segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

33catolico a serviço da Igreja

33catolico a serviço da Igreja


2º Domingo do Advento – Bento XVI – Reflexão – Igreja Católica

Posted: 06 Dec 2010 03:43 AM PST

A liturgia de hoje, de modo especial, nos propõe uma mudança radical que nos torne pessoas de acordo com o coração de Deus. A primeira leitura tirada do livro do Profeta Isaías nos dá uma visão do mundo querido por Deus e pelo qual deveríamos trabalhar para que se tornasse realidade: a harmonia reinando entre as criaturas, sejam animais racionais ou irracionais. O Evangelho nos leva à radicalidade ao apresentar a pessoa de João Batista: ele prega a metanóia, a mudança de mentalidade.

O termo técnico usado pela espiritualidade ao falar de mudança de pensar e de querer é a palavra grega metanóia. Usamos geralmente a palavra metamorfose para falar de mudança de forma. Metanóia é mudar de cabeça, de maneira de pensar e de agir.

João Batista prega isso ao falar em conversão e a mostra quando se apresenta com um modo de proceder bastante simples e voltado para aquele que virá – Jesus Cristo! Se vivo voltado para mim mesmo, se sou consumista, se me fecho em meu mundinho formado por minha família e minha roda de amigos, se desconheço a realidade que está à minha volta e se penso apenas nos negócios da família, necessito de conversão. Se continuo assim, nunca será Natal em minha vida, mesmo que minha casa esteja bem iluminada e decorada, mesmo que em cada canto haja um presépio, mas será o famoso Natal consumista, sem a presença do aniversariante porque não existe lugar para ele com seus valores em nossa vida.

O Natal autêntico é a abertura do coração ao Senhor para que venha até nós e se instale como quiser. Certamente os frutos serão a fraternidade, a alegria sincera, o serviço despretensioso, a gratuidade no ser e no agir.

Existe uma fábula de La Fontaine - o Cordeiro e o Lobo - onde fica claro que o mais forte sempre possui uma razão para devorar o mais fraco, mesmo que seja sem culpa alguma do primeiro. Também nós, fechados em nosso mundo e confiantes em nossa sabedoria e discernimento, sempre encontramos razões para continuar fazendo o que nos agrada e julgar que sempre temos razão e os errados são os outros. Deixemo-nos questionar pela Palavra de Deus! É a nossa salvação, a libertação de nós mesmos! Eis o tempo propício à conversão, à mudança de mentalidade.

Se o coração não estiver mudado, o Senhor não virá até cada um de nós. A imagem usada pelo Batista deixa claro que para o rei poder chegar ao seu povo, necessita de haver caminhos endireitados, caso contrário se torna impossível. Não é que o Senhor exija caminhos, mas como entrar em um coração fechado, em uma mente que não se abre para acolher novas idéias e para sempre deixar outras? Como acolher o outro se temos muros que impedem o acesso a nós?

Na Eucaristia celebramos o mundo da partilha, onde Deus e não o dinheiro é o Pai. O caminho é o da austeridade de vida e o da solidariedade. E isso com todos os bens que possuímos, desde os materiais até os espirituais, passando pelos psicológicos, os afetivos, os intelectuais. O sacrifícar-se pelo outro e até a própria liberdade se for o caso, faz parte dessa dinâmica, pois Eucaristia é o sacrifício da Vida, realizado pelo Amor, partilhada em favor de todos.

A segunda leitura nos ensina que essa acolhida será para todos os homens, sejam fracos ou fortes, sem preconceito algum. Mas ela também nos diz a necessidade de unirmos nossos sentimentos, a exemplo de Jesus Cristo.

Além disso, é preciso criar raízes. Nos primeiros tempos da Evangelização do Brasil, os nossos índios, após um tempo em que os missionários estavam contentes pelos aparentes frutos colhidos, voltavam aos antigos costumes, deixando com isso os missionários muito tristes com a falta de perseverança dos nativos. É necessário mudança radical!

