domingo, 29 de janeiro de 2012

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 30 de Janeiro de 2012
Segunda-feira da 4ª semana do Tempo Comum

Santa Jacinta Mariscotti, virgem, +1640,  Santa Batilde, viúva, +680



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato Charles de Foucauld : «Jesus voltou para o barco e o homem que fora possesso suplicou-Lhe que o deixasse andar com Ele. Não Lho permitiu»

Leituras

2 Sam. 15,13-14.30.16,5-13a.


Naqueles dias, foram dizer a David: «O coração dos israelitas inclinou-se para Absalão!»  
David disse aos servos que estavam com ele em Jerusalém: «Fujamos depressa porque, de outro modo, não podemos escapar a Absalão! Apressemo-nos a sair, não suceda que ele se apresse, nos surpreenda e se lance sobre nós, passando a cidade ao fio da espada.»
David, chorando, subia o monte das Oliveiras, com a cabeça coberta e descalço. Todo o povo que o acompanhava subia também, chorando, com a cabeça coberta.
Chegou, pois, o rei a Baurim, e saía de lá um homem da parentela de Saul, chamado Chimei, filho de Guera, que, enquanto caminhava, ia proferindo maldições.
Lançava pedras contra David e contra os servos do rei, apesar de todo o povo e todos os guerreiros seguirem o rei, agrupados à direita e à esquerda.
E Chimei amaldiçoava-o, dizendo: «Vai, vai embora, homem sanguinário e criminoso.
O Senhor fez cair sobre ti todo o sangue da casa de Saul, cujo trono usurpaste, e entregou o reino a teu filho Absalão. Vês-te, agora, oprimido de males, por teres sido um homem sanguinário.»
Então, Abisai, filho de Seruia, disse ao rei: «Porque há-de continuar este cão morto a insultar o rei, meu senhor? Deixa-me passar, para lhe cortar a cabeça.»
Mas o rei respondeu-lhe: «Que te importa, filho de Seruia? Deixa-o amaldiçoar-me. Se o Senhor lhe ordenou que amaldiçoasse David, quem poderá dizer-lhe: ‘Porque fazes isto?’»
David disse também a Abisai e aos seus homens: «Vede! Se o meu próprio filho, fruto das minhas entranhas, conspira contra a minha vida, quanto mais agora este filho de Benjamim? Deixai-o amaldiçoar-me, conforme a permissão do Senhor.
Talvez o Senhor tenha em conta a minha miséria e me venha a dar bens em troca destes ultrajes.»
David e os seus homens prosseguiram o seu caminho, mas Chimei seguia a par dele pelo flanco da montanha, amaldiçoando-o, atirando-lhe pedras e espalhando poeira no ar.


Salmos 3,2-3.4-5.6-7.


Senhor, são tantos os meus adversários!
São tantos os que se levantam contra mim!
Muitos dizem a meu respeito:
"Nem Deus o poderá salvar!"

Mas Tu, Senhor, és o meu escudo protector,
és a minha glória e quem me faz levantar a cabeça.
Em alta voz invoco o Senhor
e Ele responde-me da sua montanha santa.

Deito-me, adormeço e acordo,
porque o Senhor é o meu sustentáculo.
Não temo as grandes multidões
que de todos os lados me cercam.



Marcos 5,1-20.


Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos chegaram à outra margem do mar, à região dos gerasenos.
Logo que Jesus desceu do barco, veio ao seu encontro, saído dos túmulos, um homem possesso de um espírito maligno.
Tinha nos túmulos a sua morada, e ninguém conseguia prendê-lo, nem mesmo com uma corrente,
pois já fora preso muitas vezes com grilhões e correntes, e despedaçara os grilhões e quebrara as correntes; ninguém era capaz de o dominar.
Andava sempre, dia e noite, entre os túmulos e pelos montes, a gritar e a ferir-se com pedras.
Avistando Jesus ao longe, correu, prostrou-se diante dele
e disse em alta voz: «Que tens a ver comigo, ó Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te, por Deus, que não me atormentes!»
Efectivamente, Jesus dizia: «Sai desse homem, espírito maligno.»
Em seguida, perguntou-lhe: «Qual é o teu nome?» Respondeu: «O meu nome é Legião, porque somos muitos.»
E suplicava-lhe insistentemente que não o expulsasse daquela região.
Ora, ali próximo do monte, andava a pastar uma grande vara de porcos.
E os espíritos malignos suplicaram a Jesus: «Manda-nos para os porcos, para entrarmos neles.»
Jesus consentiu. Então, os espíritos malignos saíram do homem e entraram nos porcos, e a vara, cerca de uns dois mil, precipitou-se do alto no mar e ali se afogou.
Os guardas dos porcos fugiram e levaram a notícia à cidade e aos campos. As pessoas foram ver o que se passara.
Ao chegarem junto de Jesus, viram o possesso sentado, vestido e em perfeito juízo, ele que estivera possuído de uma legião; e ficaram cheias de temor.
As testemunhas do acontecimento narraram-lhes o que tinha sucedido ao possesso e o que se passara com os porcos.
Então, pediram a Jesus que se retirasse do seu território.
Jesus voltou para o barco e o homem que fora possesso suplicou-lhe que o deixasse andar com Ele.
Não lho permitiu. Disse-lhe antes: «Vai para tua casa, para junto dos teus, e conta-lhes tudo o que o Senhor fez por ti e como teve misericórdia de ti.»
Ele retirou-se, começou a apregoar na Decápole o que Jesus fizera por ele, e todos se maravilhavam.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Beato Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara
Meditações sobre os Evangelhos, n°194

«Jesus voltou para o barco e o homem que fora possesso suplicou-Lhe que o deixasse andar com Ele. Não Lho permitiu»

A verdadeira, a única perfeição, não é ter este ou aquele tipo de vida, é
fazer a vontade de Deus; é ter a vida que Deus quer, onde Ele quer, e
vivê-la como Ele próprio a viveria. Quando Ele nos permite escolher, então
sim, procuremos segui-l'O passo a passo o mais exactamente possível,
partilhar a Sua vida tal como ela foi, como os apóstolos o fizeram ao longo
da Sua vida e após a Sua morte: o amor leva-nos a imitá-l'O. Se Deus
permite esta escolha, esta liberdade, é precisamente porque quer que
abramos as nossas velas ao vento do amor puro e, empurrados por ele,
«corramos atrás do seu perfume» (Ct 1,4 LXX), em imitação perfeita, como
São Pedro e São Paulo. [...]


E se um dia Deus quiser tirar-nos, por algum tempo ou para sempre, deste
caminho tão belo e tão perfeito, não nos perturbemos nem nos surpreendamos.
Os Seus desígnios são insondáveis: poderá fazer por nós, a meio ou no fim
da caminho, o que fez ao geraseno no início. Obedeçamos, façamos a Sua
vontade [...], andemos por onde Ele quiser, levemos a vida que a Sua
vontade designar. Mas aproximemo-nos d'Ele com todas as nossas forças em
toda a parte, e vivamos todas as situações, todas as condições, como Ele
próprio as teria vivido, comportando-nos como Ele Se teria comportado se,
pela vontade do Pai, Se tivesse encontrado na situação em que nós nos
encontramos.




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