quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Profecia do Dia

Sexta-feira, dia 04 de Novembro de 2011
Sexta-feira da 31ª semana do Tempo Comum

S. Carlos Borromeu, bispo, +1584



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Josemaría Escrivá de Balaguer : Trabalhar com as própias mãos, para poder fazer o bem

Leituras

Romanos 15,14-21.


No que vos toca, meus irmãos, estou pessoalmente convencido de que vós próprios estais cheios de boa vontade, repletos de toda a espécie de conhecimento e com capacidade para vos aconselhardes uns aos outros.
Apesar disso, escrevi-vos, em parte, com um certo atrevimento, como alguém que vos reaviva a memória. Faço-o em virtude da graça que me foi dada:
ser para os gentios um ministro de Cristo Jesus, que administra o Evangelho de Deus como um sacerdote, a fim de que a oferenda dos gentios, santificada pelo Espírito Santo, lhe seja agradável.
É, pois, em Cristo Jesus que me posso gloriar de coisas que a Deus dizem respeito.
Eu não me atreveria a falar de coisas que Cristo não tivesse realizado por meu intermédio, em palavras e acções, a fim de levar os gentios à obediência,
pela força de sinais e prodígios, pela força do Espírito de Deus. Foi assim que, desde Jerusalém e, irradiando até à Ilíria, dei plenamente a conhecer o Evangelho de Cristo.
Mas, ao fazê-lo, tive a maior preocupação em não anunciar o Evangelho onde já era invocado o nome de Cristo, para não edificar sobre fundamento alheio.
Pelo contrário, fiz conforme está escrito: Aqueles a quem ele não fora anunciado é que hão-de ver e aqueles que dele não ouviram falar é que hão-de compreender. Participação nos planos do Apóstolo


Salmos 98(97),1.2-3ab.3cd-4.


Cantai ao Senhor um cântico novo,  
porque Ele fez maravilhas!  
A sua mão direita e o seu santo braço  
Lhe deram a vitória.

O Senhor anunciou a sua vitória,
revelou aos povos a sua justiça.
Lembrou-Se do seu amor e da sua fidelidade  
em favor da casa de Israel.  

Todos os confins da terra presenciaram  
o triunfo libertador do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, terra inteira,
exultai de alegria e cantai.



Lucas 16,1-8.


Naquele tempo, disse ainda Jesus aos discípulos: «Havia um homem rico, que tinha um administrador; e este foi acusado perante ele de lhe dissipar os bens.
Mandou-o chamar e disse-lhe: 'Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, porque já não podes continuar a administrar.'
O administrador disse, então, para consigo: 'Que farei, pois o meu senhor vai tirar-me a administração? Cavar não posso; de mendigar tenho vergonha.
Já sei o que hei de fazer, para que haja quem me receba em sua casa, quando for despedido da minha administração.'
E, chamando cada um dos devedores do seu senhor, perguntou ao primeiro: 'Quanto deves ao meu senhor?' Ele respondeu:
Cem talhas de azeite.' Retorquiu-lhe: 'Toma o teu recibo, senta-te depressa e escreve cinquenta.'
Perguntou, depois, ao outro: 'E tu quanto deves?' Este respondeu: 'Cem medidas de trigo.' Retorquiu-lhe também: 'Toma o teu recibo e escreve oitenta.'
O senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. É que os filhos deste mundo são mais sagazes que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Josemaría Escrivá de Balaguer (1902-1975), presbítero, fundador
Homilia de «Cristo que passa» §§ 48-49

Trabalhar com as própias mãos, para poder fazer o bem

Convém não esquecer, portanto, que esta dignidade do trabalho está
fundamentada no amor. [...] O homem não pode limitar-se a fazer coisas, a
construir objectos. O trabalho nasce do amor, manifesta o amor, ordena-se
ao amor. Reconhecemos Deus não só no espectáculo da Natureza, mas também na
experiência do nosso próprio trabalho, do nosso esforço. O trabalho é,
assim, acção de graças, porque nos sabemos colocados por Deus na terra,
amados por Ele, herdeiros das Suas promessas. É justo que se nos diga:
«quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a
glória de Deus» (1Co 10,31).O trabalho é também apostolado, ocasião de
entrega aos outros homens, para lhes revelar Cristo e levá-los até Deus
Pai, consequência da caridade que o Espírito Santo derrama nas almas. Entre
as indicações que São Paulo dá aos de Éfeso sobre a forma como deve
manifestar-se a mudança que representou para eles a sua conversão, [...]
encontramos esta: «o que furtava, não furte mais, mas trabalhe, ocupando-se
com as suas mãos nalguma tarefa honesta, para ter com que ajudar a quem
tenha necessidade» (Ef 4,28). Os homens têm necessidade do pão da terra que
sustente as suas vidas e também do pão do Céu que ilumine e dê calor aos
seus corações. Com o vosso próprio trabalho, com as iniciativas que se
promovam a partir dessa ocupação, nas vossas conversas, no convívio com os
outros, podeis e deveis concretizar esse preceito apostólico.Se trabalhamos
com este espírito, a nossa vida, no meio das limitações próprias da
condição terrena, será uma antecipação da glória do Céu, dessa comunidade
com Deus e com os santos, na qual só reinará o amor, a entrega, a
fidelidade, a amizade, a alegria. Na vossa ocupação profissional, corrente
e ordinária, encontrareis a matéria – real, consciente, valiosa – para
realizar toda a vida cristã, para corresponder à graça que nos vem de
Cristo.




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