Nesse segundo domingo peçamos ao Senhor que invada nosso coração e aplaine nossa afetividade, corrija nossos valores e derrube nossos muros. Que nossa vida, com toda sua riqueza seja colocada em favor da paz, da harmonia entre os homens. Que a paz e a beleza da noite de Natal, quando veio ao mundo o Príncipe da Paz, não seja impedida pelo nosso egoísmo, mas permitida pelo nosso querer e agir, pelo nosso coração. Advento/Natal é tempo de amar, tempo de mudar de vida para amar mais, em plenitude.

Nossa vocação é o Amor! Vivamos o Amor sem limites, sem empecilhos, sem barreiras, o Amor da Noite de Natal!

Fonte: Rádio Vaticano

33catolico a serviço da Igreja
Comunidade São Paulo Apóstolo

Apelo de Bento XVI contra a intolerância e a violência – Ângelus - Igreja Católica

Posted: 06 Dec 2010 03:42 AM PST

O Papa Bento XVI encontrou-se, como habitualmente, ao meio-dia deste domingo(05), com milhares de fiéis e peregrinos provenientes de todas as partes do mundo reunidos na Praça São Pedro para a oração mariana do Ângelus. Nesse tempo de Advento, no qual somos chamados a alimentar a nossa espera pelo senhor e a acolhê-lo em meio a nós, o Santo Padre convidou a todos a rezarem por todas as situações de violência, de intolerância e de sofrimento que existem no mundo, para que a vinda de Jesus traga consolo, reconciliação e paz.

A esse respeito, o Papa lançou um apelo:

"Penso em todas as situações difíceis, como os contínuos atentados que se verificam no Iraque contra cristãos e muçulmanos, os conflitos no Egito que resultaram em mortos e feridos, as vítimas dos traficantes e criminosos, como o drama dos raptos de eritreus e de outras nacionalidades no deserto do Sinai."

Bento XVI encerrou seu apelo lembrando que o respeito pelos direitos de todos é o pressuposto para a convivência civilizada. "Que a nossa oração ao Senhor e a nossa solidariedade possam levar esperança àqueles que se encontram em sofrimento", disse o Pontífice.

Em seu discurso, que precedeu à oração do Ângelus, o Papa falou sobre o Evangelho deste segundo domingo do Advento, apresentando a figura de São João Batista, o qual, segundo uma célebre profecia de Isaías, retirou-se para o deserto da Judéia e, com a sua oração, chamou o povo a converter-se e ficar de prontidão à iminente chegada do Messias.

"No tempo do Advento, também nós somos chamados a escutar a voz de Deus, que ressoa no deserto do mundo por meio das Sagradas Escrituras, especialmente quando são evocadas com a força do Espírito Santo. A fé, de fato, quanto mais fortificada pela luz da Palavra divina, mais forte fica."
O Santo Padre ressaltou que o modelo da escuta é a Virgem Maria:

"Contemplando na Mãe de Deus uma existência totalmente orientada pela Palavra (de Deus), descobrimo-nos, também nós, chamados a entrar no mistério da fé, diante do qual Cristo passa a morar nas nossas vidas."

Bento XVI terminou seu discurso recordando a solenidade da Imaculada Conceição, celebrada em 8 de dezembro, pedindo que a Virgem Maria – cujo ventre foi morada do filho do Altíssimo – que nos dê suporte em nosso caminho espiritual, para que acolhamos com fé e com amor a vinda do Salvador.

O Papa saudou os fiéis em suas diversas línguas, desejando a todos um bom segundo domingo de advento e concedendo a todos a sua benção. (ED)

Fonte: Rádio Vaticano

33catolico a serviço da Igreja
Comunidade São Paulo Apóstolo

Fé Viva – Questão de Fé – Igreja Católica

Posted: 06 Dec 2010 03:39 AM PST

Ano 1880 – Em San Luis, povoado não muito distante de Mahón/Espanha, vivia uma viúva chamada Juana Cardona Vinent. Essa mulher cristã, embora de humilde condição e desconhecida nos fastos da história, tem seu nome escrito com letras de ouro no Livro da Vida, porque exerceu um verdadeiro apostolado entre a gente do povoado, servindo-se para isso de um bar que tinha aberto como único alívio de sua pobreza.

