sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Profecia do Dia

Sabado, dia 11 de Agosto de 2012
Sábado da 18ª semana do Tempo Comum

Santa Clara de Assis, virgem, fundadora, +1253



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cirilo de Jerusalém : «Aumenta a nossa fé» (Lc 17,5)

Leituras

Habacuc 1,12-17.2,1-4.


Não és Tu, Senhor, desde o princípio, o meu Deus e o meu santo? Nós não morreremos. Tu estabeleceste, Senhor, os caldeus para exercerem a justiça, como uma rocha, Tu os constituíste para castigar.
Os teus olhos são demasiado puros para ver o mal, não podes contemplar a opressão. Porque contemplas, em silêncio, os traidores, quando devoram os que são mais justos do que eles?
Tratas os homens como peixes do mar, como répteis que não têm dono.
Eles pescam-nos a todos no anzol, arrastam-nos com a sua rede, recolhem-nos em seu cesto e depois alegram-se e exultam.
Por isso, oferecem sacrifícios às suas artes de pesca, e incenso à sua rede, porque, graças a elas, recolhem gordas porções e suculentos manjares.
Continuarão eles a esvaziar a sua rede, massacrando povos sem piedade?
Vou ficar de pé no meu posto de guarda, vou colocar-me sobre a muralha, vou ficar à espreita para ver o que Ele me diz, que resposta dá à minha queixa.
Então o Senhor respondeu-me: «Escreve a visão, grava-a em tabuínhas, para que possa ser lida facilmente.
Porque é uma visão para um tempo fixado: ela aspira pelo seu termo e não falhará. Se tardar, espera por ela igualmente; que ela cumprir-se-á, com toda a certeza não falhará.
Eis que sucumbe o que não tem a alma recta, mas o justo viverá pela sua fidelidade.»


Salmos 9(9A),8-9.10-11.12-13.


Não abandonais, Senhor, aqueles que Vos procuram.

O Senhor é rei pelos séculos,
preparou o seu trono para o julgamento.
E assim julgará o mundo com justiça,
governará as nações com equidade.

O Senhor é o refúgio do oprimido;
a sua defesa, no tempo de angústia.
Os que conhecem o teu nome, Senhor, confiam em ti,
pois nunca abandonaste quem te procura.

Cantai ao Senhor, que habita em Sião;
anunciai as suas obras entre as nações.
Ele persegue os assassinos, lembra se deles,
não esquece o clamor dos infelizes.





Mateus 17,14-20.


Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um homem, ajoelhou-se a seus pés e
disse lhe: «Senhor, tem piedade do meu filho. Ele tem ataques e está muito mal. Cai frequentemente no fogo e muitas vezes na água.
Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo.»
Disse Jesus: «Geração descrente e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando vos hei-de suportar? Trazei-mo cá.»
Jesus falou severamente ao demónio, e este saiu do jovem que, a partir desse momento, ficou curado.
Então, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe em particular: «Porque é que nós não fomos capazes de expulsá-lo?»
Disse-lhes Ele: «Pela vossa pouca fé. Em verdade vos digo: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: 'Muda-te daqui para acolá', e ele há-de mudar-se; e nada vos será impossível.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém, doutor da Igreja
Catequese baptismal 5, 10-11

«Aumenta a nossa fé» (Lc 17,5)

A palavra «fé» tem um duplo significado. Há, na verdade, um aspecto da fé
que diz respeito aos dogmas e que consiste em concordar com uma dada
verdade. Este aspecto da fé é proveitoso para a alma, segundo a palavra do
Senhor: «Quem ouve a Minha palavra e crê n'Aquele que Me enviou tem a vida
eterna» (Jo 5,24). [...]


Mas há um segundo aspecto da fé: é a fé que nos foi dada por Cristo como
carisma, gratuitamente, como dom espiritual. «A um é dada, pela acção do
Espírito, uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência,
segundo o mesmo Espírito; a outro, a fé, no mesmo Espírito; a outro, o dom
das curas, no único Espírito» (1Co 12,8-9). Esta fé que nos é dada como
graça pelo Espírito Santo não é pois apenas uma fé dogmática, mas tem
também o poder de realizar coisas que ultrapassam as forças humanas. Quem
possui essa fé dirá «a este monte: "Tira-te daí e lança-te ao mar" [...],
assim acontecerá». Pois, quando alguém pronuncia esta palavra com fé «e não
vacilar em seu coração, mas acreditar que o que diz se vai realizar» (Mc
11,23), recebe a graça da sua realização. É desta fé que foi dito: se
tivésseis fé «como um grão de mostarda». Na verdade, o grão de mostarda é
muito pequeno, mas tem em si uma energia fogosa; semente minúscula,
desenvolve-se a ponto de estender os seus longos ramos e de até poder
abrigar as aves do céu (cf Mt 13,32). Do mesmo modo, a fé realiza numa alma
os maiores feitos, num piscar de olhos.


Quando está iluminada pela fé, a alma representa Deus diante de si e
contempla-O tanto quanto possível. Abarca os limites do universo e, antes
do fim dos tempos, já vê o julgamento e o cumprimento das promessas. Tu,
portanto, possui essa fé que depende de Deus e que te leva a Ele; então
receberás d'Ele essa fé que age para além das forças humanas.




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