quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Profecia do Dia

Quinta-feira, dia 26 de Novembro de 2009
Quinta-feira da 34ª semana do Tempo Comum

S. João Berchmans, jovem seminarista, +1621, Beato Tiago Alberione, presbítero, fundador, +1971



Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Crisóstomo : «Então, hão-de ver o Filho do Homem vir numa nuvem»

Leituras

Dan. 6,12-28.
Nessa altura, aqueles homens acorreram, alvoroçados, e encontraram Daniel
em oração, invocando o seu Deus.
Dirigiram-se imediatamente a casa do rei e disseram-lhe, a propósito do
decreto real de proibição: «Não promulgaste tu, ó rei, uma proibição,
declarando que quem, no período de trinta dias, invocasse algum deus ou
homem que não fosses tu, seria lançado na cova dos leões?» Respondeu o rei:
«Com certeza, conforme a lei dos Medos e dos Persas, que não pode ser
modificada.»
«Pois bem – prosseguiram eles – Daniel, o exilado de Judá, não teve
consideração nem pela tua pessoa, nem pelo decreto que promulgaste. Três
vezes ao dia, faz a sua oração.»
Ao ouvir estas palavras, o rei, muito pesaroso, tomou a peito, apesar de
tudo, a salvação de Daniel e nisso se aplicou até ao pôr-do-sol.
Porém, os mesmos homens, em tropel, vieram novamente procurar o rei.
«Sabei, ó rei – lhe disseram – que a lei dos Medos e dos Persas não permite
qualquer revogação de uma proibição ou de um decreto publicado pelo rei.»
O rei, então, mandou levar Daniel e lançá-lo na cova dos leões. Disse-lhe o
rei: «O Deus que tu adoras com tamanha fidelidade, Ele próprio te
libertará!»
Trouxeram uma pedra, que rolaram sobre a abertura da cova: o rei selou-a
com o seu sinete e com o sinete dos grandes, para que nada fosse modificado
em atenção a Daniel.
Entrando no palácio, o rei passou a noite sem comer nada e sem mandar ir
para junto dele concubina alguma; não conseguiu fechar os olhos.
De madrugada, levantou-se e partiu a toda a pressa para a cova dos leões.
Quando estava próximo, com uma voz muito magoada, chamou Daniel: «Daniel,
servo do Deus vivo, o teu Deus, que adoras com tanta fidelidade, teria
podido libertar-te dos leões?»
Daniel dirigiu-se ao rei nestes termos: «Ó rei, viva o rei para sempre!
O meu Deus enviou o seu anjo e fechou as fauces dos leões, que não me
fizeram qualquer mal, porque, aos olhos dele, estava inocente. Para
contigo, ó rei, tão pouco cometi qualquer falta.»
O rei, então, cheio de alegria, ordenou que tirassem Daniel da cova. Daniel
foi, pois, tirado sem qualquer vestígio de ferimento, porque tinha fé no
seu Deus.
Por ordem do rei, trouxeram os acusadores de Daniel e atiraram-nos à cova
dos leões, a eles, às mulheres e aos filhos. Ainda não tinham tocado o
fundo da cova e já os leões os tinham agarrado e lhes tinham triturado os
ossos.
Então, o rei Dario escreveu: «A todos os povos, a todas as nações e à gente
de todas as línguas que habitam a face da terra, paz e prosperidade!
Promulgo este decreto: 'Que em toda a extensão do meu reino se tema e trema
diante do Deus de Daniel, porque Ele é o Deus vivo, que subsiste
eternamente; o seu reino jamais será destruído e o seu domínio é perpétuo.
Ele salva e Ele liberta, faz milagres e prodígios no céu e na terra: foi
Ele quem livrou Daniel das garras dos leões.'»


Dan. 3,68.69.70.71.72.73.74.
Orvalho e geada, bendizei o Senhor: – a Ele a glória e o louvor
eternamente!
Frio e gelo, bendizei o Senhor:– a Ele a glória e o louvor eternamente!
Gelos e neves, bendizei o Senhor:– a Ele a glória e o louvor eternamente!
Noites e dias, bendizei o Senhor: – a Ele a glória e o louvor eternamente!

Luz e trevas, bendizei o Senhor: – a Ele a glória e o louvor eternamente!
Relâmpagos e nuvens, bendizei o Senhor: – a Ele a glória e o louvor
eternamente!
Que a terra bendiga o Senhor: – a Ele a glória e o louvor eternamente!


Lucas 21,20-28.
«Mas, quando virdes Jerusalém sitiada por exércitos, ficai sabendo que a
sua ruína está próxima.
Então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes; os que estiverem
dentro da cidade retirem-se; e os que estiverem no campo não voltem para a
cidade,
pois esses dias serão de punição, a fim de se cumprir tudo quanto está
escrito.
Ai das que estiverem grávidas e das que estiverem a amamentar naqueles
dias, porque haverá uma terrível angústia no país e um castigo contra este
povo.
Serão passados a fio de espada, serão levados cativos para todas as nações;
e Jerusalém será calcada pelos gentios, até se completar o tempo dos
pagãos.»
«Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; e, na Terra, angústia entre
os povos, aterrados com o bramido e a agitação do mar;
os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai acontecer ao
universo, pois as forças celestes serão abaladas.
Então, hão-de ver o Filho do Homem vir numa nuvem com grande poder e
glória.
Quando estas coisas começarem a acontecer, cobrai ânimo e levantai a
cabeça, porque a vossa redenção está próxima.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

São João Crisóstomo (c. 325-407), presbítero em Antioquia e posteriormente bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilia sobre a cruz e o ladrão (a partir da trad. de L'Année en fêtes, Migne 2000, p.282)

«Então, hão-de ver o Filho do Homem vir numa nuvem»

Saberás o quanto a cruz é um sinal do Reino? É com esse sinal que Cristo
virá, aquando da Sua segunda e gloriosa vinda! Para que possamos avaliar
até que ponto a cruz é digna de veneração, Ele fez dela um título de glória
[...].

Sabemos que a Sua primeira vinda se fez em segredo, e essa discrição estava
justificada: veio, com efeito, procurar o que estava morto. Mas essa
segunda vinda passar-se-á de maneira diferente [...]. Então aparecerá a
todos e ninguém terá necessidade de perguntar se Cristo está neste lugar ou
naquele (Mt 24, 26) [...]; não será preciso perguntarmo-nos se Deus está de
facto presente. Mas o que será preciso procurar saber, é se Ele vem com a
cruz [...].

«Assim será a vinda do Filho do Homem [...], o Sol escurecerá, a Lua não
dará a sua luz» (Mt 24, 27.29). A glória da Sua luz será tão grande que
diante dela obscurecer-se-ão os astros mais brilhantes. «As estrelas cairão
do céu [...]. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem.» (Mt 24,
29-30). Vês bem o poder do sinal da cruz? «O Sol escurecerá e a Lua não
dará a sua luz», e a cruz, pelo contrário, brilhará, bem visível, para que
saibas que o seu esplendor é maior que o do sol e o da lua. Tal como,
quando entra o rei numa cidade, os soldados carregam aos ombros os
estandartes reais e os levam à sua frente para assim anunciar a sua
chegada, também assim, quando o Senhor descer do céu, a corte dos anjos e
dos arcanjos, carregando esse sinal aos ombros, nos anunciará a chegada de
Cristo, nosso Rei.




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