Nesse bar, em que as pessoas também tomavam refeições, evitou muitos pecados, e jamais permitiu que se infringisse o preceito da abstinência de carne imposto pela Igreja, chegando a mandar embora, com varonil firmeza, os fregueses que pretendiam desobedecer tal preceito.
Aos cinqüenta e nove anos de idade lhe sobreveio uma grave enfermidade do estômago, que não lhe permitiu alimentar-se mais do que com caldo de pescado; e depois de vinte anos de sofrimentos suportados com admirável paciência e resignação, se agravou ainda mais seu estado, em conseqüência de um golpe de ar que a deixou encurvada, sem poder ficar ereta nem olhar para o céu.

Corria o ano de 1880, e a pobre mulher fazia já oito meses que estava de cama sem poder se mover. Como se aproximava a festa de Corpus Christi, sentiu na alma grande fé e confiança de que o Senhor poderia curá-Ia. Rogou, pois, aos vizinhos que a descessem à porta da rua quando passasse a procissão, e mandou pedir ao sacerdote que levava o Santíssimo Sacramento que, quando passasse junto dela, aproximasse um pouco a Custódia, para adorar Jesus na Hóstia sacrossanta.

Presente estava todo o povo, compadecido do triste estado da mulher. Mas eis que no momento crítico de dirigir-se o sacerdote com a sagrada Hóstia para a porta da casa onde jazia a enferma, com grande surpresa e admiração da multidão verificou-se o instantâneo prodígio de ficar ela completa e radicalmente curada de sua dupla enfermidade, sendo testemunhas de tão grande maravilha todo o povo e o pároco D. Pedro Pons Banza, que estava conduzindo o Santíssimo Sacramento.

Viveu ainda dez anos depois disso, sem experimentar a menor dor, e comendo como nos dias de sua juventude. Dormiu, por fim, o sono dos justos em 1890, com a idade de noventa anos.

Fonte: Assoc. Apostolado do Coração de Jesus

33catolico a serviço da Igreja
Comunidade São Paulo Apóstolo

Liturgia Diária 06/12/2010 - Igreja Católica

Posted: 06 Dec 2010 03:30 AM PST

Liturgia Diária 06/12/2010 - Igreja Católica
2ª Semana do Advento – SEGUNDA-FEIRA
2ª Semana do Saltério - Ano Litúrgico "A"
Prefácio do Advento I – Ofício do dia

Santo do Dia: São Nicolau

Meditando: Jeremias 31,10 - Ó nações, escutai a palavra do Senhor; levai a boa-nova até os confins da terra! Não tenhais medo: eis que chega o nosso salvador.

Oração do Dia: Cheguem à vossa presença, ó Deus, as nossas orações suplicantes, e possamos celebrar de coração puro o grande mistério da encarnação do vosso Filho. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Intenções do mês de DEZEMBRO:

Geral: Para que a experiência do sofrimento seja ocasião de compreender situações difíceis e dolorosas pelas quais passam as pessoas sozinhas, os idosos e os enfermos, estimulando todos a ir generosamente ao encontro deles. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Missionária: Para que os povos da terra abram suas portas a Cristo e a seu evangelho de paz, fraternidade e justiça.  Amém.

Cor Litúrgica: ROXO - Simboliza a preparação, penitência ou conversão. Usada nas missas da Quaresma e do Advento.

Tempo do Advento: O Advento é um tempo de preparação com dupla finalidade:
1.    Recordar a primeira vinda de Jesus trazendo a salvação para a humanidade, por isso Advento é tempo de alegria.
2.    Anunciar a segunda vinda gloriosa de Jesus, por isso, Advento é também tempo de expectativa, é tempo de redobrarmos a oração, de exercitarmos a nossa fé para não nos desviarmos do caminho de Deus.

Advento é tempo de conversão, devemos nos fazer pequenos e pobres, para podermos reconhecer Jesus como único Senhor e devemos nos esvaziar de tudo que nos afasta de Deus para poder nos encher com sua misericórdia.

O Tempo do Advento começa nas primeiras Vésperas do domingo que sucede ao dia 30 de novembro - ou o mais próximo desta data - e termina antes das primeiras Vésperas do Natal. Devido a variação na data de início do Tempo do Advento a duração do mesmo pode ser de 3 ou 4 semanas. O período de 17 a 24 de dezembro estabelece uma maior preparação para o Natal.

