domingo, 16 de outubro de 2011

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 17 de Outubro de 2011
Segunda-feira da 29ª semana do Tempo Comum

Santo Inácio de Antioquia, bispo, mártir, séc. II



Comentário ao Evangelho do dia feito por
S. Basílio : Amontoar para si próprio ou ser rico com os olhos postos em Deus?

Leituras

Romanos 4,20-25.


Irmãos: Diante da promessa de Deus, não duvidou por falta de fé. Pelo contrário, tornou-se mais forte na fé e deu glória a Deus,
plenamente convencido de que Ele tinha poder para realizar o que tinha prometido.
Esta foi exactamente a razão pela qual isso lhe foi atribuído à conta de justiça.
Não é só por causa dele que está escrito foi-lhe atribuído,
mas também por causa de nós, a quem a fé será tida em conta, nós que acreditamos naquele que ressuscitou dos mortos Jesus, Senhor nosso,
entregue por causa das nossas faltas e ressuscitado para nossa justificação.


Lucas 1,69-70.71-72.73-75.


O Senhor nos deu um Salvador poderoso,
na casa de David, seu servo,
conforme prometeu pela boca dos seus santos,
os profetas dos tempos antigos;
Para nos libertar dos nossos inimigos
e das mãos de todos os que nos odeiam;
para mostrar a sua misericórdia a favor dos nossos pais,
recordando a sua sagrada aliança;
O juramento que fizera a Abraão, nosso pai,
que nos havia de conceder esta graça:
de O servirmos um dia, sem temor,
livres das mãos dos nossos inimigos,
em santidade e justiça, na sua presença,
todos os dias da nossa vida.  


Lucas 12,13-21.


Naquele tempo, alguém do meio da multidão, disse a Jesus: «Mestre, diz a meu irmão que reparta a herança comigo.»
Ele respondeu-lhe: «Homem, quem me nomeou juiz ou encarregado das vossas partilhas?»
E prosseguiu: «Olhai, guardai-vos de toda a ganância, porque, mesmo que um homem viva na abundância, a sua vida não depende dos seus bens.»
Disse-lhes, então, esta parábola: «Havia um homem rico, a quem as terras deram uma grande colheita.
E pôs-se a discorrer, dizendo consigo: 'Que hei-de fazer, uma vez que não tenho onde guardar a minha colheita?'
Depois continuou: 'Já sei o que vou fazer: deito abaixo os meus celeiros, construo uns maiores e guardarei lá o meu trigo e todos os meus bens.
Depois, direi a mim mesmo: Tens muitos bens em depósito para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.'
Deus, porém, disse-lhe: 'Insensato! Nesta mesma noite, vai ser reclamada a tua vida; e o que acumulaste para quem será?'
Assim acontecerá ao que amontoa para si, e não é rico em relação a Deus.»


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário ao Evangelho do dia feito por

S. Basílio (cerca 330-379), monge e bispo em Capadócia, doutor da Igreja
Catequese 31

Amontoar para si próprio ou ser rico com os olhos postos em Deus?

«Que hei-de fazer? Vou aumentar os meus celeiros!» Porque eram as terras
deste homem tão produtivas, se ele fazia tão mau uso da sua riqueza? É para
mais intensamente se ver a manifestação da imensa bondade de um Deus que
estende a Sua graça a todos, «pois Ele faz que o sol se levante sobre os
bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores» (Mt
5,45). [...] Eram estes os benefícios de Deus para com este rico: uma terra
fecunda, um clima temperado, abundantes colheitas, bois para o trabalho, e
tudo o que assegurasse a prosperidade. E ele, que dava em troca? Mau humor,
taciturnidade e egoísmo. Era assim que agradecia ao seu benfeitor.


Esquecia que pertencemos todos à mesma natureza humana; não pensou que
devia distribuir o que lhe sobrava aos pobres; não fez nenhum caso destes
mandamentos divinos: «não negues um benefício a quem precisa dele, se
estiver nas tuas mãos concedê-lo» (Prov 3,27), «não se afastem de ti a
bondade e a fidelidade» (3,3), «partilha o teu pão com quem tem fome» (Is
58,7). Todos os profetas, todos os sábios lhe gritavam estes preceitos, mas
ele fazia ouvidos de mercador. Os seus celeiros rachavam, muito pequenos
para o trigo que lá se acumulava, mas o seu coração não estava satisfeito.
[...] Ele não queria desfazer-se de nada, mesmo não chegando a armazenar
tudo. Este problema incomodava-o: «Que hei-de fazer?» perguntava
constantemente. Quem não teria piedade de um homem assim obcecado? A
abundância tornava-o infeliz [...]; lamentava-se tal e qual como os
indigentes: «Que hei-de fazer? Como hei-de alimentar-me, vestir-me?» [....]


Observa, homem, quem foi que te cumulou de dons. Reflecte um pouco sobre ti
próprio: Quem és tu? O que é que te foi confiado? De quem recebeste esse
encargo? Porque fostes tu o escolhido? Tu és servo do bom Deus; tu estás
encarregado dos teus companheiros de serviço. [... «Que hei-de fazer?» A
resposta é simples: «Saciarei os famintos, convidarei os pobres. [...] Vós
todos a quem falta o pão, vinde possuir os dons concedidos por Deus, que
jorram como que de uma fonte».




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