segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Profecia do Dia

Segunda-feira, dia 02 de Novembro de 2009
Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos

Fiéis Defuntos
Comemoração dos Fiéis Defuntos



Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Ireneu de Lião : Como o grão de trigo

Leituras

Sab. 3,1-9.
As almas dos justos estão nas mãos de Deus e nenhum tormento os atingirá.
Aos olhos dos insensatos pareceram morrer, a sua saída deste mundo foi tida
como uma desgraça,
a sua morte, como uma derrota. Mas eles estão em paz.
Se aos olhos dos homens foram castigados, a sua esperança estava cheia de
imortalidade.
Depois de terem sofrido um pouco, receberão grandes bens, pois Deus os
provou e achou dignos de si.
Ele os provou como ouro no crisol e aceitou-os como um holocausto.
No tempo da intervenção de Deus, os justos resplandecerão e propagar-se-ão
como centelhas através da palha.
Julgarão as nações e dominarão os povos, e o Senhor reinará sobre eles para
sempre.
Aqueles que nele confiam compreenderão a verdade, e os que são fiéis no
amor habitarão com Ele, pois a graça e a misericórdia são para os seus
eleitos.


Salmos 27,1.4.7.8.9.13-14.
O SENHOR é minha luz e salvação: de quem terei medo? O SENHOR é o baluarte
da minha vida: quem me assustará?
Uma só coisa peço ao SENHOR e ardentemente a desejo: é habitar na casa do
SENHOR todos os dias da minha vida, para saborear o seu encanto e ficar em
vigília no seu templo.
Ouve, SENHOR, a voz da minha súplica, tem compaixão de mim e responde me.
O meu coração murmura por ti, os meus olhos te procuram; é a tua face que
eu procuro, SENHOR.
Não desvies de mim o teu rosto, nem afastes, com ira, o teu servo. Tu és o
meu amparo: não me rejeites nem abandones, ó Deus, meu salvador!
Creio, firmemente, vir a contemplar a bondade do SENHOR, na terra dos
vivos.
Confia no SENHOR! Sê forte e corajoso, e confia no SENHOR!


Romanos 6,3-9.
Ou ignorais que todos nós, que fomos baptizados em Cristo Jesus, fomos
baptizados na sua morte?
Pelo Baptismo fomos, pois, sepultados com Ele na morte, para que, tal como
Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós
caminhemos numa vida nova.
De facto, se estamos integrados nele por uma morte idêntica à sua, também o
estaremos pela sua ressurreição.
É isto o que devemos saber: o homem velho que havia em nós foi crucificado
com Ele, para que fosse destruído o corpo pertencente ao pecado; e assim
não somos mais escravos do pecado.
É que quem está morto está justificado do pecado.
Mas, se morremos com Cristo, acreditamos que também com Ele viveremos.
Sabemos que Cristo, ressuscitado de entre os mortos, já não morrerá; a
morte não tem mais domínio sobre Ele.


Mateus 25,31-46.
«Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os seus
anjos, há-de sentar-se no seu trono de glória.
Perante Ele, vão reunir-se todos os povos e Ele separará as pessoas umas
das outras, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.
À sua direita porá as ovelhas e à sua esquerda, os cabritos.
O Rei dirá, então, aos da sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai! Recebei
em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo.
Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era
peregrino e recolhestes-me,
estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão
e fostes ter comigo.'
Então, os justos vão responder-lhe: 'Senhor, quando foi que te vimos com
fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber?
Quando te vimos peregrino e te recolhemos, ou nu e te vestimos?
E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-te?'
E o Rei vai dizer-lhes, em resposta: 'Em verdade vos digo: Sempre que
fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o
fizestes.'
Em seguida dirá aos da esquerda: 'Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo
eterno, que está preparado para o diabo e para os seus anjos!
Porque tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de
beber,
era peregrino e não me recolhestes, estava nu e não me vestistes, doente e
na prisão e não fostes visitar-me.'
Por sua vez, eles perguntarão: 'Quando foi que te vimos com fome, ou com
sede, ou peregrino, ou nu, ou doente, ou na prisão, e não te socorremos?'
Ele responderá, então: 'Em verdade vos digo: Sempre que deixastes de fazer
isto a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer.'
Estes irão para o suplício eterno, e os justos, para a vida eterna.»


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Ireneu de Lião (c. 130-c. 208), bispo, teólogo e mártir
Contra as Heresias V, 2, 3 (a partir da trad. de SC 153, pp. 37ss. rev.)

Como o grão de trigo

Uma vez plantada na terra, a cepa dá fruto a seu tempo. Da mesma forma, o
grão de trigo, depois de ter caído à terra e de se ter dissolvido nela (Jo
12, 24), ressurge multiplicado pelo Espírito de Deus que tudo mantém.
Depois, graças a um trabalho competente, esses frutos tornam-se utilizáveis
pelos homens; seguidamente, recebendo a Palavra de Deus, tornam-se
Eucaristia, quer dizer, corpo e sangue de Cristo.

Da mesma forma, os nossos corpos, alimentados por essa Eucaristia, após
deitados à terra e nela dissolvidos, ressuscitarão a seu tempo quando o
Verbo de Deus lhes conceder a graça da ressurreição «para glória de Deus
Pai» (Fil 2, 11). Porque Ele obterá a imortalidade para o que é mortal e a
incorruptibilidade para o que é corruptível (1Cor 15, 53), porque a força
de Deus manifesta-se na fraqueza (2Cor 12, 9).

Sendo assim, acautelar-nos-emos de nos inflarmos de orgulho – como se fosse
de nós mesmos que obtivéssemos a vida – e de nos levantarmos contra Deus,
mantendo pensamentos de ingratidão. Pelo contrário, sabendo por experiência
que é exclusivamente através Dele [...] que recebemos o dom de viver
eternamente, nunca nos afastaremos dos pensamentos verazes sobre Deus e
sobre nós mesmos. Conheceremos o poder de Deus e quantos benefícios Dele
recebe o homem. Não nos equivocaremos a respeito da verdadeira concepção
que é necessário ter de Deus e do homem. Aliás [...], se Deus permitiu a
nossa decomposição na terra, não será precisamente para que, sabendo tudo
isso, estivéssemos doravante atentos a tudo, de forma a não menosprezarmos
nem a nós mesmos, nem Deus? [...] Se o cálice e o pão, pela Palavra de
Deus, se tornam Eucaristia, como pretender que a carne é incapaz de receber
a vida eterna?




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