Primeira Leitura: Livro do Profeta Isaías 35,1-10
É Deus mesmo que vem para vos salvar.

Alegre-se a terra que era deserta e intransitável, exulte a solidão e floresça como um lírio. Germine e exulte de alegria e louvores. Foi-lhe dada a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e de Saron; seus habitantes verão a glória do Senhor, a majestade do nosso Deus. Fortalecei as mãos enfraquecidas e firmai os joelhos debilitados. Dizei às pessoas deprimidas: "Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus, é a vingança que vem, é a recompensa de Deus; é ele que vem para vos salvar".

Então se abrirão os olhos dos cegos e se descerrarão os ouvidos dos surdos. O coxo saltará como um cervo e se desatará a língua dos mudos, assim como brotarão águas no deserto e jorrarão torrentes no ermo. A terra árida se transformará em lago, e a região sedenta, em fontes d'água; nas cavernas onde viviam dragões crescerá o caniço e o junco.

Ali haverá uma vereda e um caminho; o caminho se chamará estrada santa: por ela não passará o impuro; mas será uma estrada reta em que até os débeis não se perderão. Ali não existem leões, não andam por ela animais depredadores, nem mesmo aparecem lá; os que forem libertados poderão percorrê-la, os que o Senhor salvou voltarão para casa. Eles virão a Sião cantando louvores, com infinita alegria brilhando em seus rostos: cheios de gozo e contentamento, não mais conhecerão a dor e o pranto". - Palavra do Senhor.

Comentando a Liturgia: A esperança é a característica dos que crêem, mesmo na provação, no sofrimento, no próprio pecado e na tentativa, tantas vezes falha, de melhorar, de deixar o próprio egoísmo e a própria sensualidade. O motivo profundo dessa esperança é um só: Sim, o nosso Deus vem nos salvar (Salmo). Mas o Deus que quer "mudar" nossa vida não nos salvará sem nossa colaboração, por limitada que seja e cheia de defeitos.

Por isso nos diz, a nós que esperamos a sua vinda: Fortalecei as mãos cansadas, arregaçai as mangas, é chegado o momento! Os defeitos da chegada de Deus ao coração dos homens são significados pela transformação de tantos motivos de sofrimento e de lágrimas em motivos de alegria. Isso é obra conjunta de Deus e do homem. Os múltiplos paraísos que o homem tenta reconstruir, triunfando da guerra, da fome, das escravidões do trabalho, são outras tantas etapas que conduzem o cristão ao paraíso querido por Deus.

Salmo: 84 (85)
Eis que vem o nosso Deus! Ele vem para salvar.

Quero ouvir o que o Senhor irá falar:
é a paz que ele vai anunciar;
a paz para o seu povo e seus amigos,
para os que voltam ao Senhor seu coração.
Está perto a salvação dos que o temem,
e a glória habitará em nossa terra.

A verdade e o amor se encontrarão,
a justiça e a paz se abraçarão;
da terra brotará a fidelidade,
e a justiça olhará dos altos céus.

O Senhor nos dará tudo o que é bom,
e a nossa terra nos dará suas colheitas;
a justiça andará na sua frente
e a salvação há de seguir os passos seus.

Evangelho segundo São Lucas 5,17-26
Hoje vimos coisas maravilhosas!

Um dia Jesus estava ensinando. À sua volta estavam sentados fariseus e doutores da Lei, vindos de todas as aldeias da Galiléia, da Judéia e de Jerusalém. E a virtude do Senhor o levava a curar. Uns homens traziam um paralítico num leito e procuravam fazê-lo entrar para apresentá-lo. Mas, não achando por onde introduzi-lo, devido à multidão, subiram ao telhado e por entre as telhas o desceram com o leito no meio da assembléia diante de Jesus. Vendo-lhes a fé, ele disse: "Homem, teus pecados estão perdoados".

