quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 28 de Setembro de 2012
Sexta-feira da 25ª semana do Tempo Comum

S. Venceslau, rei da Boémia, mártir, +935,  S. Lourenço Ruiz e companheiros, mártires, ++1633-37



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Juliana de Norwich : «O Filho do Homem tem de sofrer muito [...], tem de ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar»

Leituras

Ecles. 3,1-11.


Para tudo há um momento e um tempo para cada coisa que se deseja debaixo do céu:
tempo para nascer e tempo para morrer, tempo para plantar e tempo para arrancar o que se plantou,
tempo para matar e tempo para curar, tempo para destruir e tempo para edificar,
tempo para chorar e tempo para rir, tempo para se lamentar e tempo para dançar,
tempo para atirar pedras e tempo para as ajuntar, tempo para abraçar e tempo para evitar o abraço,
tempo para procurar e tempo para perder, tempo para guardar e tempo para atirar fora,
tempo para rasgar e tempo para coser, tempo para calar e tempo para falar,
tempo para amar e tempo para odiar, tempo para guerra e tempo para paz.
Que proveito tira das suas fadigas aquele que trabalha?
Eu vi a tarefa que Deus impôs aos filhos dos homens para que dela se ocupem.
Todas as coisas que Deus fez, são boas a seu tempo. Até a eternidade colocou no coração deles, sem que nenhum ser humano possa compreender a obra divina do princípio ao fim.


Salmos 144(143),1a.2abc.3-4.


Bendito seja o Senhor, rochedo do meu refúgio.

Bendito seja o Senhor, meu refúgio;
meu amparo e fortaleza,
meu baluarte e meu libertador
meu escudo e o meu abrigo,

Senhor, que é o homem, para cuidares dele,
e o filho do homem, para nele pensares?
O homem é semelhante ao sopro da brisa;
os seus dias passam como uma sombra.  






Lucas 9,18-22.


Um dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos. Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?»
Responderam-lhe: «João Baptista; outros, Elias; outros, um dos antigos profetas ressuscitado.»
Disse-lhes Ele: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Pedro tomou a palavra e respondeu: «O Messias de Deus.»
Ele proibiu-lhes formalmente de o dizerem fosse a quem fosse;
e acrescentou: «O Filho do Homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos doutores da Lei, tem de ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Juliana de Norwich (1342-depois de 1416), mística inglesa
Revelações do amor divino, cap. 27

«O Filho do Homem tem de sofrer muito [...], tem de ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar»

Na minha ignorância, surpreendia-me que a profunda sabedoria de Deus não
tivesse impedido o início do pecado, porque se o tivesse feito, pensava eu,
tudo estaria bem. [...] Jesus respondeu-me: «O pecado é inelutável, mas
tudo acabará em bem, tudo acabará em bem, todas as coisas, quaisquer que
sejam, acabarão em bem».


Com esta pequena palavra «pecado», Nosso Senhor apresentou-me ao espírito
tudo o que não é bom: o desprezo ignóbil e as provações extremas que sofreu
por nós ao longo da Sua vida e na Sua morte; todos os sofrimentos e as
dores, corporais e espirituais, de todas as Suas criaturas. [...] Eu
contemplei todos os sofrimentos que existiram ou existirão, e compreendi
que a Paixão de Cristo era o maior, o mais doloroso de todos, e que a todos
ultrapassa. [...] Mas não vi o pecado. Sei, pela fé, que ele não tem
substância nem qualquer espécie de ser; só o poderemos reconhecer pelo
sofrimento que causa. Percebi que este sofrimento é temporário: ele
purifica-nos, leva-nos a conhecer-nos a nós mesmos e a gritar por
misericórdia. A Paixão de Nosso Senhor fortifica-nos contra o pecado e o
sofrimento: esta é a Sua santa vontade. No Seu terno amor por todos aqueles
que serão salvos, Nosso Senhor reconforta-os pronta e suavemente, como se
lhes dissesse: «É verdade que o pecado é a causa de todas estas dores, mas
tudo acabará em bem: todas as coisas, quaisquer que sejam, acabarão em
bem». Ele disse-me estas palavras com grande ternura, sem a mínima censura.
[...]


Nestas palavras vi um mistério profundo e maravilhoso, oculto em Deus. Ele
desvendará e far-nos-á conhecer esse mistério plenamente no céu. Quando o
conhecermos, entenderemos por que razão permitiu a vinda do pecado a este
mundo. E ao ver isto, regozijar-nos-emos por toda a eternidade.




Gerir directamente o seu abono (ou a sua subscrição) neste endereço : www.evangelhoquotidiano.org