Jesus percebeu logo, em seu íntimo, que eles assim discorriam; e disse-lhes: «Porque discorreis assim em vossos corações?
Que é mais fácil? Dizer ao paralítico: 'Os teus pecados estão perdoados', ou dizer: 'Levanta-te, pega no teu catre e anda'?
Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar os pecados,
Eu te ordeno disse ao paralítico: levanta-te, pega no teu catre e vai para tua casa.»
Ele levantou-se e, pegando logo no catre, saiu à vista de todos, de modo que todos se maravilhavam e glorificavam a Deus, dizendo: «Nunca vimos coisa assim!»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Catecismo da Igreja Católica
§§ 976-982

«Filho, os teus pecados estão perdoados.»

«Creio na remissão dos pecados»: O Símbolo dos Apóstolos liga a fé no
perdão dos pecados à fé no Espírito Santo, mas também à fé na Igreja e na
comunhão dos santos. Foi ao dar o Espírito Santo aos Apóstolos que Cristo
ressuscitado lhes transmitiu o Seu próprio poder divino de perdoar os
pecados: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados,
ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos»
(Jo 20, 22-23).«Um só Baptismo para a remissão dos pecados»: Nosso Senhor
ligou o perdão dos pecados à fé e ao Baptismo: «Ide por todo o mundo e
proclamai a Boa-Nova a todas as criaturas. Quem acreditar e for baptizado
será salvo» (Mc 16, 15-16). O Baptismo é o primeiro e principal sacramento
do perdão dos pecados, porque nos une a Cristo, que morreu pelos nossos
pecados e ressuscitou para a nossa justificação, a fim de que «também nós
vivamos numa vida nova» (Rm 6, 4). «No momento em que fazemos a nossa
primeira profissão de fé, ao receber o santo Baptismo que nos purifica, o
perdão que recebemos é tão pleno e total, que não fica absolutamente nada
por apagar, quer da falta original, quer das faltas cometidas de própria
vontade por acção ou omissão; nem qualquer pena a suportar para as expiar
[...]. Mas apesar disso, a graça do Baptismo não isenta ninguém de nenhuma
das enfermidades da natureza. Pelo contrário, resta-nos ainda combater os
movimentos da concupiscência, que não cessam de nos arrastar para o mal»
(Cat. Rom).Neste combate contra a inclinação para o mal, quem seria
suficientemente forte e vigilante para evitar todas as feridas do pecado?
«Portanto, se era necessário que a Igreja tivesse o poder de perdoar os
pecados, [...] era necessário que fosse capaz de perdoar as faltas a todos
os penitentes que tivessem pecado, até mesmo ao último dia da sua vida»
(Cat. Rom.). É pelo sacramento da Penitência que o baptizado pode ser
reconciliado com Deus e com a Igreja. [...]Não há nenhuma falta, por mais
grave que seja, que a santa Igreja não possa perdoar. «Nem há pessoa, por
muito má e culpável que seja, a quem não deva ser proposta a esperança
certa do perdão, desde que se arrependa verdadeiramente dos seus erros»
(Cat. Rom.). Cristo, que morreu por todos os homens, quer que na Sua Igreja
as portas do perdão estejam sempre abertas a todo aquele que se afastar do
pecado.




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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 17 de Janeiro de 2013
Quinta-feira da 1ª semana do Tempo Comum

Santo Antão, abade, +356



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato João Paulo II : «Jesus estendeu a mão e tocou-o»

Leituras

Heb. 3,7-14.


Irmãos: Como diz o Espírito Santo: 'Se hoje escutardes a voz do Senhor,
não endureçais os vossos corações, como no tempo da revolta, no dia da tentação no deserto,
quando os vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, depois de verem as minhas obras,
durante quarenta anos. Por isso me indignei contra esta geração e disse: 'Erram sempre no seu coração; não conheceram os meus caminhos.'
Assim, jurei na minha ira: 'Não entrarão no meu repouso.'
Tende cuidado, irmãos, que não haja em nenhum de vós um coração mau, a ponto de a incredulidade o afastar do Deus vivo.
Exortai-vos, antes, uns aos outros, cada dia, enquanto dura a proclamação do «hoje», a fim de que não se endureça nenhum de vós, enganado pelo pecado.
De facto, tornamo-nos companheiros de Cristo, desde que mantenhamos firme até ao fim a confiança inicial.


Salmos 95(94),6-7.8-9.10-11.


Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações.

Vinde, protremo-nos em terra,
adoremos o Senhor que nos criou.
Pois ele é o nosso Deus
e nós o seu povo, as ovelhas do seu rebanho.


Quem dera ouvísseis hoje a sua voz:
"Não endureçais os vossos corações,
como em Meriba, como no dia de Massá, no deserto,
quando os vossos pais me provocaram,
            apesar de terem visto as minhas obras.
Durante quarenta anos essa geração desgostou-Me,
e Eu disse: "É um povo de coração transviado,
            que não compreendeu os meus caminhos!"
Então jurei na minha ira:
'Não entrarão no lugar do meu repouso'."





Marcos 1,40-45.


Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso. Caiu de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes purificar-me.»
Compadecido, Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: «Quero, fica purificado.»
Imediatamente a lepra deixou-o, e ficou purificado.
E logo o despediu, dizendo-lhe em tom severo:
«Livra-te de falar disto a alguém; vai, antes, mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que foi estabelecido por Moisés, a fim de lhes servir de testemunho.»
Ele, porém, assim que se retirou, começou a proclamar e a divulgar o sucedido, a ponto de Jesus não poder entrar abertamente numa cidade; ficava fora, em lugares despovoados. E de todas as partes iam ter com Ele.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Homilia aos jovens

«Jesus estendeu a mão e tocou-o»

O gesto afectuoso de Jesus, que Se aproxima dos leprosos para os
reconfortar e curar, tem a sua expressão plena e misteriosa na Sua Paixão.
Torturado e desfigurado pelo suor de sangue, pela flagelação, pela coroação
de espinhos, pela crucifixão, abandonado por aqueles que esqueceram o bem
que Ele lhes tinha feito, na Sua Paixão Jesus identifica-Se com os
leprosos. Torna-se Sua imagem e símbolo, como o profeta Isaías intuíra ao
contemplar o mistério do Servo do Senhor: «Vimo-lo sem beleza nem
formosura, desprezado e evitado pelos homens, como homem [...] diante de
qual se tapa o rosto. [...] Nós o reputávamos como um leproso, ferido por
Deus e humilhado» (Is 53,2-4). Mas é precisamente das feridas do corpo
torturado de Jesus e do poder da Sua ressurreição que brotam a vida e a
esperança para todos os homens atingidos pelo mal e pela enfermidade.


A Igreja sempre foi fiel à sua missão de anunciar a palavra de Cristo,
unida a gestos concretos de misericórdia solidária para com os mais
humildes, para com os últimos. Ao longo dos séculos, tem havido um
crescendo de dedicação impressionante e extraordinária às pessoas afectadas
pelas doenças humanamente mais repugnantes. A história põe claramente em
evidência que os cristãos foram os primeiros a preocupar-se com o problema
dos leprosos. O exemplo de Cristo fez escola, e deu muitos frutos em actos
de solidariedade, de dedicação, de generosidade e de caridade
desinteressada.





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