sábado, 3 de março de 2012

Profecia do Dia

Domingo, dia 04 de Março de 2012
2º Domingo da Quaresma - Ano B

Segundo Domingo da Quaresma (semana II do saltério)
S. Casimiro, príncipe da Polónia, penitente, +1484,  S. Lúcio I, papa, mártir, +254



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Anastácio do Sinai : «Discutiam uns com os outros o que seria 'ressuscitar de entre os mortos'»

Leituras

Gén. 22,1-2.9a.10-13.15-18.


Naqueles dias, Deus quis pôr à prova Abraão e chamou-o: «Abraão!» Ele respondeu: «Aqui estou.»
Deus disse: «Pega no teu filho, no teu único filho, a quem tanto amas, Isaac, e vai à região de Moriá, onde o oferecerás em holocausto, num dos montes que Eu te indicar.»
Chegados ao sítio que Deus indicara, Abraão construiu um altar, dispôs a lenha, atou Isaac, seu filho, e colocou-o sobre o altar, por cima da lenha.
Depois, estendendo a mão, agarrou no cutelo, para degolar o filho.
Mas o mensageiro do Senhor gritou-lhe do céu: «Abraão! Abraão!» Ele respondeu: «Aqui estou.»
O mensageiro disse: «Não levantes a tua mão sobre o menino e não lhe faças mal algum, porque sei agora que, na verdade, temes a Deus, visto não me teres recusado o teu único filho.»
Erguendo Abraão os olhos, viu então um carneiro preso pelos chifres a um silvado. Foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto, em substituição do seu filho. l
O mensageiro do Senhor chamou Abraão do céu, pela segunda vez,
e disse-lhe: «Juro por mim mesmo, declara o Senhor, que, por teres procedido dessa forma e por não me teres recusado o teu filho, o teu único filho,
abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar. Os teus descendentes apoderar-se-ão das cidades dos seus inimigos.
E todas as nações da Terra se sentirão abençoadas na tua descendência, porque obedeceste à minha voz.»


Salmos 116(115),10.15.16-17.18-19.


Eu tinha confiança, mesmo quando disse:
«A minha aflição é muito grande!»
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.  

Senhor, sou teu servo, filho da tua serva;
quebraste as minhas cadeias.
Hei-de oferecer-te sacrifícios de louvor,
invocando, Senhor, o teu nome.  

Cumprirei as minhas promessas feitas ao Senhor
na presença de todo o seu povo.
nos átrios da casa do Senhor,
no meio de ti, Jerusalém!



Romanos 8,31b-34.


Irmãos: Se Deus está por nós, quem pode estar contra nós?
Ele, que nem sequer poupou o seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não havia de nos oferecer tudo juntamente com Ele?
Quem irá acusar os eleitos de Deus? Deus é quem nos justifica!
Quem irá condená-los? Jesus Cristo, aquele que morreu, mais, que ressuscitou, que está à direita de Deus é quem intercede por nós.


Marcos 9,2-10.


Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e levou-os, só a eles, a um monte elevado. E transfigurou-se diante deles.
As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que lavadeira alguma da terra as poderia branquear assim.
Apareceu-lhes Elias, juntamente com Moisés, e ambos falavam com Ele.
Tomando a palavra, Pedro disse a Jesus: «Mestre, bom é estarmos aqui; façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias.»
Não sabia que dizer, pois estavam assombrados.
Formou-se, então, uma nuvem que os cobriu com a sua sombra, e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado. Escutai-o.»
De repente, olhando em redor, já não viram ninguém, a não ser só Jesus, com eles.
Ao descerem do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, senão depois de o Filho do Homem ter ressuscitado dos mortos.
Eles guardaram a recomendação, discutindo uns com os outros o que seria ressuscitar de entre os mortos.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Anastácio do Sinai (?-depois de 700), monge
Homilia para a festa da Transfiguração

«Discutiam uns com os outros o que seria 'ressuscitar de entre os mortos'»

No monte Tabor, Jesus mostrou aos Seus discípulos uma maravilhosa
manifestação divina, como que uma imagem pré-figurativa do Reino dos Céus.
Foi exactamente como se lhes dissesse: «Em verdade vos digo, alguns dos que
estão aqui presentes não hão-de experimentar a morte, antes de terem visto
chegar o Filho do Homem com o Seu Reino» (Mt 16,28). [...] São estas as
maravilhas divinas desta festa. [...] Porque é ao mesmo tempo a morte e a
festa de Cristo que nos une. A fim de penetrarmos nestes mistérios com os
discípulos escolhidos, escutemos a voz divina e santa que, como que do alto
[...], nos convoca com urgência: «Vinde, gritai para a montanha do Senhor
no dia do Senhor, para o lugar do Senhor e na casa do vosso Deus.» Escutai,
para que, iluminados por esta visão, transformados, transportados [...],
invoquem esta luz dizendo: «Que terrível é este lugar! Aqui é a casa de
Deus, aqui é a porta do céu» (Gn 28,17).


Por conseguinte, é para a montanha que temos de ir, como Jesus fez, Ele
que, lá como no céu, é o nosso guia e o nosso precursor. Com Ele
brilharemos aos olhares espirituais, seremos renovados e divinizados na
constituição da nossa alma; configurados à Sua imagem, seremos como Ele
transfigurados – divinizados para sempre e transportados para as alturas.
[...]


Apressemo-nos portanto na confiança e na alegria, e penetremos na nuvem,
como Moisés e Elias, como Tiago e João. Como Pedro, sejamos arrebatados por
esta contemplação e esta manifestação divinas, sejamos magnificamente
transformados, sejamos transportados para fora do mundo, elevados desta
terra. Deixa a carne, deixa a criação e volta-te para o Criador a Quem
Pedro dizia, deleitado, fora de si: «Mestre, é bom estarmos aqui.» Sim
Pedro, é verdadeiramente bom estarmos aqui com Jesus, e estarmos aqui para
sempre.




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