sábado, 23 de outubro de 2010

Profecia do Dia

Domingo, dia 24 de Outubro de 2010
30º Domingo do Tempo Comum - Ano C

Trigésimo Domingo do tempo comum (semana II do saltério)S. António Maria Claret
Santo António Maria Claret, bispo, fundador, +1870



Comentário ao Evangelho do dia feito por
S. João Crisóstomo : «Tem piedade de mim, que sou pecador»

Leituras

Sirac 35,12-14.16-18.
Pois o Senhor é um juiz, e não faz distinção de pessoas.
O Senhor não fará acepção de pessoas em detrimento do pobre, e ouvirá a
oração do oprimido.
Não desprezará a oração do órfão, nem os gemidos da viúva.
Aquele que adora a Deus com alegria será bem recebido, e a sua oração
chegará até às nuvens.
A oração do humilde penetrará as nuvens, e não se consolará, enquanto ela
não chegar até Deus.
Ele não se afastará, enquanto o Altíssimo não olhar, não fizer justiça aos
justos e restabelecer a equidade.


Salmos 34(33),2-3.17-18.19.23.
Em todo o tempo, bendirei o SENHOR; o seu louvor estará sempre nos meus
lábios.
A minha alma gloria se no SENHOR! Que os humildes saibam e se alegrem.
A ira do SENHOR volta se contra os malfeitores, para apagar da terra a sua
memória.
Os justos clamaram e o SENHOR atendeu os e livrou os das suas angústias.
O SENHOR está perto dos corações contritos e salva os espíritos abatidos.
O SENHOR resgata a vida dos seus servos; os que nele confiam não serão
condenados.


2 Tim. 4,6-8.16-18.
Quanto a mim, já estou pronto para oferecer-me como sacrifício; avizinha-se
o tempo da minha libertação.
Combati o bom combate, terminei a corrida, permaneci fiel.
A partir de agora, já me aguarda a merecida coroa, que me entregará,
naquele dia, o Senhor, justo juiz, e não somente a mim, mas a todos os que
anseiam pela sua vinda.
Na minha primeira defesa, ninguém esteve ao meu lado. Todos me abandonaram.
Que não lhes seja levado em conta.
O Senhor, porém, esteve comigo e deu-me forças, a fim de que, por meu
intermédio, o anúncio fosse plenamente proclamado e todos os gentios o
escutassem. Assim fui arrebatado da boca do leão.
O Senhor me livrará de todo o mal e me levará a salvo para o seu Reino
celeste. A Ele, a glória, pelos séculos dos séculos. Ámen!


Lucas 18,9-14.
Disse também a seguinte parábola, a respeito de alguns que confiavam muito
em si mesmos, tendo-se por justos e desprezando os demais:
«Dois homens subiram ao templo para orar: um era fariseu e o outro,
cobrador de impostos.
O fariseu, de pé, fazia interiormente esta oração: 'Ó Deus, dou-te graças
por não ser como o resto dos homens, que são ladrões, injustos, adúlteros;
nem como este cobrador de impostos.
Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo.'
O cobrador de impostos, mantendo-se à distância, nem sequer ousava levantar
os olhos ao céu; mas batia no peito, dizendo: 'Ó Deus, tem piedade de mim,
que sou pecador.'
Digo-vos: Este voltou justificado para sua casa, e o outro não. Porque todo
aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

S. João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilias sobre a Conversão, 2 (a partir da trad. da col. Pères dans la Foi, 8, DDB 1978, p. 46)

«Tem piedade de mim, que sou pecador»

Um fariseu e um publicano subiram até ao Templo para a oração. O fariseu
começou por enunciar as suas qualidades, e proclamava: «Ó Deus, dou-te
graças por não ser como o resto dos homens, que são ladrões, injustos,
adúlteros; nem como este cobrador de impostos.» Miserável, que te atreves a
julgar toda a terra! Porque espezinhas o teu próximo? E ainda sentes
necessidade de condenar este publicano! [...] A terra não te foi
suficiente? Acusaste todos os homens, sem excepção: «por não ser como o
resto dos homens [...] nem como este cobrador de impostos. Jejuo duas vezes
por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo». Infeliz! Quanta
presunção nestas palavras!


Quanto ao publicano, que ouviu muito bem estas afirmações, podia ter
retorquido: «Quem és tu para te atreveres a proferir tais murmurações sobre
mim? Donde me conheces? Nunca viveste no meu meio, nem pertences ao grupo
dos meus íntimos. Porquê tamanho orgulho? Aliás, quem pode comprovar as
tuas boas acções? Porque fazes dessa maneira o teu próprio elogio, e quem
te incita a gloriares-te desse modo?» Mas não fez nada disso ― muito
pelo contrário! Prostrou-se por terra e disse: «Ó Deus, tem piedade de mim,
que sou pecador.» Porque fez prova de humildade, saiu justificado.


O fariseu abandonou o Templo privado de qualquer absolvição, enquanto o
publicano se foi embora com o coração renovado pela justiça reencontrada.
[...] E, no entanto, não havia nele ponta de humildade, no sentido em que
usamos este termo quando algum nobre desce do seu estado. No caso do
publicano, portanto, não era de humildade que se tratava, mas de simples
verdade, porque ele dizia a verdade.




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