Os escribas e fariseus começaram a murmurar, dizendo: "Quem é este que assim blasfema?" Quem pode perdoar pecados senão Deus?"Conhecendo-lhes os pensamentos, Jesus respondeu, dizendo: "Por que murmurais em vossos corações? O que é mais fácil dizer: 'teus pecados estão perdoados', ou dizer: 'levanta-te e anda'?

Pois, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder de perdoar pecados — disse ao paralítico — eu te digo: levanta-te, pega o leito e vai para casa". Imediatamente, diante deles, ele se levantou, tomou o leito e foi para casa, louvando a Deus. Todos ficaram fora de si, glorificavam a Deus e cheios de temor diziam: "Hoje vimos coisas maravilhosas!"- Palavra da Salvação.

Comentando o Evangelho: Corremos o risco de valorizar as coisas visíveis, sem perceber a ação misteriosa de Deus em nossa vida. Assim, neste Evangelho, temos os dois planos da ação divina: o exterior (devolver o movimento a um paralítico) e o interior (perdoar seus pecados). Num primeiro momento, comovido pela fé dos quatro amigos que, diligentemente, trouxeram o enfermo à sua presença, Jesus lhe confere o perdão dos pecados.

Claro, isto não se nota "do lado de fora", é milagre íntimo da onipotente misericórdia de Deus. Escribas e fariseus ali presentes ouvem as palavras de Jesus como blasfêmia, pois "só Deus pode perdoar pecados". Não crêem na transformação ocorrida no doente. A seguir, em tom de desafio, Jesus ordena ao paralítico que se erga do catre e volte para casa, carregando a enxerga. Isto, sim, podia ser visto e comprovado. E Jesus o fez como sinal de que seu primeiro gesto também fora verdadeiro.

Deixando de lado a evidência de que muitos males físicos têm como raiz algum tipo de pecado crônico, fixemos nosso pensamento em um ponto de máxima atualidade. Nossa sociedade está paralisada diante das crises e desafios do novo milênio. Violência e insegurança, corrupção e depravação dos costumes, rebeldia e choque de gerações - de todos esses males, brota na humanidade uma terrível sede de reconciliação. Vale a pena recordar as palavras do saudoso Papa João Paulo II:

"O mesmo olhar indagador, se é suficientemente perspicaz, captará no seio da divisão um desejo inconfundível, da parte dos homens de boa vontade e dos verdadeiros cristãos, de recompor as fraturas, de cicatrizar as lacerações e de instaurar, em todos os níveis, uma unidade essencial. Este desejo comporta, em muitos casos, uma verdadeira nostalgia de reconciliação, mesmo quando não é usada tal palavra." (Reconciliação e Penitência, 3.)

A causa mais profunda da doença existencial de nosso tempo, que se manifesta como stress e depressão, vazio e ausência de sentido, pode ser identificada como um sentimento de culpa que rói a alma humana. Lá no fundo, o homem sabe que se afastou do Pai, recusou sua voz, maculou sua imagem. Como o filho pródigo do Evangelho, o homem "sabe" que, ao longe, existe um lar à sua espera. Intui que a comida dos porcos não alimentará seu espírito. Por isso, tem saudades de Deus.

Por que, então, não voltar à casa do Pai?

Fonte: CNBB – Missal Cotidiano – Com. Católica Nova Aliança
Comentário do Evangelho: Antonio Carlos Santini

Adaptação: 33catolico a serviço da Igreja
Comunidade São Paulo Apóstolo

Profecia do Dia

Terça-feira, dia 07 de Dezembro de 2010
Terça-feira da 2a semana do Advento

Santo Ambrósio, bispo, Doutor da Igreja, +397



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Bernardo : «É da vontade de vosso Pai que está no Céu que não se perca um só destes pequeninos»

