quarta-feira, 11 de julho de 2012

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 12 de Julho de 2012
Quinta-feira da 14ª semana do Tempo Comum

S. João Gualberto, monge, +1073,  Beatos Luis e Zélia Martin, esposos e pais



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Boaventura : «Ide e proclamai que está próximo o reino dos céus»

Leituras

Oseias 11,1-4.8c-9.


Eis o que diz o Senhor: «Quando Israel era ainda menino, Eu amei-o, e chamei do Egipto o meu filho.
Mas, quanto mais os chamei, mais eles se afastaram; ofereceram sacrifícios aos ídolos de Baal e queimaram oferendas a estátuas.
Entretanto, Eu ensinava Efraim a andar, trazia-o nos meus braços, mas não reconheceram que era Eu quem cuidava deles.
Segurava-os com laços humanos, com laços de amor, fui para eles como os que levantam uma criancinha contra o seu rosto; inclinei-me para ele para lhe dar de comer.
Como poderia abandonar-te, ó Efraim? Entregar-te, ó Israel? Como poderia Eu abandonar-te, como a Adma, ou tratar-te como Seboim? O meu coração dá voltas dentro de mim, comovem-se as minhas entranhas.
Não desafogarei o furor da minha cólera, não voltarei a destruir Efraim; porque sou Deus e não um homem, sou o Santo no meio de ti, e não me deixo levar pela ira.


Salmos 80(79),2ac.3b.15-16.


Mostrai-nos, Senhor, o vosso rosto e seremos salvos
Ó pastor de Israel, escuta,
Tu que tens o teu trono sobre os querubins aparecei.
Desperta o teu poder
e vem salvar-nos!

Ó Deus do universo, volta, por favor,
olha lá do céu e vê: cuida desta vinha!
Trata da cepa que a tua mão direita plantou,
dos rebentos que fizeste crescer para Vós.






Mateus 10,7-15.


Naquele tempo, disse Jesus aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus .
Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça.
Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos;
nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; pois o trabalhador merece o seu sustento.
Em qualquer cidade ou aldeia onde entrardes, procurai saber se há nela alguém que seja digno, e permanecei em sua casa até partirdes.
Ao entrardes numa casa, saudai-a.
Se essa casa for digna, a vossa paz desça sobre ela; se não for digna, volte para vós.
Se alguém não vos receber nem escutar as vossas palavras, ao sair dessa casa ou dessa cidade, sacudi o pó dos vossos pés.
Em verdade vos digo: No dia do juízo, haverá menos rigor para a terra de Sodoma e de Gomorra do que para aquela cidade.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Boaventura (1221-1274), franciscano, doutor da Igreja
Vida de São Francisco, Legenda major, cap. 3

«Ide e proclamai que está próximo o reino dos céus»

[O jovem] Francisco assistia devotamente à Missa em honra dos apóstolos; o
Evangelho era aquele em que Jesus envia os Seus discípulos a pregar e lhes
ensina a maneira evangélica de viver: «Não possuais ouro, nem prata, nem
cobre em vossos cintos; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem
sandálias, nem cajado». Logo que compreendeu e interiorizou este texto,
ficou apaixonado por essa pobreza dos apóstolos e gritou, num transporte de
alegria: «É isto que eu quero! É isto que desejo com toda a minha alma!» E,
sem mais, tirou os sapatos, deixou cair o cajado, abandonou o alforje e o
dinheiro como objectos dignos de repúdio, ficou apenas com uma túnica, e
deitou fora o cinto, que substituiu por uma corda: pôs todo o seu empenho
em concretizar o que acabara de ouvir e quis conformar-se em tudo com esse
código de perfeição, dado aos apóstolos.


Um impulso comunicado por Deus levou-o, desde então, à conquista da
perfeição evangélica e a uma campanha de penitência. Quando ele falava
[...], as suas palavras eram totalmente impregnadas pela força do Espírito
Santo: penetravam até ao mais profundo dos corações e mergulhavam os
ouvintes em espanto. Toda a sua pregação era um anúncio de paz, e começava
cada um dos seus sermões por esta saudação ao povo: «Que o Senhor vos dê a
paz!» «Foi uma revelação do Senhor que me ensinou esta fórmula», declarou
mais tarde. [...]


Falava-se cada vez mais do homem de Deus, dos seus ensinamentos tão simples
e da sua vida, e alguns, com o seu exemplo, eram tocados por esse espírito
de penitência e logo se juntavam a ele e, deixando tudo e vestindo-se como
ele, começaram a partilhar a sua vida.




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