sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Sabado, dia 19 de Novembro de 2011
Sábado da 33a semana do Tempo Comum

Santa Matilde de Hackeborn, monja, +1298,  S. Roque Gonzales e comp., mártires, +1628



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Bem-aventurado João Paulo II : «Sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus»

Leituras

1 Mac. 6,1-13.


Naqueles dias, o rei Antíoco atravessava as províncias superiores, quando soube que, na Pérsia, em Elimaida, havia uma cidade famosa pelas suas riquezas em prata e ouro.
O seu templo, extraordinariamente rico, possuía armaduras de ouro, couraças e armas, deixadas ali por Alexandre, filho de Filipe, rei da Macedónia, o primeiro que reinou sobre a Grécia.
Dirigiu-se para esta cidade com o propósito de a tomar e saquear, mas não pôde, porque os habitantes estavam prevenidos.
Resistiram-lhe com as armas, e viu-se obrigado a fugir e a regressar à Babilónia com grande humilhação.
Na Pérsia, um mensageiro foi dizer-lhe que as tropas enviadas à Judeia tinham sido derrotadas,
e que Lísias, partindo com um poderoso exército, fora vencido pelos judeus, que aumentaram o seu poderio com as armas, as munições e os despojos, tomados ao exército desbaratado.
E que tinham destruído também a abominação edificada por ele sobre o altar, em Jerusalém, e tinham cercado o templo com altas muralhas como outrora, assim como a cidade de Bet-Sur.
Ouvindo estas notícias, o rei ficou irado e profundamente perturbado. Caiu de cama, doente de tristeza, ao ver que os acontecimentos não tinham correspondido aos seus desejos.
Passou assim muitos dias, porque a sua mágoa se renovava sem cessar, e julgou morrer.
Mandou, então, chamar todos os seus amigos e disse-lhes: «O sono fugiu dos meus olhos e o meu coração desfalece de preocupação.
E digo a mim mesmo: A que grande aflição fui reduzido e em que abismo de tristeza me encontro, eu, que antes vivia alegre e era amado quando era poderoso!
Mas agora lembro-me dos males que causei a Jerusalém, de todos os objectos de ouro e prata que roubei, e de todos os habitantes da Judeia que exterminei sem motivo.
Reconheço que foi por causa disto que me sobrevieram todos estes males, e, agora, morro de tristeza numa terra estrangeira.»


Salmos 9(9A),2-3.4.6.16b.19.


Quero louvar-te, Senhor, com todo o coração,
e narrar todas as tuas maravilhas.
Em Ti exultarei de alegria
e cantarei salmos ao teu nome, ó Altíssimo.

Os meus inimigos batem em retirada,
tropeçam e caem mortos diante de ti.
Ameaçaste os pagãos, exterminaste os ímpios,
apagaste o seu nome para sempre.

Os pagãos caíram no fosso que fizeram;  
os seus pés ficaram presos na rede que esconderam.
Mas o pobre não será esquecido eternamente,
nem para sempre se há-de perder a esperança dos infelizes.



Lucas 20,27-40.


Naqueles tempo, aproximaram-se  de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, e interrogaram-no:
«Mestre, Moisés prescreveu nos que, se morrer um homem deixando a mulher, mas não tendo filhos, seu irmão casará com a viúva, para dar descendência ao irmão.
Ora, havia sete irmãos: o primeiro casou-se e morreu sem filhos;
o segundo,
depois o terceiro, casaram com a viúva; e o mesmo sucedeu aos sete, que morreram sem deixar filhos.
Finalmente, morreu também a mulher.
Ora bem, na ressurreição, a qual deles pertencerá a mulher, uma vez que os sete a tiveram por esposa?»
Jesus respondeu-lhes: «Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se;
mas aqueles que forem julgados dignos da vida futura e da ressurreição dos mortos não se casam, sejam homens ou mulheres,
porque já não podem morrer: são semelhantes aos anjos e, sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus.
E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob.
Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; pois, para Ele, todos estão vivos.»
Tomando, então, a palavra, alguns doutores da Lei disseram: «Mestre, falaste bem.»
E já não se atreviam a interrogá lo sobre mais nada.


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Bem-aventurado João Paulo II
Audiência geral de 1/2/1982

«Sendo filhos da ressurreição, são filhos de Deus»

Enquanto sacramento nascido do mistério da Redenção e, em certo sentido,
renascido do amor nupcial de Cristo e da Igreja (cf Ef 5,22-23), o
matrimónio é uma expressão eficaz do poder salvífico de Deus, que realiza o
Seu eterno desígnio mesmo após o pecado e apesar da concupiscência oculta
no coração de cada ser humano, homem e mulher. [...] Como sacramento da
Igreja, o matrimónio é indissolúvel por natureza. Como sacramento da
Igreja, é também palavra do Espírito, que exorta o homem e a mulher a
modelarem toda a sua vida em comum aurindo a sua força do mistério da
«redenção do corpo». [...] A redenção do corpo significa [...] esta
esperança que, na dimensão do matrimónio, pode ser definida como esperança
do quotidiano, esperança do temporal [...].


A dignidade dos esposos [...] exprime-se na profunda consciência da
santidade da vida à qual ambos dão origem, participando ─ como
fundadores duma família ─ nas forças do mistério da criação. À luz
desta esperança, que está ligada ao mistério da redenção do corpo, esta
vida humana nova, o filho concebido e nascido da união conjugal do seu pai
e da sua mãe, abre-se às «primícias do Espírito» «para participar da
liberdade e da glória dos filhos de Deus». E se toda a criação, até ao dia
de hoje, geme com as dores do parto, uma esperança particular acompanha a
mulher nas dores do parto: a esperança da «revelação dos filhos de Deus»
(Rm 8,19-23), esperança da qual todo o recém-nascido, ao vir ao mundo,
transporta em si mesmo uma centelha. [...] É a isso que se referem as
palavras de Cristo, quando fala da ressurreição dos corpos [...]: «sendo
filhos da ressurreição, são filhos de Deus».




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