Leituras

Is. 40,1-11.
Consolai, consolai o meu povo, é o vosso Deus quem o diz.
Falai ao coração de Jerusalém e gritai-lhe: «Terminou a vossa servidão,
estão perdoados os vossos crimes, pois já recebeu da mão do SENHOR o dobro
do castigo por todos os seus pecados.»
Uma voz grita: «Preparai no deserto o caminho do SENHOR, aplanai na estepe
uma estrada para o nosso Deus.
Todo o vale seja levantado, e todas as colinas e montanhas sejam abaixadas,
todos os cumes sejam aplanados, e todos os terrenos escarpados sejam
nivelados!»
Então a glória do SENHOR manifestar-se-á, e toda a gente a há-de ver ao
mesmo tempo. É o SENHOR quem o declara.
Diz uma voz: «Proclama!» Respondo: «Que hei-de proclamar?» «Proclama que
toda a gente é como a erva e toda a sua beleza como a flor dos campos!
A erva seca e a flor murcha, quando o sopro do SENHOR passa sobre elas.
Verdadeiramente o povo é semelhante à erva.
A erva seca e a flor murcha, mas a palavra do nosso Deus permanece
eternamente.»
Sobe a um alto monte, arauto de Sião. Grita com voz forte, arauto de
Jerusalém; levanta a voz, sem receio, e diz às cidades de Judá: «Aí está o
vosso Deus!
Olhai, o Senhor DEUS vem com a força do seu braço dominador; olhai, vem com
o preço da sua vitória, e com a recompensa antecipada.
É como um pastor que apascenta o rebanho, reúne-o com o cajado na mão, leva
os cordeiros ao colo, e faz repousar as ovelhas que têm crias.»


Salmos 96(95),1-2.3.10.11-12.13.
Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR, terra inteira!
Cantai ao SENHOR, bendizei o seu nome, proclamai, dia após dia, a sua
salvação.
Anunciai aos pagãos a sua glória e a todos os povos, as suas maravilhas.
Proclamai entre os povos: "O Senhor é rei!" Por isso, a terra está firme,
não vacila; Deus governa os povos com equidade.
Alegrem se os céus, exulte a terra! Ressoe o mar e tudo o que nele existe!
Alegrem se os campos e todos os seus frutos, exultem de alegria todas as
árvores dos bosques
na presença do SENHOR, que se aproxima e vem para governar a terra! Ele
governará o mundo com justiça e os povos, com a sua fidelidade.


Mateus 18,12-14.
Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas e uma delas se tresmalhar,
não deixará as noventa e nove no monte, para ir à procura da tresmalhada?
E, se chegar a encontrá la, em verdade vos digo: alegra-se mais com ela do
que com as noventa e nove que não se tresmalharam.
Assim também é da vontade de vosso Pai que está no Céu que não se perca um
só destes pequeninos.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São Bernardo (1091-1153), monge cistercense e Doutor da Igreja
Sermão 1 para o Advento, 7-8 (a partir da trad. Orval)

«É da vontade de vosso Pai que está no Céu que não se perca um só destes pequeninos»

«Vede: é o Senhor em pessoa que vem de longe» diz o profeta (Is 30, 27).
Quem poderia duvidar disso? Era preciso que houvesse, no início, qualquer
coisa grandiosa, para que a majestade de Deus Se dignasse descer de tão
longe para um sitio tão indigno Dela. Sim, efectivamente, havia aí qualquer
coisa de grandioso: a Sua grande misericórdia, a Sua imensa compaixão, a
Sua abundante caridade. Com efeito, com que objectivo julgamos nós que
Cristo veio? Encontrá-lo-emos sem dificuldade, pois as Suas próprias
palavras e os Seus próprios actos nos revelam claramente a razão da Sua
vinda. Ele veio das alturas para procurar a centésima ovelha desgarrada.


Ele veio por nossa causa, para que as misericórdias do Senhor aparecessem
com maior evidência, bem como as Suas maravilhas a favor dos filhos dos
homens (Sl 106, 8). Admirável condescendência de Deus que nos procura, e
grande dignidade do homem que é assim procurado! Se este se quer
glorificar, pode fazê-lo sem loucura, não que por si mesmo possa ser o que
quer que seja, mas porque Aquele que o criou o fez assim grande. Com
efeito, todas as riquezas, toda a glória deste mundo e tudo o que se pode
desejar, tudo isso é pouca coisa e mesmo nada em comparação com esta outra
glória. «Que é o homem, Senhor, para que faças caso dele e ponhas nele a
Tua atenção?» (Jb 7, 17).




Gerir directamente o seu abono (ou a sua subscrição) neste endereço : www.evangelhoquotidiano.org